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Erro de Fabrico
22 janeiro 2025
17 janeiro 2025
Para Além do Arco-Íris ~ Capítulo 20
Com uma sensação de que não estavam sozinhos, os dois homens voltaram ao aconchego. Graças à lareira convidativa, cedo os dois deixaram-se envolver pelo ambiente. Entregaram-se rapidamente ao desejo que percorreu os seus belos e sedentos corpos, para degládio da figura que os observava, num misto de surpresa e volúpia.
*Muito longe dali…*
- Bolas, Livro Mágico! Já chega desta paneleirice! Parece uma telenovela venezuelana, fodasse! - vociferou Arcana, irritado com o rumo da história que ele próprio criara e que, não sabia ele muito bem como, tinha fugido ao seu controlo!
A Pena Mágica continuava a escrever sem parar, indiferente às ordens de Arcana. Este seguiu a resmungar, impressionado com o poder dos Diamantes Arco-Íris.
- Se eles têm o poder de dominar até a minha própria história… Definitivamente, eu vou conseguir realizar o Ritual! Mwa ah ah ah ah!
As gargalhadas de Arcana, o Autor Misterioso, ecoavam pelo espaço fora, onde, muito longe dali, nas Profundezas da Escuridão, as Sombras agitavam-se, satisfeitas.
* De volta à nossa história… *
Leo e Nicolás, ainda deitados no tapete da sala, respiravam profundamente, relaxando depois do momento intenso que haviam compartilhado. A luz suave da lareira reflectia nas suas peles, criando sombras dançantes enquanto o silêncio confortável preenchia o ambiente. Ambos pareciam imersos naquele instante de harmonia, com os corpos alinhados como se o universo os tivesse colocado ali por destino.
Mas então, um ruído quase imperceptível quebrou o silêncio. Nicolás, com os sentidos aguçados, ergueu a cabeça, sentindo algo estranho.
- Estás a ouvir isso? - perguntou ele, olhando para Leo com uma expressão desconfiada.
Leo franziu o sobrolho.
- Sim... Parece que não estamos sozinhos.
A porta rangeu suavemente, revelando uma figura feminina, alta e esguia, com longos cabelos dourados que caíam sobre os ombros. Os seus olhos brilhavam de forma sobrenatural, como se carregassem o peso de mil segredos. Ela tinha um porte firme, quase etéreo, que emanava uma força silenciosa. Antes que qualquer um deles pudesse reagir, um sussurro cortou o ar, suave, mas carregado de uma energia que Nicolás reconheceu de imediato.
- Nicolás…
A voz ecoava como um sussurro distante, porém familiar. Nicolás congelou, o seu olhar ficou tenso, enquanto a sua respiração ficava mais pesada.
Lauriel
- Lauriel?
A surpresa na voz de Nicolás era evidente, misturada com alívio e apreensão. Leo, confuso, observava em silêncio, sem compreender a profundidade daquele reencontro.
Nicolás endireitou-se, esboçando um sorriso suave, mas cauteloso.
- Leo, esta é Lauriel, a minha irmã.
Leo levantou-se devagar, surpreso, observando a mulher com curiosidade. Lauriel avançou com um olhar enigmático, fixando-o de forma penetrante. O ar ficou gelado quando Lauriel apareceu, a sua presença transformava o ambiente ao redor. A luz da lareira diminuiu, como se reconhecesse a força que ela emanava. O peso do silêncio foi interrompido por um sussurro quase imperceptível que parecia ecoar nas mentes de todos.
- Vocês não deviam estar aqui! - declarou Lauriel.
Os seus olhos brilhavam com uma sabedoria antiga. A sua voz, apesar de suave, carregava um tom de urgência.
- Desculpem interromper o vosso momento... - começou, com a voz baixa e cheia de mistério. - Mas a situação é grave. O que está prestes a acontecer é maior do que qualquer desejo ou prazer imediato.
Nicolás tentou suavizar a tensão no ar.
- Lauriel... Eu e o Leo... Bem, talvez haja espaço para algo mais, sabes…? Algo entre nós os três... - comentou ele com um sorriso insinuante, como se estivesse a tentar quebrar o gelo.
Leo olhou para Nicolás com ar de surpresa! Lauriel caminhou lentamente até eles, os seus olhos brilhavam sob a luz da lareira. Sem se deter em explicações imediatas, ela olhou para Nicolás com uma intensidade que só irmãos com laços tão profundos poderiam entender. Lauriel aproximou-se lentamente. Os seus olhos estavam fixos em Leo, avaliando-o com intensidade.
- O que está prestes a acontecer é maior do que podem imaginar. Há forças a moverem-se nas sombras, e precisamos de agir com cautela.
Leo, confuso e intrigado, tentou compreender a situação.
- Forças? Do que estás a falar?
Lauriel lançou um olhar fugaz para Nicolás, como se estivesse a ponderar o quanto podia dizer.
- Há muitas coisas que vocês não sabem, Leo. Mas neste momento, o que precisas de entender é que alguém... Ou algo... Está a aproximar-se. Precisamos de sair daqui, e rapidamente.
Nicolás, sentindo a tensão nas palavras da irmã, perguntou com um tom preocupado:
- Lauriel, isto tem a ver com... Aquilo?
Ela assentiu levemente, mas sem se comprometer com detalhes.
- Sim, mas não posso dizer nada mais. Ainda não está na hora.
Leo franziu o sobrolho, percebendo que havia muito mais por trás daquela história do que Nicolás tinha partilhado.
- Então, o que fazemos agora? Fugimos, apenas? - inquiriu.
Lauriel aproximou-se de Nicolás, pousando uma mão no ombro dele, e depois dirigiu-se a Leo com uma calma enigmática.
- Olha Leo… Agora, o importante é manterem-se juntos. E confiarem em mim. Há coisas que serão reveladas a seu tempo, mas não esta noite. Precisas de voltar para junto do teu amigo. Vocês os dois correm perigo. Foi um erro terem vindo aqui. Foi um erro terem vindo a El Callao.
O ambiente na sala estava carregado de tensão e mistério. Leo sentiu que Lauriel sabia muito mais do que estava a dizer, mas havia um motivo claro para o seu silêncio.
Antes que pudessem fazer mais perguntas, um murmúrio distante ecoou nos ouvidos de Lauriel. Ela estremeceu ligeiramente, virando a cabeça como se ouvisse algo que mais ninguém conseguia. Arcana murmurava em voz baixa, tentando invadir a sua mente.
Nicolás percebeu a mudança na expressão da irmã.
- Arcana?
Ela assentiu lentamente, tentando controlar a sua respiração.
- Ele está a mover-se. E ele está a perceber que estamos aqui. Precisamos de ir. Agora.
Leo olhou para Nicolás, ainda sem entender completamente a gravidade da situação, mas confiando que, seja o que fosse, Lauriel sabia como guiá-los.
- Vamos embora! - ordenou Lauriel, voltando-se para a porta. - Não é seguro ficarmos aqui.
Nicolás pegou na mão de Leo, enquanto os três saíam da casa e se dirigiam para a escuridão da noite. As estrelas brilhavam no céu de El Callao, mas Leo sentia o peso de algo invisível a aproximar-se. E, por trás de tudo, Lauriel mantinha os seus segredos bem guardados, como a chave de um mistério que só seria desvendado quando o Destino assim quisesse.
[Continua....]
10 novembro 2024
04 novembro 2024
01 novembro 2024
Novembro
Much have I spoken of the faded leaf;
Long have I listened to the wailing wind,
And watched it ploughing through the heavy clouds;
For autumn charms my melancholy mind.
When autumn comes, the poets sing a dirge:
The year must perish; all the flowers are dead;
The sheaves are gathered; and the mottled quail
Runs in the stubble, but the lark has fled!
Still, autumn ushers in the Christmas cheer,
The holly-berries and the ivy-tree:
They weave a chaplet for the Old Year's heir;
These waiting mourners do not sing for me!
I find sweet peace in depths of autumn woods,
Where grow the ragged ferns and roughened moss;
The naked, silent trees have taught me this,—
The loss of beauty is not always loss!
Poema "November" da autoria de Elizabeth Stoddard
[06/05/1823 ~ 01/08/1902]
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