Previsão Astrológica 2024 ~ Véu Encantado

Entre os vários produtos e serviços de que disponho na minha loja @veuencantado tenho as famosas consultas de cartas de Tarot! É da praxe deixar uma previsão para o ano, pelo que fica aqui a previsão da Véu Encantado, signo a signo, para 2024! Consultem o link acima para acederem ao instagram da loja! Para marcações e encomendas de produtos [brevemente vão chegar novidades!] enviem-me mensagem privada! 

Obrigado e Bom Ano para vocês!!

O panorama geral de 2024! 

Signo a Signo!

Carneiro/Áries será regido pela Carta XIV: A Temperança!

Áries/Carneiro [A Temperança]: Em 2024, os arianos encontrarão a harmonia ao equilibrar a sua natureza impulsiva com a paciência. O ano promete ser uma jornada de autodescoberta, onde aprenderão a misturar paixão com serenidade para alcançar seus objetivos de maneira mais sólida e duradoura.

Touro será regido pela Carta IX: O Eremita!

Touro [O Eremita]: Para os taurinos, 2024 é um ano de introspecção profunda. O Eremita sugere que é o momento de buscar a sabedoria interna, de se afastar do ruído externo e encontrar a luz interior. Ao se dedicarem à reflexão, os taurinos colherão os frutos de uma compreensão mais profunda de si mesmos e de seus propósitos.

Gémeos será regido pela Carta XVI: A Torre!

Gémeos [A Torre]: Geminianos, preparem-se para uma jornada de transformações impactantes em 2024. A Torre indica mudanças inevitáveis, mas também traz a promessa de crescimento pessoal e uma nova visão de mundo. Se adaptarem às reviravoltas, os geminianos emergirão mais fortes e resilientes.

Câncer/Caranguejo será regido pela Carta XX: O Julgamento!

Cancêr/Caranguejo [O Julgamento]: Para os cancerianos, 2024 é um ano de julgamentos internos profundos. O Julgamento sugere a necessidade de deixar para trás o passado, liberando-se de fardos emocionais. Ao abraçarem este renascimento emocional, os cancerianos podem vivenciar uma transformação significativa em sua vida.

Leão será regido pela Carta XVII: A Estrela!

 

Leão (A Estrela): Leões, [Francisco] preparem-se para um ano cheio de inspiração e esperança. A Estrela ilumina vossos caminhos, indicando um período propício para perseguir sonhos e aspirações. Ao permitirem que vossas luzes brilhem, os leoninos abrirão portas para conquistas notáveis e realizações extraordinárias!

Virgem será regida pela Carta VIII - A Justiça!

Virgem [A Justiça]: Virginianos, em 2024, a busca pela justiça e equilíbrio será fundamental. A Justiça pede decisões ponderadas e éticas. Ao agirem com integridade, os virginianos construirão bases sólidas para o seu futuro, colhendo frutos positivos das suas escolhas.

Libra/Balança será regido pela Carta IV - O Imperador!

Libra/Balança [O Imperador]: Librianos, assumam o controle com sabedoria em 2024. O Imperador indica que é hora de liderar com firmeza e determinação. Ao exercerem uma liderança consciente, os librianos podem alcançar o sucesso e estabelecer uma ordem positiva em suas vidas.

Escorpião será regido pela Carta XI - A Força!

Escorpião [A Força]: Escorpianos, em 2024, encontrem a força na compaixão e na gentileza. A Força sugere que vossas emoções intensas podem ser aliadas poderosas. Ao equilibrarem a força interior com a compaixão, os escorpianos serão capazes de superar desafios e alcançar um crescimento significativo.

Sagitário será regido pela Carta XIX - O Sol!

Sagitário [O Sol]: Sagitarianos, 2024 promete ser um ano radiante. O Sol ilumina os vossos caminhos, trazendo otimismo e vitalidade. Aproveitem essa energia positiva para explorar novos horizontes, expandir vossos conhecimentos e viver a vida plenamente.

Capricórnio será regido pela Carta VI - Os Amantes!

Capricórnio [Os Amantes]: Capricornianos, em 2024, enfrentem escolhas importantes. Os Amantes sugerem alinhar-se com o que verdadeiramente amam. Ao seguirem os vossos corações e fazerem escolhas autênticas, os capricornianos podem construir relacionamentos e caminhos que refletem sua verdadeira essência.

Aquário será regido pela Carta XVIII - A Lua!

Aquário [A Lua]: Aquarianos, abracem a intuição e a imaginação em 2024. A Lua indica a revelação de verdades ocultas e a inspiração para inovações revolucionárias. Confiem na vossa intuição para guiar os vossos passos, permitindo que a criatividade floresça.

Peixes será regido pela Carta X - A Roda da Fortuna!

Peixes [A Roda da Fortuna]: Piscianos, preparem-se para reviravoltas positivas em 2024. A Roda da Fortuna traz sorte e mudanças auspiciosas. Ao fluírem com as oportunidades que se apresentam, os piscianos podem experienciar um ciclo de crescimento e prosperidade ao longo do ano.

O Ano 2024 será regido pela Carta III - A Imperatriz!

Com a influência da Imperatriz, o ano de 2024 desenha-se como um período fértil e repleto de possibilidades. Assim como a Imperatriz representa a mãe criativa, a energia que permeia este ano incentiva a expressão plena da criatividade e da abundância. É como se a natureza estivesse a conspirar a favor de cada empreendimento, relacionamento e aspiração.

A Imperatriz simboliza a gestação de ideias e a fertilidade de projetos. Neste ano, encontrarão em si mesmos uma força maternal, capaz de nutrir e desenvolver suas visões. Sejam projetos profissionais, metas pessoais ou relacionamentos, a Imperatriz instiga a dedicar tempo e carinho para que floresçam de maneira vibrante.

A conexão com a natureza e a intuição será particularmente vital. Assim como a Imperatriz está alinhada com o ciclo natural da vida, este é o momento de estar sintonizado com os ciclos ao seu redor. Observem os sinais, confiem em suas intuições e permitam que a sabedoria interior os guie nas decisões.

Nos relacionamentos, a Imperatriz traz uma aura de sensualidade e conexão profunda. Será um ano propício para fortalecer laços afetivos e criar vínculos mais significativos. Estejam abertos à troca de energias, cultivando relações saudáveis e nutritivas.

No âmbito profissional, a criatividade será uma aliada poderosa. Deixe que suas ideias fluam, experimente novas abordagens e confie na sua capacidade de criar algo extraordinário. A Imperatriz sugere que a autenticidade e a expressão verdadeira de quem você é serão fundamentais para o sucesso.

Em resumo, 2024, sob a influência da Imperatriz, oferece um terreno fértil para o crescimento pessoal, profissional e emocional. Abraçar a energia materna, nutrindo seus projetos e relacionamentos, levará a realizações notáveis. Que este ano seja marcado pela prosperidade, criatividade e pelo florescer de todos os aspectos maravilhosos que a vida tem a oferecer.

Para Além do Arco-Íris ~ Capítulo 15

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Capítulo 15

O silêncio pairava sobre a propriedade, que ainda se recuperava das marcas da batalha. Rodrigo, Don Diego e Doña Bárbara permaneceram lado a lado, contemplando o horizonte enquanto os primeiros raios de sol dissipavam lentamente o nevoeiro da noite.

- Rodrigo, não há palavras suficientes para agradecer pela coragem que demonstraste esta noite. Salvaste-nos de um destino sombrio. - disse Don Diego, com respeito evidente nos seus olhos.

Don Diego

Don Diego era um homem imponente, com uma altura que o destacava em qualquer multidão. Os seus 40 anos eram marcados por uma presença elegante e charmosa. Os cabelos pretos, cuidadosamente penteados, conferiam-lhe uma aparência sofisticada, assim como a barba bem aparada que ressaltava os seus traços latinos. O seu olhar profundo e misterioso escondia a astúcia de um verdadeiro vilão, enquanto as suas roupas impecáveis refletiam o status e a riqueza que ele conquistara ao longo dos anos.

Doña Bárbara, ao lado dele, acenou com a cabeça em concordância. 

- Estamos em dívida contigo, jovem. A tua bravura é digna de um verdadeiro amigo.

Doña Bárbara

Doña Bárbara, por outro lado, era uma mulher de uma beleza intrigante. A sua pele latina era realçada pela tonalidade loira-acastanhada dos seus cabelos, que caiam em ondas sedutoras. Com uma figura esbelta e elegante, ela exalava sensualidade em cada gesto. Os seus olhos expressavam uma sensibilidade oculta por trás da fachada de vilã, revelando camadas complexas de emoção. Ela vestia-se com roupas que destacavam a sua feminilidade e, embora possuísse seios generosos, a sua postura guerreira demonstra que ela era mais do que uma simples figura sedutora - ela era uma adversária formidável.

Rodrigo, embora exausto, sorriu modestamente. 

- Fiz o que qualquer homem de honra faria na defesa de seus anfitriões. Mas sinto que esta noite é apenas o prelúdio de algo maior.

- Tens razão, Rodrigo. A magia que permeia estas terras é mais complexa do que imaginávamos. E tu, com a tua coragem, tornaste-te parte desta trama mística - comentou Doña Bárbara, observando-o com admiração.

Don Diego ergueu a mão, indicando a propriedade que agora se recobrava do caos. 

- Permitam-me convidar-te a descansar, Rodrigo. O nevoeiro cedeu, e a alvorada traz consigo a promessa de um novo dia. Teremos tempo para falar mais calmamente sobre tudo o que aconteceu. E para nos apresentarmos convenientemente, por amor de Deus! Ah ah ah ah!

Rodrigo, aceitando o convite, seguiu os anfitriões de volta à casa, deixando para trás a paisagem que testemunhara o confronto mágico. Enquanto caminhavam, a aldeia despertava lentamente, e os rumores sobre a noite agitada começavam a espalhar-se. 

Na casa, Don Diego e Doña Bárbara conduziram Rodrigo ao seu quarto, com uma expressão acolhedora. 

Rodrigo notou, enquanto se dirigia ao quarto, um antigo livro encadernado em couro sobre uma mesa na entrada. As suas páginas, amareladas pelo Tempo, revelavam palavras de uma profecia ancestral que ecoavam pelos corredores da propriedade e da aldeia de El Callao.

“Os Diamantes Arco-Íris, forjados nas Lágrimas da Noite, revelarão Segredos enterrados sob o Véu da Magia. Aquele cuja Coragem for testada e a Lealdade for Inquebrável, será o elo entre os Mundos, guiando a trama mística rumo ao seu Destino Final.”

Rodrigo sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto lia as palavras enigmáticas. Um presságio, talvez, do papel que ele estava destinado a desempenhar naquele intricado jogo de magia e mistério. Ele guardou a informação na sua mente, sabendo que aquela profecia seria uma chave para compreender a complexidade das terras que agora habitava.

- Descansa, meu amigo. A noite foi longa, e o sono é um bálsamo para o corpo e a alma - sugeriu Doña Bárbara, sorrindo calorosamente.

Antes de fechar a porta, Don Diego dirigiu-se a Rodrigo. 

- Amanhã, teremos muito para conversar. Conhecer-nos-emos melhor, e poderás compreender a complexidade deste lugar e da sua magia. 

Rodrigo, finalmente sozinho no quarto, deixou-se cair na cama. Enquanto o sono começava a envolvê-lo, pensou nas palavras de Don Diego e Doña Bárbara. O nevoeiro mágico guardava segredos que ele mal arranhara, e a busca pelos diamantes arco-íris prometia revelações mais profundas.

[Continua...]

Para Além do Arco-Íris ~ Capítulo 14

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Capítulo 14

Rodrigo, Don Diego e Doña Bárbara, armados e feridos, enfrentavam a elite de capangas do temível El Lobo. A batalha continuava, na Escuridão. Cada movimento era envolto na incerteza. Tiros cortavam a noite, e as Sombras dançavam ao ritmo da luta.

El Lobo, o líder cruel, confrontou Rodrigo numa dança mortal. A pistola de Rodrigo disparava contra a faca afiada de El Lobo, enquanto Don Diego e Doña Bárbara protegiam a propriedade com ferocidade.

O nevoeiro, agora mais do que uma barreira física, era um aliado traiçoeiro, escondendo tanto aliados quanto inimigos. O destino daquela noite estava nas mãos da coragem e da determinação dos defensores.

A luta persistiu até as primeiras luzes da manhã, quando os invasores, derrotados, recuaram nas sombras. Rodrigo, exausto mas vitorioso, observou o amanhecer, consciente de que aquela noite deixaria marcas indeléveis na trama das suas vidas.

A propriedade estava ferida, mas não derrotada. Don Diego e Doña Bárbara expressaram a sua gratidão a Rodrigo, e os três observaram o horizonte, conscientes de que mais desafios aguardavam nas páginas seguintes das suas vidas entrelaçadas.

Enquanto a névoa misteriosa pairava após a batalha, uma sombra destacava-se nos cantos. Uma figura encapuzada, desconhecida até então, observava tudo silenciosamente.

 

Aion, o Guardião do Livro Mágico, sentiu a perturbação no Equilíbrio da Narrativa. Ele olhou ao redor com inquietação, como se algo estivesse fora de lugar.

 

Rodrigo, Don Diego e Doña Bárbara, ainda a recuperarem-se, começaram a perceber que a Realidade ao seu redor parecia estar a desfazer-se, como se a própria Realidade estivesse a ser manipulada!

 

- Cariño! Abrazame! Tengo miedo! - gemeu Doña Bárbara para o marido.

 

Don Diego logo a abraçou, cobrindo-a com o seu casaco e recostando-a ao seu peito.

 

Muito longe dali, fora da trama, Arcanus, o Autor Sombrio, interrompeu os seus escritos, surpreendido pela interferência inesperada. Ele murmurou:

 

- Hummmm… Algo além do meu controlo está entrelaçado nesta narrativa! É algo… Para Além do Arco-Íris!

 

Eyden Sandiego, no Universo da Narrativa, dentro da trama, segurava algo que brilhava com uma luz incerta. Ele sorriu para a figura encapuzada, indicando uma cumplicidade incompreensível.

 

O bandido El Lobo, derrotado, jurou vingança.

 

- Malditos! Me voy a vingar de usteds! Cabrón! Me vás a pagar, hijo de puta!

No entanto, à medida que batia em retirada, ele apercebia-se de que as suas intenções podiam ser manipuladas por forças que ele não compreendia.

Don Diego e Doña Bárbara, confusos e intranquilos, sentiam que havia algo mais no ar, algo que escapava à sua compreensão.

- Acho… Que é melhor irmos todos para casa, precisamos descansar… - sugeriu Don Diego, agastado.

Enquanto o sol nascia, a sombra encapuzada riu-se malevolamente e desapareceu na névoa, deixando para trás mais perguntas do que respostas. Os diamantes arco-íris, se é que realmente existem, continuam a ser um enigma, e a trama desdobra-se em direções imprevisíveis, guiada por forças que vão além da compreensão humana. O mistério aprofunda-se. Todos poderão vir a descobrir que o que pensavam ser realidade pode ser apenas uma ilusão, enquanto o enredo se torna mais intricado a cada página virada.

[Continua...]

Para Além do Arco-Íris ~ Capítulo 13

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Capítulo 13

*NT, 17 de Janeiro de 2024*

Aos poucos, o cansaço invadiu-os. Leo foi o primeiro a queixar-se.

Leo

- Ó Rodrigo! Está cá um “nevoeiro”… Vou-te contar!

 Rodrigo deu uma sonora gargalhada.

Rodrigo

- Nevoeiro? Leo, tu estás todo mocado, meu! Ah ah ah ah!

- Acho que sim… Vou deitar-me aqui… Um pouco… A ver se o nevoeiro vai embora… - gemeu Leo, preparando-se para se deitar num local muito próximo de excrementos de cavalo.  

Rodrigo deu-lhe uma palmada nas costas e entre risos, ajudou o amigo a regressar ao quarto. Ambos tinham bebido muito e Leo nunca fora muito tolerante à bebida. Depois de ajudar o amigo a despir-se e a deixá-lo deitado na cama, Rodrigo fechou a porta do quarto do amigo e sentou-se à janela do seu próprio quarto. Enquanto Rodrigo apreciava um cigarro à janela, adormeceu ali mesmo, perdendo a noção do tempo. 

*PAMMM!*
O som de um tiro despertou-o, e a noite tornou-se um palco de intriga.

Estremunhado, olhou à sua volta. Num ápice, dirigiu-se à sua mala e sacou de lá a sua pistola, colocando-a nas calças. Em seguida, foi ao quarto de Leo. Este dormia abraçado a uma almofada, todo nu. Parecia estar em paz e o grande sorriso nos lábios dele fizeram Rodrigo sorrir levemente. O amigo deveria estar a ter bons sonhos. Aliviado por saber que Leo estava bem, Rodrigo saiu da casa, pé ante pé. Não se via vivalma. O céu estava polvilhado de estrelas. Ele contemplou o céu nocturno por alguns momentos.

Furtivamente, Rodrigo explorou a propriedade, de pistola em punho. Enquanto caminhava, sem destino, pensava no tiro que tinha sido disparado. Teria ocorrido um assassinato? Um disparo de alerta para afastar intrusos? Teria sido tudo fruto da sua imaginação? O nevoeiro cerrado confundia a visão, mas ele avistou Lúcia, que estava a tremer de medo. Ela contou-lhe sobre um grupo de homens armados que tinham invadido a propriedade, confrontando Don Diego e Doña Bárbara quando estes regressaram.

Rodrigo avançou pelo nevoeiro, a pistola firmemente segura nas suas mãos. O sussurro de Aion, o Guardião do Livro Mágico e o Narrador desta novela, ecoava na sua mente, alimentando a sua coragem diante do desconhecido. Cada passo na Escuridão era uma resposta ao chamado da Proteção.

Enquanto isso, a batalha nos arredores da propriedade dos anfitriões intensificava-se. Don Diego e Doña Bárbara, mesmo feridos, mantinham-se resilientes diante dos bandidos liderados por El Lobo. Os sons dos tiros e espadas ecoavam entre as árvores, criando uma sinfonia caótica.

Leo, inconsciente da luta que se desenrolava, permanecia num sono profundo. O seu sorriso sereno contrastava com o tumulto lá fora, provocado pelo Caos, que tinha sido lançado pelo Vulto Misterioso. No mundo dos sonhos, Leo parecia flutuar entre imagens místicas e realidades entrelaçadas.

O nevoeiro, espesso e enigmático, ocultava segredos que seriam desvendados nas páginas seguintes. Aion, o Guardião e Narrador, e Arcanus, o Autor e Vulto Misterioso, observavam atentamente o desenrolar da novela, sabendo que aquela noite marcaria um ponto crucial na épica jornada de Rodrigo e Leo em busca da resposta que os levara ali.

[Continua...]

Para Além do Arco-Íris ~ Capítulo 12

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Capítulo 12 

*NT, 18 de Janeiro de 2024*

Alguns dias depois, os dois amigos finalmente partiram rumo à Venezuela. A viagem sofrera atrasos e percalços inexplicáveis, mas que abalaram os dois aventureiros, deixando Rodrigo com um mau pressentimento. Não era bom nada um bom presságio. Embora não fosse um homem supersticioso, a vida já lhe tinha dado provas de que, às vezes, quando surgem muitos bloqueios a algo, é porque não se deve seguir por aquele caminho. 

Rodrigo, porém, era um homem teimoso e gostava de contrariar o Destino. Assim, ele e Leo decidiram mudar um pouco os planos. Em vez de seguirem nos voos directos, já que tinham tido tantos problemas nos dias anteriores, eles seguiram em voos discretos, atravessando assim uma parte da América do Sul.

*NT, 20 de Janeiro de 2024*

A Cordilheira dos Andes!

Enquanto sobrevoavam a majestosa Cordilheira dos Andes, Rodrigo e Leo observavam extasiados as montanhas cobertas de neve, cujos picos tocavam o céu em um espetáculo de beleza indescritível. O piloto do pequeno avião desviava habilmente das imponentes massas rochosas, proporcionando uma experiência única e emocionante para os dois amigos.

Entretanto, conforme se aproximavam de El Callao, a paisagem mudava, revelando uma exuberante selva tropical que se estendia até onde os olhos podiam alcançar. O verde intenso das árvores e a diversidade de sons da natureza criavam uma atmosfera mágica, quase surreal. A viagem do pequeno aeroporto à recôndita aldeia de El Callao, onde viviam os seus anfitriões, Don Diego e Doña Bárbara foi muito rápida. As casas coloridas erguiam-se entre a vegetação exuberante, e o aroma de especiarias flutuava no ar. A simplicidade do lugar contrastava com a riqueza da cultura local.

Chegados a El Callao, Leo e Rodrigo foram recebidos por Gonzaléz, um dos capangas de Don Diego. Gonzaléz era um homem alto, moreno, bastante musculado. Os seus olhos eram negros como azeviche. 

Gonzaléz

Gonzaléz conduziu-os através de uma plantação de pinheiro-do-caribe, até entrarem numa propriedade enorme. Ele disse-lhes que Don Diego e Doña Bárbara estavam ausentes da aldeia, pois tinham saído de urgência para uma reunião com o governo venezuelano e que tentariam regressar a tempo do jantar, embora tal fosse difícil. 

Don Diego dera ordens para que Rodrigo e Leo fossem bem acolhidos e para que nada lhes faltasse durante a sua estadia. Cansados da viagem, os dois homens foram tomar um banho e deitaram-se a descansar. A viagem tinha sido longa e extenuante. Não tardaram a adormecer.

A noite já ia alta quando ambos desceram até à sala de jantar para petiscarem algo. Uma mulher aguardava por eles. Lúcia era uma jovem mulher de estatura média, mas a sua presença era imponente. Os seus longos cabelos castanhos caíam em ondas suaves até à metade das costas, muitas vezes amarrados numa trança firme para maior praticidade durante as suas aventuras como guerreira. Não que Rodrigo e Leo viessem a saber disso agora. Lúcia era uma das guarda-costas de Doña Bárbara, além de governanta. 

Lúcia vai dar muito que falar!

Os seus olhos eram intensos, da cor de avelãs, irradiando determinação e coragem. As maçãs do rosto destacavam-se subtilmente, evidenciando a força e vitalidade que ela carregava consigo. A sua pele era marcada pela exposição ao sol, sinalizando as inúmeras batalhas que já enfrentara. Quando os homens se sentaram à mesa, Lúcia mandou servi-los. A dada altura, Rodrigo perguntou:

Rodrigo

- Olha lá, Lúcia, onde estão os teus patrões?

Agitando a sua farta cabeleira, de forma provocante, Lúcia respondeu:

- Ainda não chegaram, senhor! Segundo sei, estão a caminho, mas ainda não chegaram! Eles deram ordens para servir-vos no que vocês precisarem!

Lúcia fez uma vénia a Rodrigo e Leo. Em seguida, virou costas, abanando o seu corpo de forma provocante. Tal gesto não passou despercebido aos dois homens. Eles riram-se de forma cúmplice e comentaram, entre sussurros, o que fariam com Lúcia se esta deixasse.    

Os dois amigos comeram e beberam o mais que puderam! A comida estava deliciosa! Completamente saciados, eles decidiram dar uma volta pela propriedade depois do jantar, para fazerem a digestão. O ar estava quente e agradável, contrastando com o tempo invernoso e frio que se fazia sentir em Portugal naquela altura do ano. 

Depois do jantar delicioso preparado por Lúcia, Rodrigo e Leo decidiram explorar a vasta propriedade de Don Diego, absorvendo a exuberância da noite tropical. A lua cheia lançava a sua luz sobre a paisagem, criando sombras misteriosas que dançavam entre as árvores.

*NT, 21 de Janeiro de 2024*

Enquanto caminhavam pelos jardins bem cuidados, eles depararam-se com uma construção antiga, aparentemente esquecida. Era uma espécie de gazebo coberto por trepadeiras, onde a lua filtrava os seus raios prateados de maneira encantadora.

Curiosos, Rodrigo e Leo decidiram entrar no gazebo. O ambiente estava impregnado de uma energia peculiar, e eles sentiram como se estivessem a ser observados por olhares invisíveis. No centro do gazebo, uma escultura antiga representava uma figura enigmática que parecia guardar segredos ancestrais.

Neste momento, Lúcia alcançou-os, oferecendo-lhes um pouco de sabedoria local:

- Os habitantes de El Callao acreditam que o Arco-Íris toca a Terra neste sítio. Foi relativamente perto daqui que a Doña Bárbara encontrou uma pedrinha invulgar, numa das minas de diamantes que eles têm. Este é um local repleto de mistérios e de magia. 

Enquanto ela falava, uma brisa suave agitava as folhas das árvores ao redor, criando uma sinfonia natural. Rodrigo, mais uma vez, sentiu uma mistura de fascínio e inquietação. Leo, por sua vez, começou a perceber que a aparente normalidade da aldeia escondia segredos mais profundos.

Leo

O grupo decidiu retornar à casa principal antes da chegada de Don Diego e Doña Bárbara. Lúcia, com sua aura enigmática, guiou-os pelos caminhos iluminados pela lua. Ela ia à frente dos aventureiros e rapidamente desapareceu. Enquanto isso, no gazebo, sombras milenares aguardavam, testemunhando o desenrolar de uma história que ultrapassava os limites do visível.

[Continua....]

Para Além do Arco-Íris ~ Capítulo 11

[Tenho estado muito ocupado e a publicação da novela está mais lenta do que gostaria. Como agora terei algum tempo disponível para publicar, vou actualizar a novela com mais frequência. Esta novela não será muito grande e a partir da chegada dos nossos heróis à Venezuela, os eventos irão começar a avançar um pouco mais rápido. Espero que gostem!]

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Capítulo 11

*NT, 01 de Janeiro de 2024*

Enquanto o sol começava a dissipar as sombras da manhã, Leo retornava à sua casa para partilhar a notícia com o filho, um rapaz chamado Juca. Juca era muito bem parecido, saía ao pai. Tinha cabelos encaracolados e era já bastante atraente e cativante para a idade, sendo um dos miúdos mais populares da escola que frequentava. Estava a brincar no quintal, perdido nos seus próprios devaneios infantis. Leo aproximou-se com um sorriso no rosto.

- Juca, meu pequeno aventureiro! - chamou Leo, com a voz carregada de entusiasmo.

Juca olhou para o pai com curiosidade, os olhos verdes a brilhar com a mesma intensidade do pai.

- O que foi, pai? Parece que tens algo importante para contar!

Leo agachou-se ao lado do filho, envolvendo-o num abraço caloroso.

- Juca, lembras-te do meu sonho de encontrar algo extraordinário?

Juca assentiu com um sorriso.

- Claro, pai! Aquele veio de diamantes arco-íris de que sempre falaste, não é? Ele existe mesmo? 

Leo riu-se, maravilhado com a memória do filho.

- Bom filho… Para começar, não sei se existe ou se é só um devaneio… Mas… Sim, é esse sonho, meu campeão! E adivinha só, recebemos uma proposta para ir à Venezuela verificar se é verdade! Eu e Rodrigo vamos numa nova aventura juntos! E tu… Talvez possas vir lá ter!

- Awwww pai!!! A sério?!? És o maior!

Os olhos de Juca brilharam com emoção. Ele abraçou e beijou o pai, contagiado pelo entusiasmo da jornada.

*NT, 09 de Janeiro de 2024*

Rodrigo preparava-se para a viagem. Os bilhetes de avião estavam comprados, e a promessa de encontrar os diamantes arco-íris pairava no ar como um convite irresistível. Enquanto fazia as malas na companhia de Leo, Rodrigo olhou para este, que estava ao telefone com Juca.

- Parece que a ligação pai-filho é forte... - comentou Rodrigo, com um sorriso feliz.

Leo desligou o telefone, com um olhar cheio de carinho.

- O meu Juca está animado. Ele quer vir connosco, mas desta vez, é melhor que fique com a avó. Quero ter a certeza de que ele estará seguro. Pelo menos até eu perceber as condições do local para onde vamos. Prometi-lhe que poderia vir ter connosco, se eu visse que era seguro. 

Rodrigo concordou, entendendo a responsabilidade de ser pai.

- Vamos lá, meu velho amigo! Uma nova aventura espera-nos!

Os dois amigos partiram, deixando para trás o Porto adormecido, com o destino a desenhar-se nos confins da Venezuela.

Enquanto isso, Eyden Sandiego observava os eventos desenrolarem-se. Os seus planos meticulosos começavam a ganhar forma, com as peças a moverem-se silenciosamente no tabuleiro da Intriga.

E no Livro Mágico, o Vulto Misterioso permanecia paciente, observando a Escrita do Destino ganhar vida novamente. A história seguia o seu curso, entre pais e filhos, amigos e desafios, com a Magia do Desconhecido a tecer os seus Fios Invisíveis…

- Eu ainda não me dei por vencido… Isto ainda vai acabar a meu favor, maldito Guardião! Vais pagá-las! - ameaçou o Vulto Misterioso, entredentes, tão baixinho, que ninguém, nem mesmo o Guardião, conseguiria escutar.  

[Continua...]

Dezembro

E porque é o meu aniversário, eis um poema sobre Dezembro e aniversários! :P

 I don’t know what to give for my birthday

Give me a small pair of slippers to wear

Give me a small pen to write on

Or give the moon that has grown up

Or give me a walk

Green grass on the ground, clouds in the sky

I’m fifteen years old, you’re fourteen

Forget that I’ve grown up

Or give me a pink morning

The cluster of yellow clouds carries the sun to go around

Immense heaven and earth without shore

Looking for a place to let the rain come down to visit

Or give me a long love story

I’ve read it over and over but haven’t reached the second chapter yet

Love forever but still not broken

Forever far away but not fading

After all, you know what to give

Come on, give me a day to say

Sit still just to listen behind the shirt

Two smiling hearts are very suspicious.

Poema "Birthday" da autoria de Nguyen Nhat Anh [07/05/1955 ~   ] [Vietname]

Previsão Astrológica - Dezembro

 

Dezembro começa com Mercúrio a entrar no signo de Capricórnio, trazendo consigo uma abordagem mais sóbria e realista das questões. Vénus em Libra/Balança forma uma Quadratura com Plutão em Capricórnio, intensificando as emoções antes de entrar em Escorpião. A 5 de dezembro, Vénus forma um Trígono com Saturno no signo de Peixes, prometendo intensidade e propiciando momentos criativos.

No dia 8, Mercúrio forma um Trígono com Júpiter em Touro, favorecendo as discussões sérias e factuais, especialmente sobre o meio ambiente e os recursos naturais. Vénus estará em Oposição a Júpiter no dia 10 de Dezembro, criando assim um período maravilhoso para os relacionamentos. A Lua Nova em Sagitário, que ocorrerá a 13 de dezembro, trará confiança para definirmos novas metas.

Mercúrio ficará Retrógrado na Lua Nova, mas o Trígono com Júpiter persiste até 18 de Dezembro, sendo propício para negociações. No entanto, é aconselhável adiar a assinatura de contratos até Janeiro, quando Mercúrio retoma o seu movimento direto.

A 22 de Dezembro, o Sol entra em Capricórnio, juntando-se a Mercúrio, que volta para Sagitário. Vénus em oposição a Úrano traz a vontade de algo novo, enquanto o solstício de Inverno nos convida a celebrar o nascimento da Luz em silêncio.

Durante os dias próximos ao Natal, aspectos auspiciosos incluem Vénus num Trígono com Neptuno a 25 de Dezembro, e o Sol em Trígono com Júpiter durante a Lua Cheia em Câncer/Caranguejo, a 27 de dezembro, promovendo a Compaixão e o Amor pela Humanidade.

Entretanto, com Mercúrio e Marte em Quadratura com Neptuno nos dias 27 e 28, podem surgir problemas de comunicação. É uma boa ideia recusarmos entrar em discussões e a velha máxima “a palavra vale prata, o silêncio vale ouro” é algo que devemos relembrar nestes dias. Praticar o silêncio pode evitar dores de cabeça bem grandes! 

Vénus entra em Sagitário a 29 de dezembro, enquanto Júpiter encerra a sua fase retrógrada no dia 31, mantendo um clima optimista no Final do Ano e encher-nos-á de Esperanças em relação ao próximo ano!

Fim de Ciclo

Chegamos àquele dia do ano em que me sento em frente do computador para escrever umas linhas e fazer uma retrospectiva sobre o meu ano pessoal. Estamos a algumas horas da minha entrada num novo ano de vida, então, é a altura certa para o fazer.

Este ano que passou, honestamente, terá sido o ano mais rápido e o mais vívido que tive até hoje. foi um ano bastante intenso, que começou comigo a ir embora para o Brasil, com o homem que eu amo. E, se a primeira semana foi para esquecer - seja porque eu estava doente ainda quando saí daqui, seja porque a primeira impressão foi difícil - a verdade é que em pouco tempo já estava a sentir-me em casa. Onde estava, com praia a 20 minutos de casa, passei o Natal dentro de água, com um solzinho gostoso. E foi uma experiência maravilhosa. mas, como tudo o que é bom acaba depressa, cedo tive de voltar. 

A minha pseudo-família... eu já nem consigo designá-los de família, sinceramente... Estava a maltratar a minha avó. Deixei-a aos cuidados do meu "progenitor", com ela a andar, para ter de regressar porque ele estava a maltratá-la, recusando-se a cuidar dela e ela já estando a ficar acamada.

Eu cuidei dela por mais de 20 anos e achava que estava na altura de passar o testemunho a outra pessoa, porque também mereço cuidar da minha vida. Mas outras pessoas acharam que não. E assim, muito revoltado, tive de regressar, deixando tudo em suspenso.

Os primeiros tempos cá foram horríveis. Nem a minha casa, onde sempre vivi, já sentia como minha. Achei incrível como em tão pouco tempo, a minha identidade, a minha presença, a minha energia, simplesmente desapareceu. Afinal, eu tinha ido embora, então acho que isso é natural que tenha acontecido. Ainda hoje por vezes sinto dificuldade em me sentir em "casa", mas a verdade é que neste momento não tenho lugar a que chamar "casa", por assim dizer.

Bom, os primeiros tempos foram muito complicados. Além da ruptura total com progenitores e restante família que se recusou a ajudar de todas as formas e feitios - eu quase tive um burnout com tudo o que tive de lidar naqueles tempos - lidar com uma pessoa idosa, frágil, completamente carente e num processo como o dela, foi o mais desafiante. tive de encontrar forças sabe Deus onde. Acho que um dos segredos foi mesmo esse. Não ceder ao vitimismo. Não permiti que a minha avó fosse uma coitadinha. 

Fiz de tudo para que ela recuperasse, mesmo que houvesse dias em que só a presença dela me colocasse doido... Foram dias e semanas mesmo muito difíceis e só quem passou por isto me poderá entender e não me julgar.

Com a depressão e sem saídas em que me encontrava, triste e desanimado por estar longe de quem eu queria estar, acabei por sucumbir ao desânimo. Havia dias que ficava sem forças para mais nada para além de ser um piloto automático. Fazia as coisas que era preciso fazer. E pronto.

Do Brasil, ia recebendo força, apoio, coragem, ânimo. Nem sempre resultava, mas era alguma coisa. Não esqueço de nenhum desses momentos. Sempre presente para me encher de fé e luz quando eu estava mais enfraquecido e na escuridão. 

E foi assim que retomei a escrita do blogue, em particular da novela que tinha começado a escrever em 2018 e tinha ficado com um bloqueio criativo no Capítulo 36, "Escrito nas Entrelinhas: Parte 3".

A trilogia Escrito nas Entrelinhas é, até agora, a minha obra-prima. Nunca escrevi uma obra que me desse tanto prazer a escrever como esta novela. Criar todo um universo que inicialmente se desenrolaria e terminaria subitamente ao fim da primeira história, com a morte do Jules, o protagonista, deixando os leitores com dúvidas e curiosos sobre o que teria de facto acontecido ao Jules para aquilo ter acontecido. Mas, as narrativas ganham vida e foi uma benção ver até onde a história chegou. Nem eu poderia imaginar ao princípio - só concebi a ideia dos irmãos no final da primeira história - e mesmo assim, quase até ao fim da novela, estive dividido entre o terceiro irmão estar vivo ou ter sido morto  no final da primeira novela e quem ser o verdadeiro vilão ser de facto Jules - mas isso seria um plot twist demasiado macabro e talvez pouco convincente [ou não]!

O que é certo é que escrever o que faltava da 3ª Parte da novela foi crucial para eu me curar da minha depressão. Aos anos que Matoskah, Takoda, Baya Ainila, Mikel, Shade, Jules, Lothus e tantos outros povoavam a minha imaginação e os meus sonhos. Conversava muito com eles, deambulava e tinha devaneios a imaginar momentos das histórias. Foi bom, apesar de ter custado dizer-lhes adeus, mas foi bom, pois ficou a sensação de dever cumprido. E, a bem dizer, um dia destes sairá a sequela...

Orgulha-me de ter terminado a novela este ano, ano em que completo 10 anos de escritos de histórias. E, por falar nisso, esqueci-me de dizer-vos que fui entrevistado para outra revista norte-americana, umas semanas atrás. Fica aqui o link:   

 

https://canvasrebel.com/meet-jao-fadario/

O ano foi avançando, uma vez que o tempo não pára. É implacável. A minha avó recuperou, anda quase sem ajudas, voltou a ter problemas mais duas vezes mas pronto, com fé, lá superou.

Eu voltei a estudar na área de Saúde, depois fui fazer uma Especialização, mas entretanto arranjei trabalho numa Casa Abrigo para vítimas de Violência Doméstica e tem sido um trabalho muito gratificante. Desafiador, mas gratificante.  

Só posso estar grato. Aprendi a gostar de estar sozinho, aprendi a reconhecer pessoas tóxicas à distância, hoje em dia prefiro a solidão a estar com as outras pessoas. Ainda assim, existem sempre pessoas que gosto de estar e com quem quero estar.

Acima de tudo, procuro começar os meus dias por agradecer e terminar os meus dias a agradecer. E hoje, véspera do meu aniversário, só posso estar imensamente grato. 

Que o Novo Ano que está a chegar seja um Ano Novo cheio de Sonhos Bons, Bençãos, Saúde, Prosperidade, Amor, Alegria, Reunião, Reencontro, Sucesso e claro, Gratidão! 

Gratidão, Sempre!   

R.I.P. Sara Tavares

Escrever posts dedicados a pessoas e personalidades que "passam de nível" é um pouco triste. Embora não conhecesse pessoalmente Sara Tavares, acompanhei com algum interesse o percurso da artista, desde o início, lá nos meados dos anos 90. Sara Tavares tinha 45 anos e sucumbiu hoje a um tumor que tinha na cabeça, há uma década. 

 

Esta noite vou ficar assimPrisioneira desse olharDe mel pousado em mimVou chamar a músicaPôr à prova a minha vozNuma trova só pra nós
Esta noite vou beber licorComo um filtro redentorDe amor, amor, amorVou chamar a músicaVou pegar na tua mãoVou compor uma canção
Chamar a músicaMúsicaTê-la aqui tão pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a músicaMúsicaMusa dos meus temasNesta noite de açucenasAbraçar-te apenasÉ chamar a música
Esta noite não quero a TVNem a folha do jornalBanal que ninguém lêVou chamar a músicaMurmurar um madrigalInventar um ritual
Esta noite vou servir um cháFeito de ervas e jasmimE aromas que não háVou chamar a músicaEncontrar à flor de mimUm poema de cetim
Chamar a músicaMúsicaTê-la aqui tão pertoComo o vento no desertoAcordado em mimChamar a músicaMúsicaMusa dos meus temasNesta noite de açucenasAbraçar-te apenasÉ chamar a música


Sem mais delongas, o Céu ganhou mais uma estrela...

Sara Alexandra Lima Tavares 

[01/02/1978 ~ 19/11/2023]

Erro Livre [ESTREIA]

Erro Livre é o nome da temática de vídeos do canal Erro de Fabrico no Youtube. No vídeo de estreia do canal, decidi falar, sem tabus, sobre o Novembro Azul. Note-se que no vídeo o termo câncer foi dito propositadamente, uma vez que é um termo conhecido tanto em Portugal como no Brasil, ao contrário do termo cancro, que só é conhecido em Portugal.
Espero que gostem! Se tiverem sugestões de temas e/ou gostassem de participar em futuros vídeos, enviem-me as vossas sugestões para o email: jaofadario@yahoo.com
Obrigado!

Previsão Astrológica da Loja Véu Encantado ~ Novembro

Os primeiros dias de Novembro prometem uma atmosfera intensa. 
O Sol, Marte e Mercúrio alinham-se em Escorpião, opondo-se a Júpiter e Urano em Touro. Este período destaca o equilíbrio entre a prosperidade individual e a partilha de riquezas. A energia transformadora de Escorpião desafia conceitos de posse e dinheiro, podendo desencadear disputas pela distribuição financeira.
A 3 de novembro, a oposição entre o Sol e Júpiter atinge seu auge. No dia 4, Saturno encerra seu período retrógrado, enquanto Mercúrio se opõe a Urano. Antecipa-se uma profusão de eventos e notícias que capturarão a atenção. Embora a discordância esteja no ar, a habilidade de resolver complexidades surge com cuidado, determinação e perseverança.
A oposição entre Vénus em Virgem e Neptuno em Peixes a 3 de novembro pode evocar sentimentos de fragilidade e sensibilidade. Vênus, em seguida, forma um trígono com Plutão a 6 de novembro. O desejo latente por paz e redenção torna-se tangível, culminando com a entrada de Vénus em Balança a 8 de novembro.
A 10 de novembro, Mercúrio ingressa em Sagitário, imediatamente entrando em quadratura com Saturno em Peixes. No dia seguinte, Marte em Escorpião opõe-se a Urano, seguido pela Lua Nova em Escorpião em oposição a Urano a 13 de novembro. Potenciais revoluções, tanto na esfera privada quanto pública, podem exigir correções significativas.
A 18 de novembro, ocorre a Conjunção entre o Sol e Marte, formando um trígono com Neptuno. A Lua e Plutão em Capricórnio estabelecem Sextil com o Sol, Marte e Neptuno. Este período pode representar um ponto baixo do mês, exigindo cuidados extras, pois os níveis de energia podem diminuir, criando uma perspectiva sombria.
O Sol ingressa em Sagitário em 22 de novembro, seguido por uma quadratura com Saturno a 23 de novembro. Em 24 de novembro, Marte também alcança Sagitário, entrando em quadratura com Saturno no dia seguinte. A clareza sobre as ações necessárias emerge, incentivando a implementação imediata dos planos, mesmo que a força seja escassa.
A 27 de novembro, a Lua Cheia em Gémeos traz confiança, apesar da quadratura entre Mercúrio e Neptuno sugerir adiar decisões de longo prazo.

Para Além do Arco-Íris ~ Capítulo 10

Podem ler os capítulos anteriores, clicando aqui.

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Capítulo 10

*NT, 01 de Janeiro de 2024*

Fazia um frio de rachar naquela manhã de Inverno. O Ano Novo tivera início algumas horas antes. Um pouco por todo o lado, ainda se viam vestígios das celebrações. Um exército de funcionários procedia à limpeza das ruas da cidade do Porto, enquanto uma grande parte da cidade dormia.

Um homem de semblante sério caminhava pela cidade, a passos apressados. Era um homem alto, magro, moreno, cabelos pretos cortados a pente fino e barba muito bem aparada. Bem constituído, o homem aparentava um ar cansado, mas os seus olhos castanhos brilhavam intensamente. Ele parecia caminhar decidido, embora não aparentasse ir a lugar algum. Quando os cafés abriram, algum tempo mais tarde, o homem procurou sentar-se numa esplanada, discretamente. Pediu um café forte e um copo de água ardente.

Finalmente entram em cena os nossos heróis! 

Este é o Rodrigo...

Admirada, a empregada do café tratou de o servir, enquanto abanava a cabeça ao virar-lhe costas. O homem riu-se, com ar de gozo, enquanto tirava as medidas à empregada. Ele bebeu a água ardente de um só trago, pedindo outro copo em seguida. Quando a empregada regressou, um vulto aproximou-se.

- Feliz Ano Novo, Rodrigo! - declarou o vulto, sorrindo para o homem.

O homem, que pelos vistos se chamava Rodrigo, levantou-se num ápice. Sorrindo, abriu os braços e deu um abraço ao vulto.

- Ena, ena! Olha só quem é ele! Feliz Ano Novo, Leo!

...E este é o Leo!

Leo era um velho amigo de Rodrigo. Ele era moreno, um pouco mais baixo do que Rodrigo. Tinha cabelos pretos, cacheados, abaixo dos ombros. Os seus olhos eram verdes, como água-marinha. Bem constituído e musculado, Leo era um homem muito atraente. As mulheres adoravam conhecer a sua tatuagem.

Rodrigo e Leo eram parceiros de negócios de tempos a tempos. Por vezes, Rodrigo contratava o amigo para seu guarda-costas. Rodrigo não confiava em quase ninguém no Mundo. No entanto, ele confiava a Leo a sua própria vida. 

Os dois homens tinham-se conhecido durante uma expedição a uma mina de esmeraldas, no Brasil. Nessa altura, os dois tinham acabado de sair da faculdade e sonhavam com o dia em que fariam a descoberta de um novo mineral. Com isso, poderiam tornar-se imortais, já que a pedra ficaria com o nome deles.

Nessa expedição, houve uma derrocada na mina e Leo salvou Rodrigo. Toda a população de Mofeis já tinha perdido a esperança de salvar os dois jovens. No entanto, ambos conseguiram sair da mina. Feridos, mas com sãos e salvos! Leo conseguira escavar por entre os destroços e carregara Rodrigo, que tinha fraturado a perna. Desde então, Rodrigo e Leo passaram a trabalhar juntos em muitas expedições pelo Mundo inteiro.

Tinham-se passado 17 anos desde esse fatídico momento. 

Rodrigo passara por 2 casamentos falhados e Leo perdera a conta à quantidade de mulheres que tentaram-no domar, embora sem sucesso. Pelo meio, Leo descuidara-se. Como fruto de uma das suas voláteis relações, nascera o seu filho, Juca. Juca era um rapaz de 11 anos, muito parecido com o pai. Ele tinha os cabelos loiros, cacheados, um sorriso sedutor e os seus lindos olhos verdes faziam suspirar as pessoas que se cruzavam com ele. Como Leo passava grande parte do ano em expedições, Juca vivia com Filó, a sua avó e a mãe de Leo. Ainda assim, Leo falava com o filho todos os dias. Sempre que podia, ele levava o filho consigo, para que este participasse nas expedições e os dois pudessem passar algum tempo de qualidade.       

Rodrigo e Leo sentaram-se na esplanada e ficaram em amena cavaqueira durante toda a manhã. Rodrigo recebera uma proposta aliciante, dias antes. Intrigado, Leo perguntou: 

- Olha lá, Rodrigo… Tu falaste-me no outro dia sobre algo… Desde então, não me disseste mais nada. Do que se trata? É por causa disso que te quiseste encontrar comigo hoje?

Olhando para um lado e depois para o outro, o amigo respondeu:

- É isso mesmo, Leo! O gajo que me fez a proposta voltou a contactar-me! O fulano é esposo de uma gaja qualquer que tem uma mina na Venezuela. Uma mina de diamantes. Até aqui, nada de novo, não é? 

Leo acenou afirmativamente com a cabeça. Rodrigo sorriu misteriosamente e baixando o tom de voz, comentou:

- Pois bem, ao que tudo indica, os trabalhadores da mina descobriram algo inacreditável! E o gajo, como sabe que eu e tu somos as maiores autoridades do Mundo, decidiu contactar-me! Ele quer que eu e tu nos desloquemos à Venezuela, para confirmar se estão perante uma das maiores descobertas do milénio!

Curioso, Leo olhou para o amigo com ar inquiridor. 

- Mas afinal… Do que se trata, Rodrigo?

Rodrigo bebeu o seu copo de aguardente e anunciou, em regozijo:

- Eles desconfiam que estão prestes a encontrar um jazigo de diamantes arco-íris! Leo, um jazigo de diamantes arco-íris!

Leo, que tinha levado o seu copo à boca, cuspiu o conteúdo e engasgou-se, chocado! Seria possível?

- Meu, tu só podes estar a brincar! A bebida deu-te a volta ao miolo! Tu estás doido! Um veio de diamantes arco-íris? Logo os lendários arco-íris? Não existe nenhum exemplar no Mundo inteiro! Isso é uma lenda que nós contamos aos nossos filhos, tal como a história da Branca de Neve e os Sete Anões, caralho!   

- Foda-se Leo, estou-te a dizer! O gajo paga-nos a preço de ouro para irmos até lá e tirarmos as teimas! Tu já viste isto? Se realmente forem os diamantes arco-íris, nós poderemos realizar o nosso velho sonho, caralho!

Leo e Rodrigo abraçaram-se, enquanto sorriam um para o outro. Ambos ficaram emocionados por relembrar aquele sonho que os acompanhava desde os tempos da faculdade. O clima de emoção e nostalgia pairava no ar enquanto Leo processava a notícia. A ideia de um jazigo de diamantes arco-íris parecia absurda, mas ao mesmo tempo, despertava a chama da aventura que ambos alimentavam desde jovens.

Leo, ainda surpreso, finalmente recuperou o fôlego e soltou uma gargalhada incrédula.

- Rodrigo, tu sempre foste um sonhador, mas isto é simplesmente incrível! Diamantes arco-íris? Será que não é algum tipo de golpe?

Rodrigo riu-se, percebendo a incredulidade do amigo.

- Eu também pensei nisso, Leo. Mas o dinheiro que este tipo está a oferecer é sério. Além disso, lembras-te da nossa promessa de encontrarmos algo extraordinário? Esta pode ser a nossa oportunidade!

Leo ponderou por um momento, olhando para o horizonte.

- Bem, se há alguém que pode desvendar este mistério, esse alguém somos nós. E se for verdade... Bem, será simplesmente épico!

Os dois brindaram os copos, selando o pacto rumo a mais uma aventura. Enquanto discutiam os detalhes do plano, a música ambiente na esplanada continuava a criar uma atmosfera envolvente, acompanhando os altos e baixos da conversa. 

Nas Sombras, Eyden Sandiego observava-os, com muita atenção e um sorriso mordaz. E quanto a isso, não era o único… 

…Muito longe dali, o Vulto Misterioso acompanhava o desenvolvimento da história com muita atenção. As Páginas do Livro Mágico permaneciam imóveis, como se o confronto com o Autor tivesse deixado uma marca indelével. No entanto, a história continuava a desdobrar-se, ignorando a pausa que se instalara na Magia das Palavras.

Enquanto isso, na esplanada, os dois amigos ajustavam os seus planos, alheios às sombras que os observavam. Eyden Sandiego, Mestre da Manipulação, traçava as suas próprias estratégias, um passo à frente de todos. O sorriso mordaz revelava uma confiança calculada, enquanto ele desaparecia nas sombras, decidido a influenciar o destino dos aventureiros.

A música na esplanada alcançava um clímax, como se ecoasse a iminência de desafios emocionantes. O Vulto Misterioso, apesar da quietude do Livro Mágico, sentia uma energia pulsante no ar, como se as palavras estivessem apenas a aguardar o momento certo para se reacenderem.

E assim, o Destino entrelaçava-se entre a Escrita do Vulto Misterioso e as artimanhas de Eyden Sandiego, ambos jogadores de um jogo de dimensões desconhecidas. O Livro Mágico, silencioso por enquanto, aguardava pacientemente pelo próximo capítulo, onde a Magia e o Mistério seriam mais uma vez tecidos pelas Mãos Invisíveis do Narrador.

No horizonte distante, o sol começava a dissipar o frio da manhã, revelando um dia cheio de possibilidades e desafios. A história de Rodrigo e Leo estava prestes a tomar um novo rumo, guiada pela aventura em busca dos lendários diamantes arco-íris.

[Continua...]