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Capítulo 5
- Claro que sim…. É só que…. Estou em choque! Aliás, acho que estamos todos… - respondeu Eddie, com a esposa e a filha a acenarem veemente com a cabeça de seguida.
Shappa fez-lhes uma vénia.
- Eu peço-vos desculpa. Talvez seja melhor irmos embora, Chayton… - rematou, levantando-se.
Eddie levantou-se antes de Chayton e agarrou o braço de Shappa.
- Não! Por favor, fiquem! Estamos todos muito perturbados com o que aconteceu! Eu é que vos peço desculpas… De facto, eu agi um pouco mal perante vocês quando chegaram à Grace Falls…
Chayton riu-se.
- De facto, esta cidade tem muito que se lhe diga, Eddie! Nós chegamos cá há pouco tempo e já nos apercebemos de uma série de coisas…. - espicaçou.
Eddie fez-se desentendido.
- Hã? A sério?
Chayton prosseguiu.
- Eu sei que você sabe do que eu estou a falar…
Bianca levantou-se, enervada.
- Olhem lá, estão todos com tantos rodeios porquê? Vocês trabalham para o FBI, certo? O meu pai contactou o FBI para compreender o que se passou para o meu irmão ter cometido suicídio… Mas eu acho tudo isto muito mal contado! O meu irmão não era desses!
- De facto, tens toda a razão. O Jules era um menino de bem! E é por isso mesmo que eu decidi abrir o jogo com vocês. Quero compreender completamente o que se passou com ele para isto ter acontecido! - suspirou Shappa, triste.
Bianca replicou, ainda mais enervada:
- Você tem a certeza que é só isso? Não estará a querer acalmar a sua consciência por nada ter conseguido fazer pelo seu filho? Perdeu um, tem outro filho em coma agora… E o meu irmão, que você considerava um filho, está morto! Não é por nada, mas você não tem lá muita sorte! Talvez devesse consultar uma bruxa…! Talvez devesse consultar aquela médium aqui da cidade, a Agatha! Quem sabe ela vos possa ajudar?!?
Laura levantou-se e deu uma bofetada à filha.
- Bianca Sullivan! Mas que modos de falar são esses? Tento na língua! Não foi esta a educação que eu e o teu pai te demos!
Bianca virou costas a chorar e galgou as escadas a correr, fechando uma porta com toda a força.
Laura virou-se para Chayton e Shappa que tinham ficado visivelmente incomodados com a situação.
- Por favor, desculpem a atitude da nossa filha… Ela ainda não se resignou com o que aconteceu!
Shappa e Chayton levantaram-se e fizeram uma vénia.
- É melhor nós irmos andando. Posso ir buscar o Takoda? - perguntou Chayton, enquanto ele e Eddie seguiam para o jardim interior.
- Shappa, eu peço uma vez mais desculpas pelo que a Bianca disse. Ela não tinha o direito de falar assim consigo…
- Ela tem todo o direito. Eu, de facto, tenho falhado como mãe…. Perdi o Tatanka. Perdi o vosso Jules. Tenho o meu Matoskah em coma, escondido num sítio qualquer do governo… Ups!
Laura ficou abismada, enquanto Shappa suspirava nervosa.
- Meu Deus… O que é que eles estão a fazer ao seu filho, minha querida? - perguntou Laura, abraçando Shappa.
- Eu… Eu não posso… Eu não devo falar sobre isso… Nem o meu marido sabe de nada… - retorquiu Shappa, baixando a voz.
- Você vai ficar bem? O que se está a passar?
Takoda apareceu na sala com o pai e com Eddie. Todos vinham bastante animados. Shappa sorriu-lhes e Takoda correu para os braços da mãe dando-lhe um forte abraço.
- Voltaremos a ver-nos em breve! - rematou Shappa.
Laura assentiu com a cabeça, enquanto as duas mulheres trocavam um olhar.
- Outra coisa, antes de irem…. Podemos ficar com os vossos contactos? - perguntou Eddie.
- Claro que sim, aqui estão! - respondeu Chayton, escrevendo os dados num pedaço de papel que Laura lhe entregou.
- Cuida-te, Takoda! - suspirou Eddie, um pouco triste.
Takoda voltou atrás e abraçou Eddie. Este abraçou o pequeno e afagou os cabelos dele. Laura emocionou-se com o gesto. Eddie estava a ficar bastante afeiçoado ao pequenito. A perda de Jules estava a fazer Eddie transferir os seus sentimentos para Takoda.
- Eu gosto muito de si, tio Eddie! Posso vir cá a casa mais vezes? - inquiriu Takoda, com um sorriso.
- Ó filho, tu vens cá quando quiseres! Se o tio Eddie ou a tia Laura não estiverem em casa, a Maurice avisa-te e prepara algo para tu comeres! - respondeu Eddie, enquanto uma lágrima rolava pelo seu rosto.
- Vamos, filhote! - exclamaram Shappa e Chayton, prestes a entrar no carro.
- Muito obrigado! Adeus! - rematou Takoda, correndo para o jipe dos pais, que partiu a grande velocidade instantes depois.
- Ai ai… - suspirou Eddie, ao fechar a porta, cabisbaixo.
Laura aproximou-se do marido e abraçou-o em silêncio.
- Que idade tem o Takoda?
- Ele fez 9 anos em Março. Porquê? - inquiriu Eddie.
- Oh, por nada… Tu e ele parecem ter muita afinidade… Ainda me recordo dos tempos em que tu falavas mal dos indígenas… - espicaçou Laura.
Eddie aproximou-se de um balcão no fundo da sala e preparou um whisky.
- Pela boca morre o peixe, não é? De facto, já fui assim. Mas depois de ter conhecido estes miúdos, isso mudou. Ele e o irmão dele são impecáveis! Tenho a certeza de que vais gostar deles também, Laura! É graças a eles que os meus negócios vão de vento em polpa! - resmungou, bebendo um copo de whisky de um só trago.
Laura aproximou-se de Eddie e deu-lhe um beijo na testa.
- Eu estou só surpreendida, mas no bom sentido. É bom de ver-te assim, querido. Vou dormir, não te demores!
- Está descansada, vou só fumar um cigarro e já vou ter contigo. Até podemos pensar em fazer um Takoda só para nós… O que me dizes? - comentou Eddie, com ar malicioso.
Laura abanou a cabeça, riu-se e subiu as escadas, rumo ao quarto.
*26 de Maio de 2017*
Bianca telefonou a pedir desculpas a Shappa. Esta aceitou as desculpas imediatamente e convidou-a para tomar um chá de ervas na sua casa. Bianca aceitou e mais calma, conversou durante bastante tempo com Shappa, que lhe expôs algumas das suas primeiras descobertas relativamente aos suicídios que estavam a ocorrer em Grace Falls. Perante aquele gesto de confiança, Bianca prometeu colaborar com Shappa, em segredo. Ambas concordavam que algo estranho se passava na cidade.
*1 de Junho de 2017*
Era já bastante tarde quando a família Sullivan se sentou à mesa para jantar. Naquele dia, eles tiveram de prestar novas declarações ao FBI. Lá, ficaram a saber que os restos carbonizados de Jules, seriam entregues em poucos dias. Em breve seria possível marcar uma data para o funeral. Como era hábito, Eddie Sullivan ligou a televisão, enquanto Maurice colocava a comida na mesa. Dois jornalistas apareceram de imediato. Uma voz-off falou:
- “Em directo, dos nossos estúdios em Grace Falls, a Edição da Noite da GFNews!”
- “Olá senhores telespectadores, eu sou a Cher Salles!”
- “Olá senhores telespectadores, eu sou o Mitch Ohlman!”
A câmara voltou-se para Cher que começou a sumarizar as notícias que faziam furor naquele dia. Depois disso, as câmaras voltaram-se para Mitch, que foi explicando ao longo da emissão as notícias que Cher havia sumarizado, intercalando com pequenas reportagens. Eddie, Laura e Bianca estavam a comer a sobremesa, quando Cher mudou o seu tom de voz e suspirou:
- “… Em outras notícias... Já só temos mais duas para dar hoje, mas ambas bastante importantes para a nossa comunidade. A GFNews soube que o corpo de Jules Sullivan será entregue nos próximos dias, para que a família possa, por fim, fazer o funeral. O caso do jovem Jules teve impacto a nível nacional, ao ponto do próprio Senador Tieman estar presente na cerimónia. O funeral de Jules Sullivan ficou marcado para o dia 10 de Junho.”
- Mas… Que raios? Como é que eles já sabem disto? Ainda por cima, vocês ouviram aquilo? Eles anunciaram a data do funeral, algo que nem nós sabíamos! - exclamou Eddie, surpreendido.
- Eu vou ligar aos Chayton, para saber o que se passa…! - exclamou Laura, admirada.
Shappa e o marido ainda estavam a caminho de casa. Eles tinham estado fora o dia todo, pois tinham ido visitar Matoskah, que continuava internado. Ficaram bastante admirados com a novidade que Laura lhes transmitira.
- Eles também não sabiam de nada, vejam lá vocês! Estiveram na clínica onde está o filho deles! Ao que tudo indica, o Matoskah será transferido para casa daqui a três ou quatro dias! - comentou Laura, depois de terminar a chamada.
- Menos mal, menos mal… - respondeu Eddie, ainda surpreso. - Talvez não seja má ideia ligar para a televisão a saber mais informações. Esta informação da data do funeral já estar marcada…. É bizarro! Afinal, nós somos a família e não sabemos de nada?
O telefone de casa tocou.
- Quem será a esta hora? - questionou-se Bianca.
Maurice já tinha ido para casa, pelo que Bianca pegou no telefone e atendeu. Instantes depois, chamou o pai.
- Pai! É para ti! Um fulano qualquer chamado Lucius…
- Lucius…? - perguntou Eddie, levantando-se da mesa e correndo para o telefone.
Na televisão, depois do ar sério que assumira ao dar a novidade sobre Jules, Cher abriu os braços e levantando-se, seguiu na companhia de Mitch, até uma zona do estúdio onde existia um grande ecrã por detrás deles. Com um sorriso apaziguador, Mitch declarou:
- “A cidade tem sido alvo de vários eventos nos últimos dias. Hoje, ocorreu uma manifestação pacífica e bastante animada, a favor do povo ameríndio e dos indígenas que actualmente vivem na nossa cidade! Veja o que aconteceu!”
Uma jornalista apareceu no ecrã. Inúmeras pessoas agitavam bandeiras e cartazes com mensagens de amor, paz e esperança. Havia muitas bandeiras arco-íris, tambores e animação. Escutavam-se cânticos indígenas. Eddie colocou a emissão da televisão em Stop, para poder concentrar-se na chamada, enquanto Laura e Bianca olhavam para ele. Laura foi buscar cafés para os três. Passados alguns minutos, Eddie desligou. O seu rosto estava lívido e os seus olhos brilhantes.
- Então querido, quem era? Quem era o tal fulano? Alguém do teu trabalho? - questionou Laura, quando Eddie se sentou à mesa.
Eddie ficou alguns momentos sem dizer nada. Rodou a colher na sua chávena de café. Olhou para Laura e depois para Bianca. Suspirou.
- Quem nos ligou foi Lucius, Lucius Tieman. Ele é o filho do Senador Tieman. O futuro candidato e quem sabe, futuro Presidente dos Estados Unidos da América!
- Ó meu Deus! - exclamaram Laura e Bianca, admiradas.
- Bem podem dizê-lo, meninas…! O Tieman tinha encarregue alguém de nos avisar sobre o dia do funeral, mas pelos vistos quando ligaram cá para casa, ninguém atendeu! Entretanto, um dos assessores do Senador entrou em contacto com a televisão, pois ele disse que fazia questão de estar presente na cerimónia! Os Chayton ainda não tinham sido informados, só amanhã de manhã iriam saber disto também! O filho deles regressará a casa daqui a dois ou três dias. Está totalmente ilibado de qualquer acusação no que diz respeito à morte do nosso menino. O Matoskah está inocente…
- Ó meu Deus! O que terá acontecido ao Jules para ter feito aquilo? - questionou-se Bianca, desalentada.
Eddie fungou.
- O Lucius aconselhou-nos a darmos uma boa vista de olhos nas coisas dele, filha. Temos de ser fortes… Por nós e pelo Jules. Entretanto, vamos lá a ver o que se passou na tal manifestação de hoje!
Laura pegou no comando da televisão e pressionou o botão Play, retomando a emissão a partir do momento em que esta tinha sido parada. A jornalista que estava a cobrir o evento reapareceu no ecrã e afirmou:
- “A dada altura, um grupo de jovens indígenas verdadeiros apareceu. Entre eles, encontrava-se Takoda, um rapaz de 10 anos, que em Outubro passado impediu um assalto ao Millennium Eagle Bank, com a ajuda do seu irmão, o índio Matoskah, na altura com 16 anos! Matoskah é o jovem indígena que se encontra actualmente em estado de coma no hospital da cidade. Quanto aos restantes jovens, eles têm idades compreendidas entre os 18 anos e os 21 anos.”
No ecrã apareceram Cetan Nagin, Maȟpiya Luta, Siha Sapa, Wakinyan e Takoda. Eles envergavam um lençol branco. Takoda, por ser o mais novo do grupo, colocou-se ao centro. Não tardou muito para que eles começassem a dançar e a cantar!
[Takoda]
Pobre dos ricos que tanto têm!
[Cetan Nagin, Maȟpiya Luta, Siha Sapa, Wakinyan]
Mas pra que serve tanto dinheiro?
[Takoda]
Faltam os sonhos!Falta a vontade!
[Cetan Nagin, Maȟpiya Luta, Siha Sapa, Wakinyan]
Faltam o tempo e a liberdadeVivem com medo de perder algo!Sobra arrogância, sobra ganância!
[Takoda]
Faltam o tempo e a esperança!
[Cetan Nagin, Maȟpiya Luta, Siha Sapa, Wakinyan]
Faltam a brisa e o sol da manhã!Pobre dos ricos que não conhecem toda magia da liberdade!
De repente, Takoda, Cetan Nagin, Maȟpiya Luta, Siha Sapa e Wakinyan retiram o lençol que lhes cobria o corpo, deixando-os totalmente nus! Com visível orgulho e perante uma plateia em êxtase à volta deles, os jovens prosseguiram com a canção!
[Takoda, Cetan Nagin, Maȟpiya Luta, Siha Sapa, Wakinyan]
Não tenho nada e tenho, tenho tudo!Sou rico em sonhos e pobre, pobre em ouro!Do que me importa se todo esse dinheiro,Não compra amigos, estrelas, o amor verdadeiro!
Não tenho nada e tenho, tenho tudo!Sou rico em sonhos e pobre, pobre em ouro!Do que me importa se todo esse dinheiro,Não compra amigos, estrelas, o amor verdadeiro!
- E esta hein?! Estes miúdos devem ser criados com fertilizante! Isto deve ter sido ideia do Takoda! É assim mesmo, filho! - retorquiu Eddie, entre gargalhadas, enquanto Bianca e Laura coravam que nem tomates ao verem a plenitude dos rapazes na televisão!
Os rapazes ameríndios continuaram a cantar a encantar a multidão durante alguns minutos. Todas as pessoas presentes na manifestação riam, dançavam e saltavam, animadas e felizes!
A emissão retomou aos estúdios da GFNews, no preciso momento em que Cher comentava:
- “Oh Mitch, quem me dera ser vinte anos mais nova! Garanto-te que estes miúdos não me escapavam! Já não se fazem homens assim! Tu viste bem o tamanho? Ah ah ah ah!”
Mitch recebeu indicações pelo auricular e olhando para as câmaras, comentou entredentes:
- Estamos em directo, as pessoas escutaram o que tu disseste…
Cher riu-se nervosa e perante as câmaras, tentou disfarçar:
- “Que grande animação, não acharam senhores telespectadores? A isto é que se chama uma animação de rua! Até dá vontade de brincar aos índios e aos cowboys! Ah ah ah ah!”
Como Cher estava a enterrar-se cada vez mais, Mitch decidiu tomar o controlo da emissão.
- “Este foi o apogeu desta manifestação que contou com a autorização da polícia local. Segundo pudemos apurar, os jovens indígenas contactaram a polícia e explicaram o que pretendiam fazer antecipadamente, tendo-lhes sido concedida autorização, a regime excepcional. A GFNews aproveita para lembrar aos cidadãos que não é possível andarem completamente nus pelas ruas, já que isso é considerado um atentado violento ao pudor. Essa punição pode dar até 1 ano de prisão.”
- “Dá para perceber porquê, ah ah ah ah!” - comentou Cher, rindo-se com grande espalhafato.
Mitch apercebeu-se de que ela não estava em condições de prosseguir com a emissão. Antes que as coisas piorassem ainda mais, ele rematou, com um sorriso amarelo:
- “Bom, senhores telespectadores, muito obrigado por terem ficado desse lado! Este é o final da Edição da Noite da GFNews! Boa noite e até amanhã!”
- Corta! Está feito! - gritou alguém por detrás das câmaras.
- Foda-se! Cher, tu queres dar cabo das audiências? Tu és doida? Tens noção do que acabaste de fazer em directo? - resmungou Mitch, zangado.
A jornalista virou costas e foi meio a cambalear para o seu camarim. Mitch estranhou a atitude. Ultimamente, Cher andava a beber mais do que o habitual. Cansado e aborrecido, Mitch dirigiu-se ao seu próprio camarim. Estava a desmaquilhar-se e a escolher a roupa que iria vestir para se ir embora para casa quando de repente o director da estação entrou de rompante pelo seu camarim. Vinha com um ar bastante feliz.
- Mitch! Fantásticas notícias! Este segmento final rebentou com as audiências! Parabéns! O povo adorou a última notícia e já chovem comentários na página do Criss-Cross da estação, a propósito dos comentários da Cher sobre os rapazes indígenas! Parabéns!
O jornalista olhou para o director do canal com desdém. Pelos vistos, Cher tinha-se safado, mais uma vez!
- Raios partam aquela filha da puta! Foda-se! Ainda não foi desta! - resmungou Mitch, entredentes.
*Duas horas mais tarde, numa casa algures em Grace Falls…*
[Televisão]
“Não tenho nada e tenho, tenho tudo!Sou rico em sonhos e pobre, pobre em ouro!Do que me importa se todo esse dinheiro,Não compra amigos, estrelas, o amor verdadeiro!”
Um dedo carregou no botão Stop, parando a emissão, no preciso momento em que Takoda e os seus amigos ficavam num ângulo onde mostravam os seus atributos com orgulho para a câmara da televisão.
- Sim…! Que miúdos deliciosos…! Takoda…! Que rapazinho abençoado! Tu és o melhor deles todos...! Takoda…! Tu vais ser meu…! A bem ou a mal! Mas vais ser meu! Oohhhh…! - gemeu uma voz arfante e excitada, enquanto expressava o seu desejo, tocando ao de leve no ecrã da televisão.
[Continua...]
Muito fixe este episódio e tanta verdade contada
ResponderEliminarObrigado Francisco!
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