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Capítulo 18
*NT, 20 de Janeiro de 2024*
Depois do encontro com Don Alfonso e muita troca de ideias sobre o que fazerem a seguir, os três homens chegaram à conclusão de que o próximo passo seria a visita às minas de Don Diego e Doña Bárbara, em busca de pistas. Assim, o resto da noite prosseguiu com risos, histórias e a promessa de amizades florescentes. O nevoeiro, testemunha silenciosa das emoções partilhadas, tornou-se cúmplice desta noite peculiar.
O riso e a camaradagem preenchiam o ar enquanto Leo e Nicolás partilhavam histórias, trocavam olhares e descobriam afinidades que transcendiam as palavras. A química entre eles era palpável, como se o universo tivesse traçado um caminho especial para unir dois espíritos afins.
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Nicolás
Nicolás era um jovem moreno de 22 anos. Exalava um charme irresistível. Os seus cabelos pretos, levemente ondulados, caiam despreocupadamente sobre a testa, realçando os seus olhos igualmente escuros que pareciam esconder segredos profundos e intensos. O seu olhar era penetrante e sedutor, capaz de prender a atenção de qualquer um que o encontrasse.
Os seus lábios voluptuosos e bem definidos tinham um toque de tentação, curvando-se frequentemente num sorriso enigmático que despertava curiosidade e desejo. A combinação da sua pele bronzeada e do seu corpo esculpido, de porte atraente e atlético, fazia com que ele se destacasse em qualquer lugar onde fosse.
Havia algo de enigmático na sua presença - uma aura de mistério que envolvia cada movimento e palavra. Ele carregava consigo uma confiança natural, movendo-se com uma graça quase felina, o que só aumentava o seu apelo. A sua voz era profunda e melodiosa e cada frase que pronunciava parecia carregada de duplo sentido, provocando e convidando à imaginação.
As suas roupas, embora simples, eram escolhidas cuidadosamente para acentuar a sua figura, sugerindo mais do que revelando, deixando sempre um toque de mistério no ar. Vestia um jeans justo que delineava as suas pernas fortes e um volume abençoado, provocando a imaginação e despertando desejos latentes. A sua camisa abraçava o seu torso bem definido, destacando cada contorno dos seus músculos esculpidos, pois ele sabia como usar a moda a seu favor.
Além da sua aparência física, havia uma profundidade emocional que o tornava ainda mais cativante. Ele era um enigma ambulante, despertando a vontade de desvendar os segredos que os seus olhos negros prometiam, tornando-se uma fantasia viva e pulsante.
Enquanto percorriam as vielas estreitas de El Callao, sob o brilho ténue das lanternas de rua, Leo e Nicolás encontravam-se cada vez mais próximos. O toque casual das mãos, os olhares prolongados, eram sinais de uma ligação que se desenrolava naquela noite encantada.
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Rodrigo, observador discreto, notou a faísca que ardia entre eles. Era como se o nevoeiro, ao seu redor, se transformasse num véu suave, criando um ambiente íntimo e mágico.
Envergonhado, Rodrigo despediu-se:
- Meus amigos, obrigado pelo passeio, mas vou regressar à herdade. Estou a ficar velho. Já não aguento uma noitada. Daqui até à herdade ainda é uma caminhada do caralho!
- Rodrigo! Se quiser, eu levo-vos a casa, eu tenho um carro! - prontificou-se Nicolás, conduzindo-os até uma encantadora casa de pedra, aninhada na zona mais pitoresca de El Callao. A casa, com um estilo rústico, exalava um charme acolhedor que se misturava perfeitamente com a atmosfera da aldeia.
Localizada numa rua tranquila, a casa de Nicolás tinha uma fachada de pedra desgastada pelo tempo, com janelas de madeira adornadas por flores coloridas. O telhado de telhas antigas dava-lhe um toque tradicional. O pequeno jardim à frente estava repleto de plantas exuberantes e uma variedade de flores que floresciam em cores vibrantes.
Rodrigo e Leo ficaram impressionados! Não imaginavam que o jovem já tivesse uma casa própria e muito menos um carro!
Nicolás possuía um carro que refletia o espírito aventureiro e prático que emanava da sua personalidade. O seu veículo era um jipe robusto, resistente e pronto para enfrentar os caminhos acidentados que pudessem surgir nas suas explorações pelas redondezas de El Callao. Com uma carroçaria resistente e uma presença imponente, o jipe permitia-lhe deslocar-se com facilidade, não apenas pela aldeia, mas também pelas áreas circundantes, onde a paisagem podia ser mais desafiadora.
A cor do jipe era um verde profundo, quase camuflado entre a exuberância da natureza que rodeava El Callao. Equipado com características próprias para lidar com terrenos variados, desde estradas de terra a trilhos na selva, o carro de Nicolás representava a sua paixão pela exploração e a sua ligação íntima com a natureza circundante.
Com o jipe, Nicolás tinha a liberdade de explorar os recantos escondidos da região, permitindo-lhe conectar-se ainda mais com a beleza natural que o rodeava e, quem sabe, descobrir segredos ocultos nas profundezas da selva que circundava El Callao.
- Querem entrar? Eu posso preparar alguma coisa para comermos! - convidou Nicolás, com ar sedutor.
Leo ia falar, mas Rodrigo comentou rapidamente:
- Leva-me a casa, o Leo fica para jantar contigo!
Como Leo se preparasse para falar, Rodrigo sorriu e piscou-lhe o olho de forma paternalista.
- Aproveita… - sussurrou.
Nicolás sorriu mais abertamente, feliz. Aproximou-se de Leo e colocou uma mão sobre os ombros dele.
- Queres ficar para jantar, Leo? A sério?
Leo olhou para o jovem, olhos nos olhos. Recostou ligeiramente a sua cabeça e os seus belos cabelos pretos longos nos ombros de Nicolás.
- Terei muito gosto em conhecer a tua cozinha!
Rodrigo tossiu para disfarçar uma gargalhada. Leo deu-lhe uma palmada nas costas, rindo-se e Nicolás, ao pensar no que Leo tinha dito, baixou a cabeça, corando bastante, mas rindo-se depois.
Rapidamente Nicolás conduziu Rodrigo e Leo à herdade de Don Diego e Doña Bárbara. Como não tinha autorização para entrar na herdade, deixou Rodrigo à entrada da herdade, mas ainda assim, este agradeceu bastante, já que tinha poupado uma boa caminhada de regresso e chegado a horas decentes para jantar o que Lúcia tivesse mandado fazer. Leo e Nicolás partiram quase imediatamente, e Rodrigo desejou mentalmente boa sorte ao amigo, pois tinha um bom pressentimento em relação a Nicolás.
[Continua...]
Muito bom,
ResponderEliminarsaudades de te ler :)
Bom fim de semana
Abreijos
Vou tentar ser mais assíduo, recuperar o hábito de publicar diariamente, tenho muitas histórias e aventuras para partilhar por aqui! ^^ ^
EliminarAbreijos :3
Extrañaba leerte. Te mando un beso.
ResponderEliminarGracias! Besitos! ^^
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