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Capítulo 5
*18 de Maio de 2018*
Só a meio do dia seguinte é que Shade recebeu a visita do enfermeiro Noah. Agora que tinha o quarto só para ele, estava mais à vontade. Durante o resto do dia anterior, tinham ido até ao seu quarto vários funcionários do hospital, não só para trocar a roupa da cama, mas também para desligarem as máquinas e controlar o estado de saúde dele. Duas enfermeiras ainda lhe quiseram dar banho, mas Shade recusou, dizendo que tomaria o banho quando o enfermeiro Noah o viesse visitar.
Shade ainda perguntou duas ou três vezes por ele, mas tanto os funcionários como a médica que estava a acompanhar o caso dele disseram que Noah tinha terminado o seu turno e que só regressaria no dia seguinte.
Assim, quando este entrou no quarto, foi com alegria que Shade o recebeu. Pediu logo a Noah para fechar a porta do quarto à chave, para ficarem mais à vontade.
- Sabes que eu não posso fazer isso, Shade… Tu és menor de idade e eu…
Shade riu-se.
- Quem disse que eu sou menor de idade? Eu tenho 18 anos! A caminho dos 19!
Noah mostrava-se relutante.
- Ainda assim, estamos num hospital. Existem regras que não podem ser quebradas! O que é que tu queres fazer? O que é que tens em mente?
- Vá lá! Fecha a porta à chave! Se alguém perguntar, eu digo que fui eu que pedi, porque me vieste dar banho! Vá lá! - pediu Shade, com voz sedutora.
Noah sorriu timidamente e acedeu ao pedido. Com jeitinho, trancou a porta suavemente e aproximou-se de Shade. Este sussurrou:
- Está na altura de te recompensar pelo teu trabalho, meu enfermeiro!
Shade puxou Noah pelas calças até si. Enfiou uma das mãos dentro das calças de Noah, que gemeu, excitado. Noah fechou os olhos e percorreu com uma das mãos o corpo nu de Shade, que se mostrava animado pelo suave toque do enfermeiro.
- Gostas assim? - perguntou Shade, enquanto massajava o falo de Noah, devagar.
Noah recostou-se ao lado de Shade. Seguro de que a porta estava trancada e ninguém entraria de repente, permitiu-se aproveitar aquele momento. Durante as semanas em que Shade estivera em coma, ele imaginara aquele cenário inúmeras vezes. E agora, finalmente, a sua fantasia estava a tornar-se realidade.
As suas mãos deslizavam por todo o peito e ventre de Shade, enquanto este manuseava o falo de Noah, que endurecia exponencialmente. Noah cheirou os cabelos de Shade e depois, os seus lábios procuraram os lábios do rapaz. Beijaram-se. Trocaram vários beijos, entre arfares e sussurros excitados, enquanto com uma das mãos ele agitava o membro de Shade, que crescia e enrijecia a olhos vistos.
- Posso…. Chupar-te? - pediu Noah, com voz trémula.
- Força! Mereces! Ele é teu… Por agora! - respondeu Shade, excitado e satisfeito.
Noah começou a dar beijos no pescoço de Shade e foi descendo, até chegar ao seu desejo. Aí, colocou o membro na boca e saboreou-o com tamanho prazer e intensidade que Shade teve de se controlar para não atingir o orgasmo em poucos segundos. Enquanto Noah lhe dava aquele gosto, Shade gemia e arfava de prazer.
- Hummmm! Que maravilha! Há tanto tempo que não me sentia tão bem! Tens jeito para isto, senhor enfermeiro! - comentou ele, entre beijos.
- Dá-me…! Dá-me tudo o que tens para dar, Shade! - gemeu Noah, suplicante.
- Abre a boquinha então…! Vá lá…! Vou dar-te o que tu queres! - respondeu Shade, levantando-se e colocando Noah de joelhos.
Noah fechou os olhos, enquanto Shade lhe pegava na cabeça e agitava-a freneticamente. Naquela posição, Noah conseguia abocanhar ainda mais o falo de Shade, que sentiu um prazer ainda maior.
Deliciado, o rapaz permitiu-se atingir o orgasmo dentro da boca do enfermeiro, que até se engasgou com a quantidade e intensidade que recebeu.
Shade deitou-se na cama, visivelmente satisfeito. Segundos depois, Noah atingiu o orgasmo também, enquanto se masturbava freneticamente e gemia, tocando no corpo de Shade.
- Isto foi ainda melhor do que nas minhas fantasias! Obrigado! - suspirou Noah, enquanto se limpava e vestia.
- Não tens de quê! Até eu sair daqui, podemos repetir mais vezes! - comentou Shade, com voz divertida.
*20 de Maio de 2018*
Durante os dias que se seguiram, as idas ao quarto de Shade sucederam-se. Como Noah não queria chamar a atenção, em algumas das vezes ele limitava-se a trocar beijos e rápidas carícias com Shade, já que este encontrava-se totalmente recuperado.
Noah confessou a Shade que o momento ideal para estarem mais à vontade seria no turno da noite. No turno da noite a maior parte dos médicos, funcionários e enfermeiros não estavam ao serviço, visto aquele hospital não ter muitos problemas durante o período nocturno. Assim, Noah falou com um colega para trocar de turno, a fim deles poderem estar juntos naquela que seria a última noite de Shade no hospital.
Passava pouco das sete e meia quando Noah entrou no quarto de Shade, com um tabuleiro na mão. Trazia-lhe o jantar daquele dia. Entre beijos e carícias ousadas, Noah prometeu regressar mais tarde, para dar a sobremesa a Shade. Este, divertido e provocador, levantou a roupa, mostrando o seu falo semi-rígido a Noah, que logo corou, envergonhado.
- Tratarei dele mais logo! Agora tenho de ir! - despediu-se Noah, dando um beijo na testa de Shade.
Tranquilo e animado com a perspectiva de deixar o hospital no dia seguinte, Shade saboreou lentamente aquele jantar. Naquele dia, tinham servido um pedaço de frango guisado com arroz e ervilhas. Apesar da comida do hospital não ser grande coisa, pelo menos estava quentinha, algo que Shade já não se recordava de saborear.
Afinal, desde que a cidade de Grace Falls fora declarada cidade-fantasma, todo o sistema eléctrico da mesma havia deixado de funcionar, pelo que Shade estivera bastantes dias a comer comida fria ou aquecida em fogueiras que conseguia fazer.
Depois de comer, ele colocou a bandeja numa cadeira e foi à casa de banho. Pela primeira vez em muito tempo, ganhou coragem e olhou-se ao espelho. Ficou surpreendido! Ele tinha agora uma barba ruiva e os seus cabelos estavam novamente abaixo dos ombros. Sorriu para o seu reflexo, satisfeito. Se já nem ele se reconhecia a si mesmo, dificilmente outros o reconheceriam agora.
Por instantes, pensou que desta forma, seria mais fácil regressar a Fargo. Temia que andassem à sua procura, principalmente porque ele era irmão de Jules Sullivan. Ele sabia que o irmão tinha ficado famoso pelos piores motivos e não queria atrair as atenções sobre si. Havia perguntas que ele jamais queria ter de responder. Shade não se esquecera da promessa que fizera ao irmão.
Mal chegasse a Fargo, Shade teria de procurar por um dos seus melhores amigos até conhecer Jules, um rapaz chamado Damian. Meses antes, ainda em Grace Falls, Shade enviara-lhe uma encomenda para este guardar com a sua própria vida. Se o pior acontecesse, Damian deixaria a encomenda num local secreto, cuja localização só eles os dois sabiam. Damian era uma das poucas pessoas em quem Shade confiava.
Inconscientemente, Shade girou a torneira do duche e ao sentir a água quente, meteu-se debaixo do chuveiro e tomou um bom banho. A noite no hospital tinha essa vantagem - a maior parte dos doentes não andava a deambular pelos corredores e muito menos pelas casas de banho. Assim, Shade poderia tomar um banho à sua vontade. Tendo em conta que ele partiria até ao final da manhã seguinte e desconhecendo quando teria outra oportunidade de voltar a tomar um banho, ele aproveitou e deixou o jacto de água quente cair sobre o seu corpo elegante, agora um pouco peludo, embora estivesse mais magro do que o habitual.
Vinte minutos depois, alguém tentou entrar na casa de banho, o que fez Shade resmungar:
- Hey! Está gente! Está ocupada!
- Sou eu, o Noah! Posso entrar? - perguntou o enfermeiro, com voz sedutora.
- Claro que podes! Anda! - respondeu Shade de imediato, enquanto se ensaboava.
Noah não perdeu tempo. Despiu-se e instantes depois, estava a sentir o jacto do chuveiro a cair sobre ele. Fechou os olhos, saboreando aquele agradável momento. De repente, ele começou a sentir outro jacto quente a atingi-lo em cheio no abdómen, enquanto Shade se ria às gargalhadas.
- Hey! Então? - resmungou Noah.
Shade riu-se ainda mais.
- É para te lembrares de mim! - declarou Shade, com voz divertida.
- Sabes que este jogo pode jogar-se a dois, certo? - provocou Noah, enquanto Shade se desviava do jacto do enfermeiro, rindo-se e fazendo caretas.
- Vá! Porta-te bem! Senão, não tens direito à sobremesa, Noah! - gracejou.
- ‘Tá bem, ‘tá bem! Eu vou ser um bom menino! - gemeu Noah, algum tempo depois de se lavar energicamente, respondendo com voz submissa. - Vamos embora para a cama, mestre?
- Assim é que é falar! Vamos lá! - congratulou-se Shade, abraçando o enfermeiro e dando-lhe um beijinho no rosto.
Rezando a todos os santos que se lembrava, Noah entregou uma toalha a Shade e este correu para o quarto, rindo-se divertido. Noah pegou nas roupas de ambos e depois de verificar que o corredor estava vazio, embrulhou-se numa toalha e correu para o quarto de Shade, dando com o nariz na porta! Este tinha fechado a porta à chave!
- Vá lá, Shade! Isto não tem graça! Abre a porta!
- Só se pedires com jeitinho... - comentou este.
- Por favor, querido mestre, abre-me a porta! Está um frio do caraças e se eu for apanhado, vou para o olho da rua!
A porta destrancou-se e Noah entrou, enquanto Shade se dirigia à sua cama, aborrecido. Noah fechou a porta com cuidado e depois falou, com tom zangado:
- Olha lá, que ideia foi essa, Shade? Queres que eu perca o emprego? Depois de tudo o que eu fiz por ti?
- É pá, era só uma brincadeira! Não é preciso levares a peito! Tem calma contigo!
Noah atirou as roupas de Shade com alguma violência, atingindo-o na cara. Estava mesmo chateado!
- Eu estou aqui a fazer algo por ti, algo que nunca fiz por ninguém! E tu, agradeces-me assim! Achas bonito?
Shade amuou.
- Foda-se! Sabes que mais? Tu és exactamente como todos os outros! Pensei que fosses diferente, mas no fundo, só fazes as coisas para teu próprio proveito! Pensei que contigo as coisas fossem ser diferentes… Mas, se à mínima merda, atiras tudo à cara e cobras o que fizeste por mim.... Só te digo isto: ainda bem que amanhã me vão dar alta! Já estou farto deste lugar! Mal posso esperar para ver este pardieiro pelas costas! Por mim ia-me embora agora mesmo! Só lamento não poder fazê-lo, porque vocês colocariam a polícia atrás de mim!
Noah vestiu-se e suspirou.
- Olha… Desculpa lá... Eu fiquei chateado... Não queria ter dito nada daquilo. Estou triste e frustrado porque tu vais-te embora e eu vou sentir a tua falta...
Shade riu-se, desagradado.
- A minha falta? Tens a certeza? Tens a certeza de que vais sentir a minha falta? Não será que vais sentir é falta da minha pila?!
Aquela questão atingiu Noah no rosto da mesma forma que as roupas tinham atingido a cara de Shade. Noah sentou-se na cadeira e cabisbaixo, desabafou:
- Eu nunca estive com um rapaz. Há muito tempo que eu sei do que gosto e o que quero, mas nunca tive coragem para me envolver intimamente com ninguém. Contigo... Tudo aconteceu tão naturalmente, foi bom...! Foi muito bom! Só lamento que a nossa última noite juntos acabe assim, desta forma. Eu já te pedi desculpas e volto a pedir. Desculpa-me, Shade! Por favor! Eu estou mesmo desconsolado porque vais embora e certamente não voltar-te-ei a ver. Afinal, se não existiam registos teus até agora, tu para a sociedade nunca...
- Já por isso é que me chamo Shade... - suspirou o rapaz, olhando para o enfermeiro com um sorriso triste. - Desculpa lá a cena que eu fiz, Noah. Não pensei que estava a colocar o teu emprego em risco por causa...
Noah sorriu e colocou um dedo sob os lábios de Shade.
- Shhhh! Está tudo bem, meu querido! Amigos como antes?
Shade aproximou-se de Noah e abraçando-o, sorriu abertamente.
- Sem dúvida! E se nunca estiveste com um rapaz, permite-me a honra de te dar a conhecer todos os prazeres da carne, neste quarto de hospital, meu caro enfermeiro! Não penses que dou esta honra a qualquer um!
Submisso, Noah ajoelhou-se e sorrindo feliz, declarou:
- Seja feita a tua vontade, mestre!
Os dois rapazes riram-se e excitaram-se mutuamente. O facto de estarem ali, num quarto de hospital, correndo o risco de serem apanhados a qualquer momento, aumentava a adrenalina! Entre beijos e carícias, Noah foi descendo pelo corpo de Shade e quando chegou às calças, desceu-as com um só gesto. No mesmo instante, um falo peludo, grande e grosso, totalmente erecto, quase que bateu no seu rosto.
Noah olhou e feliz, agarrou o falo de Shade e abocanhou-o. Naquela noite, aquela fera seria sua e só sua! Shade controlou-se várias vezes para não atingir o orgasmo. Noah deliciava-se com tamanha volúpia que Shade se viu obrigado a colocar o seu rosto contra uma almofada, para abafar os gemidos de prazer!
Não tardou muito para que Shade retirasse o falo da boca de Noah. Como este lhe perguntasse porquê, Shade respondeu:
- Não queres que a festa acabe depressa, pois não? Trouxeste protecção? Vira-te!
Noah acenou com a cabeça, apontando para os bolsos da bata. Shade retirou de lá um preservativo e rapidamente colocou-o no seu membro. Depois disso, pegou na fronha da sua almofada e amordaçou Noah. Dando um beijo a este, Shade espicaçou-o:
- É capaz de doer um bocadinho, mas depressa te habituas! A mordaça é para que não te escutem a gemer, senão aí é que vais mesmo para o olho da rua, seu enfermeiro safado!
O falo de Noah reagiu àquelas palavras e perdeu um pouco da sua graça. Shade, com carinho, riu-se e beijou o peito de Noah, enquanto o masturbava e se masturbava. Noah, por sua vez, começou a sussurrar palavras sem nexo, à medida que Shade aprofundava conhecimentos no seu corpo. Quando este se apercebeu que Noah estava a ficar bastante excitado, ele decidiu investir! Noah sentou-se e fez-se magia!
O falo de Shade entrou num local que nunca havia sido explorado. Ele sabia que aquela era a primeira vez de Noah e não queria magoá-lo, por isso penetrava-o com alguma delicadeza. Este, porém, mostrava-se deliciado! Gemia, chorava de prazer e pedia para que Shade entrasse mais a fundo! Este, excitado, não se fez rogado!
Deliciados, os dois rapazes ficaram naquele estado de euforia algum tempo, enquanto se beijavam através da mordaça! Noah pulava louco, enquanto Shade gemia e resistia! Ele queria prolongar aquele momento o mais que pudesse!
Entre beijos, arfares e gemidos, o vaivém continuou durante mais algum tempo. Shade sentia que não tardaria a atingir o clímax, mas queria que Noah também o atingisse! Assim, ele pegou no membro de Noah e agitou-o vigorosamente! Não tardou para que Noah arrancasse a mordaça e avisasse:
- Ohhhh! Ohhhh! Shade! Vou-me vir!!!
- Hummmm! Eu... Eu também! - gemeu Shade, penetrando-o com vigor, atingindo o orgasmo instantes depois, dentro do enfermeiro.
Noah atingiu o orgasmo quase de seguida, com o seu jacto a sair em grandes quantidades rumo ao peito e ao rosto de Shade.
- Ahhhh! Ohhhh! Ahhhh! Ahhhh! Desculpa...! Desculpa-me, Shade!! - gemeu Noah, quando se apercebeu do que fizera.
Shade riu-se, divertido. Mais relaxado, retirou o seu pénis lentamente, para não causar dor. Depois disso, pegou na fronha da almofada e limpou-se. Noah tinha deixado uma quantidade considerável de vestígios pelo seu peito e rosto.
- Acho que vou ter de tomar um novo banho. Acompanhas-me? - perguntou Shade, com um sorriso.
Noah segurou com as duas mãos no rosto de Shade. Beijou-o com carinho e acenou com a cabeça.
Após o banho, Shade regressou ao quarto. Noah vestiu-se rapidamente e partiu para as urgências, pois ligaram-lhe a pedir ajuda. Shade adormeceu rapidamente, enquanto pensava na longa viagem que iria fazer no dia seguinte.
[Continua...]