Foi com choque que recebi esta notícia ao começar o meu dia.
O Paulo Gustavo era um grande actor. Partiu esta madrugada, aos 42 anos, vítima de Covid-19. Ele até teve um período em que parecia estar a recuperar, mas sofreu uma embolia pulmonar que o conduziu à morte cerebral. Muito triste.
Ele foi um actor que criou uma personagem que se tornou um ícone para as pessoas LGBT+ no Brasil. O seu papel como "Dona Hermínia" [que foi inspirada na mãe do actor], teve muito sucesso na peça de teatro "Minha Mãe É Uma Peça" e depois deu origem a uma trilogia cinematográfica. Nesta trama, ele assume o papel de uma mulher desbocada e irreverente, que certamente perdurará no Tempo.
Uma das cenas mais marcantes da trilogia é o discurso de Dona Hermínia no casamento do filho!
Ele marcou a vida de muitos jovens LGBT+. Ele conseguiu levar 9 milhões de pessoas ao cinema para assistirem a um filme que gira em torno de um casamento gay. Se tivermos em conta que o Brasil é, infelizmente, um dos países onde mais se morre por conta de se ser LGBT+, então percebemos como ele foi importante.
Paulo Gustavo como Dona Hermínia em: "Minha Mãe É Uma Peça"
Saber da morte dele deixou-me em estado de choque, triste. Sei lá, é como se o conhecesse pessoalmente, é como se ele fosse da família. Existem pessoas assim, não é? Que nos marcam. Foi um grande exemplo de ser humano, artista, director, roteirista.
Paulo com os dois filhos, Romeu e Gael
Deixo um abraço daqueles ao marido dele, Thales, e aos filhinhos deles, Romeu e Gael. Um dia, eles saberão o quanto o pai deles foi importante para milhões de pessoas e se orgulharão muito do pai que partiu tão cedo, de forma tão estúpida...
A emocionante declaração de amor do marido do Paulo no Instagram
Paulo, deixaste uma marca no coração de muitos de nós. O meu profundo e sincero obrigado pelo teu trabalho, pela tua coragem em mudar mentalidades e pelo teu Amor e Dedicação às Artes.
Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros
30/10/1978 ~ 04/05/2021
RIP Paulo Gustavo!
ResponderEliminarSó uma observação, o Brasil não é o país que mata mais Homossexuais, isto faz parte de um discurso ideológico hipócrita e mentiroso da esquerda. Talvez, o Brasil seja um dos países, pela índole de seu povo, um dos países que mais respeitam a diversidade. Que existem assassinatos de homossexuais, claro que existem, eles são equivalentes a qualquer outro tipo de assassinatos. Se por aqui isto fosse o retrato da verdade, o que dizer da Rússia, Irã, China, Cuba e tantos outros por aí?
Beijos
Oi Paulo! De facto, concordo contigo e já editei o texto.
EliminarAbreijos
Paz à sua alma
ResponderEliminarAmém.
Eliminar