28 setembro 2020

Downton Abbey [3ª Temporada]

 Hoje acabei de ver a 3ª Temporada de Downton Abbey.



Downton Abbey [3ª Temporada] [2012] é um drama de época histórico.


Sinopse:


Se ainda não conhecem a série, a trama desenrola-se numa propriedade chamada Downton Abbey, algures no Yorkshire, Inglaterra. Os problemas que os donos da propriedade têm, assim como os dramas dos criados deles, fazem boa parte da acção e do enredo da história. 


Nesta 3ª Temporada, a trama ocorre no Período Pós-1ª Guerra Mundial. Muitas mudanças estão em curso, como as mulheres ganharem o acesso ao voto, e os grandes proprietários a terem de se modernizar, caso contrário, correm o risco de perderem tudo o que têm. 


A minha opinião:


Depois de uma queda na trama ao longo da 2ª Temporada, fiquei com a ideia que que o autor quis redimir-se. A 3ª Temporada regressa ao "plano original" - finalmente, o problema de quem irá herdar Downton Abbey fica resolvido, com o casamento entre "x" e "y". [Não digo para não estragar a surpresa a quem ainda não assistiu].


No entanto, com o fim da Guerra nasce uma gigantesca crise, que chega a Downton Abbey. É preciso mudar - e muito! - e Lord Grantham demonstra ser um verdadeiro "Velho do Restelo", ao recusar-se a aceitar que o Mundo onde nasceu e cresceu acabou, tendo que se adaptar a novos tempos que trazem consigo muitas e profundas mudanças. 


Existem vários temas importantes que são abordados nesta fase da história e gostaria de resaltar um deles: a homossexualidade. Um dos personagens é gay e já teve algumas cenas interessantes até agora, sempre com a máxima discrição. Afinal, nos anos 20, era crime punível com prisão, qualquer acto de natureza homossexual. Essa personagem tem um desenvolvimento curioso nesta temporada, pois mostra que, apesar de ser um "estuporzinho", ele também é sensível e afinal aquele lado mais "cobra" é muito mais uma máscara para esconder a sua fragilidade por ser gay. Muito bom.


Muitas voltas e reviravoltas acontecem ao longo da 3ª Temporada. Esta temporada cativou-me do princípio ao fim. Muito bom!


Nota Final João: 9/10

27 setembro 2020

Nothing Like A Dame

 



Nothing Like A Dame [Chá com as Damas][2018] é um documentário britânico.


A minha opinião:


Neste documentário, Eileen Atkins, Joan Plowright, Judi Dench e Maggie Smith - 4 Damas condecoradas pela Rainha de Inglaterra e pelo Príncipe Carlos - são convidadas a falarem um pouco sobre as suas vidas, sem pudor e sem enredo. 


Ao longo de uma hora e pouco, estas 4 grandes senhoras do Teatro e do Cinema partilham com os espectadores elações e desabafos sobre peças de teatro que fizeram, os relacionamentos com actores, os relacionamentos com os maridos, com os filhos, como foram parar ao mundo da representação este Mundo, entre outras coisas, sempre com um toque de humor britânico. 


Trata-se de um documentário muito rico de conteúdo, principalmente para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a vida e a história destas Damas. 


Nota Final João: 8/10

26 setembro 2020

Apresentação da novela "Para Além do Arco-Íris" 🔞⚔️💞 [+18, Aventura, Romance]

Esta é a história de dois amigos que embarcam numa aventura ambiciosa, em busca da concretização do sonho da vida deles! Longe de casa e da família, numa terra selvagem e inóspita, estarão Rodrigo e Leo preparados para os desafios que têm pela frente?





A novela "Para Além do Arco-Íris" é a história que se seguirá após a publicação da 3ª e última parte da saga "Escrito nas Entrelinhas", com estreia marcada para o Inverno de 2020. Ela fará parte da Duologia "Para Além" e tem estreia marcada para a Primavera de 2021!

22 setembro 2020

Fauno Lunar - Outono

 



Sejam bem-vindos à temática Fauno Lunar


Nesta temática, vou abordar assuntos ligados à minha área de trabalho. 


Hoje, às 14:31, tem início o Equinócio de Outono. O Equinócio ocorre duas vezes por ano, tanto no Hemisfério Norte, como no Hemisfério Sul. Quando passamos para o Outono no Hemisfério Norte, passamos para a Primavera no Hemisfério Sul. E vice-versa. Uma das perguntas que muitas pessoas se colocam é: o que quer dizer Equinócio? 


De forma simples, a palavra equinócio tem origem na junção dos termos latinos aequus [igual] e nox [noite]. Quando ocorre o equinócio, o dia e a noite duram exactamente o mesmo tempo [12 horas].



Uma coisa útil de se fazer todos os meses - ou pelo menos, nas mudanças de estação - é defumarmos as nossas casas. O acto de defumar é já um ritual muito antigo. As defumações servem para várias funções, sendo a mais conhecida a purificação de ambientes, removendo as energias negativas dos mesmos. Podemos usar vários tipos de materiais para fazermos uma defumação. Os mais fáceis e baratos de encontrar são os pauzinhos de incenso, que existem numa infindade de versões. Eles são compostos por ervas e não costumam deitar muito fumo. 



Existem outros produtos, como as ervas naturais, que até podemos plantar em casa, incensos em grão, incensos em pó. em cones, etc. Os preços variam e as funcionalidades também.


Neste dia - ou noutro dia qualquer, mas mais indicado nesta fase de mudança de estação - para uma boa defumação às casas é indicado usar incensos/ervas de Aleccrim, Jasmim e Arruda, para termos a remoção de males como a Inveja e atraírmos Alegria e Sucesso. Devemos focar-nos naquilo que pretendemos para nós.  


Modo de Preparação:


* Colocar as ervas num prato; 

* Juntar um carvão;

* Adicionar um pouco de álcool por cima das ervas;

* Acender;


Em alternativa, podemos acender um pauzinho de incenso.


* Devemos pegar no prato e percorrer a casa, desde a entrada da casa, dando a volta à casa em sentido horário. Fazemos uma oração a gosto, enquanto percorremos todas as divisórias da casa, até regressarmos à entrada. 


* Se usarmos um pauzinho de incenso em vez das ervas, cones, etc. devemos pegar no pauzinho de incenso, acendê-lo e percorrer todas as divisórias da casa, começando pela entrada, em sentido horário, fazendo uma oração a gosto, até regressarmos à entrada.


Existe uma oração antiga e extremamente eficaz que se pode fazer:


Como Nossa Senhora defumou o seu Santo Filho para ele bem cheirar, 

Eu defumo esta casa, para que todo o Mal saia, e o Bem possa entrar!  


No final, rezamos o Pai Nosso ou a Avé Maria. 


Depois de feita a defumação, deitamos os restos das ervas/incenso pela sanita abaixo e descarregamos. Podemos acender uma velinha tealight [aquelas pequeninas redondas que se encontram à venda em qualquer supermercado] e agradecemos.


Boas Limpezas!

18 setembro 2020

6 Meses

Este post é uma espécie de continuação do que escrevi aqui


Se tem estado a acompanhar o blogue, já devem ter reparado que mudei um pouco. Regressei às origens, abrindo o meu coração e falando de forma mais aberta da minha vida. 


Então o post de hoje começa com o final do meu casamento. Eu senti aquela vontade e, de certo modo, aquela alegria de me sentir livre novamente. Apesar de, ao longo do casamento, eu ter pulado a cerca, a verdade é que o fazia sentindo-me mal comigo mesmo. Fazia-o para descarregar frustrações, tristezas, mágoas que se foram acumulando ao longo dos anos... As razões foram muitas. Se me arrependi? Nem por isso. Não me considero pior pessoa por causa disso.


Então, quando tudo chegou ao fim, senti-me "renascer". Voltei às aplicações e aplicativos de encontros gays, agora sem ter de entrar em grandes explicações. Podia conhecer pessoas, podia envolver-me em casos de uma só manhã/tarde/noite, tendo a perfeita consciência de que estava a fazer o que sentia ser o correcto.


Tive alguns encontros insatisfatórios, mas na sua maioria, foram bons. Houve um que me tocou particularmente, porque era com um rapaz que também vivia numa condição parecida com a minha. Ele também se estava a divorciar do marido dele, então as nossas conversas iam muito ao encontro um do outro. A química que se instalou foi grande e muito boa. O problema é que a falta de tempo [Onde será que já ouvimos esta conversa?] fez com que nos fóssemos afastando, com alguma pena minha.


Um dos problemas dos aplicativos gays é o facto de realmente as pessoas só andarem por ali em busca de "caça". Tudo bem, eu também queria foder, mas queria também fazer novas amizades, quem sabe algo mais. O renascimento que se sucedeu ao final do casamento cedo deu lugar à insatisfação. É verdade que me sentia livre novamente, mas seguia a vida infeliz. 


Faltava-me algo.


Foi assim que decidi explorar outros aplicativos. Onde pudesse conhecer homens, mas o objectivo não fosse apenas aquele. Pelo menos não de forma tão crua e fria. Um local onde pudesse fazer amizades e quem sabe, algo mais pudesse acontecer.


E foi assim que fui parar ao Tinder.


No Tinder conheci vários homens interessantíssimos. As pessoas procuravam, efectivamente, algo mais para além do sexo. Queria conversar, a questão da troca de fotos/nudes vinha muito mais tarde. Não era a prioridade. 


Um dia, fiz "Match" com um rapaz que surgiu nas minhas sugestões. Fiquei admirado por um rapaz que eu achei tão bonito, estar a mostrar-se interessado em mim. A fotografia dele era só de rosto, mas eu de imediato gostei daquele sorriso, daqueles lábios, daqueles olhos, daquele olhar...


Poucos minutos depois, ele começou a enviar-me mensagens. Trocamos algumas palavras. Ele mostrou-se extremamente interessado e interessante. Culto, bem-humorado, gentil, educado. Quanto mais eu falava com ele, mais eu pensava em como seria uma pena se ele só estivesse a "dar-me corda" para eu aceitar conhecê-lo pessoalmente e ir para a cama com ele.


Rapidamente ele mostrou-me e abriu-me as portas para o Mundo dele.


Eu fiquei muito feliz por tamanha abertura. Ainda caminhava a medo. Tinha medo do que pudesse acontecer. Saíra de uma relação fracassada e da qual tinha dado tanto de mim. Estar a ouvir alguém a dizer: "amo-te", "quero-te"... 


Parecia bom de mais para ser verdade.      


Depois de vários "encontros" virtuais, por fim marcamos um encontro pessoal. Tudo correu às mil maravilhas. Falei de tudo o que temia, falei de como estava a atravessar uma fase particularmente difícil da minha vida, falei de como tudo parecia ainda surreal. Não me sentia merecdor de um homem assim. Bonito, inteligente, sensível, com um coração tão grande quanto ele. [Ele deve ter quase 1,90m!] [risos]


Parecia-me impossível que ele me quisesse. Que ele já me fizesse juras de amor. Ele pensava já numa futura vida a dois, apesar de ainda estarmos a conhecer-nos pessoalmente naquele dia. No entanto, e como ele disse - e muito bem - existem pessoas que quando a gente conhece, parece que nos conhecemos a vida toda. Eu senti isso. Senti que realmente já o conhecia da vida toda, apesar de nos conhecermos à tão pouco tempo.


E então, durante essa tarde, que se tornou chuvosa, ele pediu-me em namoro. Vi nos seus olhos um interesse genuíno. O alto nas suas calças [e que alto, meu Deus!] [risos] também mostrava o seu interesse e tesão.


Hesitante, a medo, recusei. 


Não me sentia preparado para dar esse passo. Por mais que eu quisesse, a verdade é que ainda estava com medo. Parecia-me tudo precipitado. Ainda tivemos um momento "caliente" debaixo da chuva, o que foi uma experiência linda, romântica e nos deixou com vontade de mais....


Ele voltou a pedir-me namoro durante as horas, dias e semanas que se seguiram. Recusei mais 4 vezes. Precisava de ter a certeza de que estava pronto para aceitar. Não queria aceitar só porque estava frágil, só porque estava triste e destroçado. Queria dar-lhe o que ele merecia, porque ele também já tivera a sua quota parte de sofrimento na vida. Não queria magoá-lo, nem enganá-lo, porque ele não merecia isso.


A cada dia que passava, ele fazia-me sentir especial. Amado e desejado como já não me recordava de sentir. Assim, ainda que com algumas dúvidas, até por culpa de toda a incerteza que se vivia devido ao COVID-19, eu acabei por dizer sim. 


Ironicamente, começamos a namorar no dia em que o governo, horas mais tarde, oficializou o confinamento. Teria sido um sinal? Uma coincidência? 


Já se sabe que não existem coincidências...    


O tempo que passamos confinados foi um martírio. 


As saudades, a tristeza de não podermos estar juntos, mal-entendidos, medos, dúvidas, etc... Por diversas vezes, a frustração de viver novamente um relacionamento à distância, sem certezas de quando seria possível vermo-nos pessoalmente, gerou várias crises e discussões que ameaçaram o nosso  relacionamento. Pelo meio, ele perdeu a mãe dele e foi horrível. A senhora morreu de cancro lá no Brasil e ele estava cá em Portugal. Ele não teve oportunidade de se despedir convenientemente dela. Foi uma fase particularmente triste e difícil de superar.


Eu sentia-me triste e frustrado. Queria fazer mais e melhor por ele. Mas eu estava limitado. De todas as vezes que discutimos, fui sempre eu quem colocou a hipótese de acabarmos. Ele merecia mais e melhor do que eu. Apesar disso, ele continuou a insistir em que tudo haveria de melhorar, que eu merecia ser feliz, que ele me daria o Mundo se pudesse... Essas coisas. 


Depois de acabado o confinamento, finalmente pudemos estar juntos. Finalmente pudemos ter uma noite de amor em pleno. Tudo foi muito bom e maravilhoso. Senti que tinha valido a pena todo o esforço, toda a espera, toda a angústia por que passamos.


Desde então, a nossa relação vai vivendo com altos e baixos, como qualquer relacionamento. Somos de Culturas diferentes, temos idades diferentes [ele tem 33 e eu 39], ele tem formas muito mais abertas de expressar os seus sentimentos e carinho do que eu. 


Ainda assim, aos poucos, temos "afinado os nossos ponteiros" e vamos estando juntos quando podemos, pois vivemos em distritos diferentes - demoramos cerca de 3 horas em viagens de comboio e metro para estarmos juntos. Como ele trabalha com folgas rotativas e ainda faz outros trabalhos - hoje em dia, Portugal tornou-se um país que faz das pessoas escravas do trabalho, se querem ganhar o mínimo para se sustentarem, pagando a renda, comida e pouco mais - pelo que nem sempre conseguimos estar juntos.


Assim, vamos falando todos os dias para colmatar a saudade. Apreciamos os momentos que podemos passar juntos. Uma simples ida ao supermercado para fazer as compras do mês, lavar a loiça, arrumar a roupa, passearmos juntos pela cidade, vermos a telenovela recostados no peito um do outro... Coisas que parecem tão óbvias e básicas, para nós têm um sabor especial. São vivências maravilhosas. 


Para comemorar os nossos 6 meses, fomos comer algo que ele ainda não tinha comido, desde que chegou a Portugal: uma francesinha. Ele adorou. Eu adorei que ele tenha adorado, até porque partilhamos momentos de muita cumplicidade numa das avenidas mais famosas e movimentadas da cidade.   


Não é a nossa melhor foto, mas que importa isso? 
O que realmente importa está gravado nas memórias dos nossos corações.
 

Só posso estar grato a ele por não ter desistido de mim. Ele é um homem com H grande. Eu sei o quanto ele me ama, o quanto ele me quer, o quanto ele me deseja, o quanto eu o deixo excitado. Ele sabe o quanto me preocupo com ele, o quanto gosto dele, o quanto o quero, o quanto fico feliz de estar recostado no peito dele, o quanto eu adoro satisfazer o seu apetite insaciável! [risos]


Obrigado por tudo! <3

16 setembro 2020

Boys will be Boys! #2.1

 

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Etecetera #2.2

 Ao ler o post do Francisco, publicado aqui, decidi escrever o seguinte comentário:


Acho que as coisas podem-se colocar da seguinte forma - o ser humano atingiu o limite da sua evolução. A partir de agora, entramos na curva descendente da evolução, ou seja, entramos em regressão. Talvez o Homem tenha ido aos limites mais cedo do que podemos imaginar - talvez a bomba atómica, algo tão assombroso e capaz de ceifar milhões de vidas em instantes - fosse a primeira "wake up call" para o rumo que a Humanidade estava a seguir.


É verdade que aparentemente a Humanidade vive de ciclos que se repetem, com alguma frequência. Ainda há 100 anos tivemos uma gripe mortal, que alastrou pelo Mundo e causou milhões de mortos. Pouco tempo depois, uma Guerra Mundial foi provocada pela ganância e pelo ego de meia-dúzia de homens. 


Não parece existir actualmente uma semelhança?


Da mesma forma, temos a maneira como a população encara as situações. Os ricos, ficam mais ricos. Os pobres, ficam mais pobres. Pelo meio, quem é esperto, quem se desenrasca, vai-se safando e alguns até conseguem subir na vida, apesar de não passarem de "pé-rapados".


Acho que um dos problemas da actualidade é o facto de vivermos numa era demasiado informada. Temos acesso a mais informação e com a maior facilidade do que alguma vez possuímos na História, pelo menos dos registos conhecidos pelo público. Esta era em que vivemos é aquela que certamente ficará na História conhecida como a Era dos Extremos/Excessos. 


As pessoas vão de uma fronteira à outra com a velocidade de um pensamento. Destilam ódio a torto e a direito. Metem-se em discussões inúteis, pelos motivos mais parvos e esdrúxulos que possamos imaginar.


Por algum motivo que desconhecemos - eu gosto de acreditar que foi um sinal do próprio Planeta, que teima em não desistir de nós, apesar de tanto mal que lhe causamos - este vírus conhecido por COVID-19 surgiu nas nossas vidas e tão cedo ele não se vai embora. Na verdade, acho mesmo que ele veio para ficar. As vacinas que andam a criar um pouco por todo o Mundo terão um efeito semelhante à vacina da gripe - produzem imunidade durante 3 ou 4 meses, mas passado esse tempo, estamos sujeitos a apanhar uma carraspana que nos leva desta para melhor. 


Se analisarmos as coisas a frio, cedo constatamos que as pessoas que vão morrendo de COVID-19 não morrem propriamente da doença em si, mas de uma série de circunstâncias - aka doenças que as vítimas já possuíam - e que graças ao COVID-19, essas circunstâncias foram exponenciadas, acabando provavelmente com as defesas dos doentes. 


Em parte, isto fez-me relembrar do que se passava nos anos 80, quando o pesadelo do HIV, que em muitos, originou a SIDA, provocou uma onda de pânico e um medo descomunal nas pessoas. Sendo o HIV um vírus que dá cabo do sistema imunológico e que inicialmente se congregava mais nos homens gays, logo nasceu a ideia de que só os gays apanhavam o HIV. E com isto surgiu uma verdadeira campanha de ódio contra a comunidade gay. 


As pessoas demoraram muito tempo a compreender o flagelo do HIV. Foram precisos anos, milhões de mortos, inúmeras campanhas de prevenção... Para finalmente as pessoas perceberem que, para evitar apanhar uma doença como o HIV bastava algo tão simples, como o uso do preservativo.


Ainda assim, as pessoas teimam em não aceitar isso. Muitos inclusivé, neste século, promovem "festas do carimbo", com o objectivo de pura e simplesmente ficarem contaminadas com um vírus, aquele que foi outrora um dos maiores flagelos da Era Moderna. As pessoas fazem isso pela facilidade que existe actualmente em "curarem-se" da doença. 


Fala-se muito da Prep, como se fosse o Santo Graal e uma cura infalível para contactos de uma só noite, ou vários contactos aventureiros, casuais, sem protecção. O que as pessoas talvez não saibam é que o Prep não é dado a toda a gente. Ele arrasa com o Sistema Imunológico, o que acaba por ser prejudicial a todos o que o tomam. Mesmo os médicos fazem um estudo antes de decidirem dar o Prep a alguém, pois sabem dessa situação. Ainda assim, o que fazem as pessoas? Isso mesmo, prosseguem com os contactos com inúmeros parceiros, sem se preocuparem com o que possa vir a acontecer.


Esta situação faz-me pensar noutra situação: as pessoas que se tatuam. 


Cada um sabe de si, óbvio. Mas existe tanta malta nova que tatua braços inteiros, esquecendo-se que existem trabalhos que não permitem tatuagem visíveis. Hoje podem até não trabalhar aqui ou ali, mas ninguém sabe onde estará amanhã... As tatuagens têm outro problema - elas vão perdendo a cor, acabam por envelhecer, tal como a pele. E as pessoas esquecem-se que não serão jovens para sempre. Algum dia acordam e pensam: 


"Dass, onde estava eu com a cabeça, caralho?"           


Com o COVID-19 passa-se a mesma coisa. 


As pessoas sabem que ele causa problemas. 


As pessoas sabem como o podem evitar. 


Ainda assim, as pessoas insistem em ter encontros com toda a família. ainda ontem apanhei um grupo de 20 pessoas numa grande almoçarada/lanche, debaixo de uma ponte romana aqui perto de casa. Os jovens insistem em sair à noite, até às tantas, com os seus inúmeros e grandes grupos apesar de, no fundo, se sentirem mais sozinhos do que nunca. Todos eles "amarrados" aos telemóveis, em busca dos “Likes”, dos “Corações”, de novas pessoas para os seguirem... À espera de serem o próximo Ronaldo do Instagram ou a Cristina Ferreira do Facebook.     


Enfrentamos a maior crise de identidade enquanto Humanidade, desde que o fenómeno COVID-19 surgiu. Pensávamos que era algo que só acontecia aos outros. Afinal, antes deste vírus, tivemos a Gripe das Aves, a Peste Suína, a Gripe disto, a Gripe daquilo... Tudo coisas que vieram sempre do mesmo lugar. 


Coincidência? 


Quem sabe...


Ficamos fechados em casa, tal como aconteceu outrora. Para livrar Israel do seu sofrimento tirando-o do Egipto, fazer justiça e executar juízo contra os (supostos) deuses egípcios (Êx 12:12), Deus enviou a última das suas 10 pragas, que matava todos os primogénitos daqueles que não haviam feito aliança com o Deus de Israel. Tanto pessoas, como animais, morreram naquela noite. A condição para livrar-se daquela praga era ficar em “quarentena” dentro de casa, depois de se passar o sangue de um cordeiro nos umbrais das portas (Êx 12:22-23), o que simbolizava a libertação do povo de Deus da escravidão do pecado pelo sangue de Jesus (1 Co 5:7; Cl 1:14).


Aqui em Portugal, vivemos a pandemia com o confinamento e todas as consequências que ele trouxe. Foram tempos terríveis para todos, embora houvesse uma pequena melhoria graças ao respeito pelas medidas. O governo quis abrir tudo cedo demais e cedo se viram as consequências disso - os casos nunca pararam de existir, ficando nós numa curva de planalto idêntica ao nosso "morning wood".


Sendo Portugal um país bastante católico, as pessoas foram impedidas de celebrar o 13 de Maio em Fátima. Mas houve disponibilidade para, cerca de um mês depois, as pessoas poderem juntar-se para assistir e rir em espectáculos de humor, com a presença e avalo do Primeiro-Ministro e do Presidente da República. Acho que na cabeça de muito boa gente isto representou que o pior já tinha passado e como tal, as pessoas podiam voltar a ter uma vida tão normal quanto possível.


Um dos problemas da COVID-19 é o facto de se poder ter a doença e não apresentar sintomas. Se ficássemos com uma gripe e não tivéssemos sintomas, tendo em conta a vida que existia antes da chegada do vírus do ano, acho que toda a gente se contaminaria e o número de mortes seria exponencialmente maior. Afinal, a gripe é dos vírus mais contagiosos e mortíferos em certas condições. No entanto, as estimativas recentes mostram que, em média, a COVID-19 é cerca de 50 a 100 vezes mais mortífera do que a gripe sazonal. 


No entanto, e apesar de não querer, é inevitável que se fale do que vou falar a seguir. 


Porquê que o vírus continua em alta? Porquê que aumentou tanto? 


A razão é simples: a doença demora algum tempo a matar, mas os humanos demoram ainda mais tempo a registar a mortalidade da pandemia devido à burocracia administrativa. As pessoas que morrem hoje provavelmente foram infetadas há três ou quatro semanas. 


E quem cria a burocracia? 

Isso mesmo, o Governo!


Aqui em protugal, estamos numa época-chave da governação.


Este ano, em Outubro, temos as eleições para o Governo dos Açores. Em 2021, temos as eleições para a Presidência da República em Janeiro e, em Setembro/Outubro, temos as eleições para as Autarquias. 


Nenhum governo, nenhum Presidente, nenhuma Câmara… Quer sair do Mandato com o desagrado dos seus governados. É melhor satisfazer as pessoas, dando-lhes aquilo que querem - até porque todos foram muito civilizados a ficar em casa, numa espécie de férias prolongadas, com o "bónus" de continuarem a receber uma parte do salário. Muitos nem sequer tiveram de pagar as prestações das suas casas, porque até isso foi permitido deixar para mais tarde. Resumindo: foi um presente envenenado para muitos, cujas consequências se começarão a ver e a sentir nos próximos meses.


É verdade que existem trabalhos e serviços que se podem fazer a partir de casa. 


E ainda bem! 


Mas outros há que trabalharam sem parar mesmo quando todos estavam em confinamento, como é o caso dos serventes nas obras. Reconstruíram duas casas mesmo ao lado da minha e não houve confinamento que lhes valesse - nem dores de cabeça da minha parte de tanto os ouvir - que os impedissem de esburacar, de partir, de fazer o que tinham de fazer, para poderem levar ao final do mês o sustento para as suas mulheres e filhos.


Há poucas semanas, tivemos a Festa do Avante!, talvez a maior receita financeira do PCP, isenta de impostos. Já muito se escreveu sobre o tema e não me vou alongar sobre isso. Eu era contra a festa deste ano, pelos motivos óbvios. O governo, numa jogada claramente política, permitiu que a festa ocorresse, por forma a poder "cobrar o favor" na altura em que se discutir o Orçamento de Estado, que já teve de sofrer alterações este ano e certamente sofrerá muitas mais no próximo.


O povo, indignado, decidiu fazer "justiça pelas próprias mãos". 


Sendo um povo católico, na sua maioria de centro-esquerda ou de centro-direita, aproveitou a deixa que a festa do Avante! criou para a usar como arma de arremesso contra o governo - e assim tivemos uma afluência inesperada e brutal em Fátima, no passado domingo, dia 13 de Setembro, na maior afluência ao Santuário, desde que a pandemia chegou.


O que o povo se esqueceu é que o vírus não desapareceu, nem por milagres vai desaparecer tão cedo. As consequências destes actos pagar-se-ão, não tardará muito. Ele veio para ficar e para colocar um ponto final em muita coisa. 


Afinal, quantos de nós não se aperceberam das mudanças? 


Quantos de nós já não se aperceberam que graças à desculpa do vírus, muitas coisas estão a ser proibidas? 


Quantos de nós já se aperceberam de que estamos a retroceder em certas vitórias que tivemos no passado? 


Poucos enriquecem. 

Muitos empobrecem. 


A campanha do Medo está aí. 


Quando aliado à Ignorância, o Medo é, sem sombra de dúvidas, o mais letal vírus que a Humanidade enfrentará. 


Escusado será dizer o que se seguirá, não é? :)


Abreijos :3

14 setembro 2020

Alta Mar [3ª Temporada]

As manas Villanueva regressam para mais uma grande aventura!


Alta Mar [3ª Temporada] [2020] é uma série Netflix.


Sinopse:

Nesta 3ª Temporada [existem rumores de que a Netflix cancelou a 4ª Temporada, logo esta pode mesmo ser a última], vemos que a acção regressa ao Titanic Bárbara de Braganza. A trama decorre um ano depois da chegada do Transatlântico ao Rio de Janeiro

Eva [Ivana Baquero] tornou-se uma escritora consagrada e está em Buenos Aires, na Argentina, a dar autógrafos, enquanto lança o seu romance. Ela encontra-se com a sua irmã, Carolina [Alejandra Onieva], que agora é a dona do Bárbara de Braganza. Ambas embarcam no navio, numa viagem rumo ao México, mas logo ficam a saber de uma terrível novidade - entre os milhares de passageiros que embarcam com elas, está um cientista louco que transporta consigo um vírus terrível, capaz de matar e de se transmitir pelo ar...


Eis um trailer 




A minha opinião:

Ao fim de duas Temporadas, acho que já não existe muito a dizer. A série cumpre o que promete - é instigante, o enredo é cativante e entretém o espectador. O tema polémico de um vírus que se transmite pelo ar e mata de forma eficaz foi uma tremenda coincidência, já que a 3ª Temporada foi gravada o ano passado, antes de surgir o Covid-19. 


Existem elementos comuns entre esta temporada e outra série espanhola, chamada Gran Hotel. Um dos personagens encarna a mesma personagem, só mudando de profissão. Acho que o pior da temporada é mesmo o seu final, mas tendo em conta a incerteza quanto à continuação da série para a derradeira Temporada [a Netflix tinha encomendado 4 Temporadas inicialmente], talvez a forma como a série termina seja a adequada. Será interessante de ver como pegarão eles na trama depois deste final, se ela tiver uma 4ª Temporada...


Se gostam de séries de crime e mistério, com um toque de requinte e uma cenografia linda dos anos 40, então vale a pena assistirem!


Nota Final João: 8,9/10

12 setembro 2020

Bonding [1ª Temporada]

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Bonding [1ª Temporada] [2019] é uma série da Netflix, que aborda um dos assuntos tabus da sociedade: os fetiches!


Sinopse:

A trama desenrola-se entre Tiff [Zoe Levin], uma estudante de Psicologia que trabalha como Dominatrix para pagar os estudos e Pete [Brendan Scannell], um rapaz gay a quem Tiff pede ajuda para ser o seu Assistente... Como reagirá Pete a esse convite?


Eis um trailer:





A minha opinião:


A série é um must! Divertida qb, com episódios pequeninos [cerca de 15 minutos por episódio], vemos a 1ª Temporada rapidamente. Eu assisti a toda a Temporada de rajada! Embora o trailer não esteja tão bom quanto a série, vale a pena de assistir. É uma série porreira para quebrar tabus sobre fetiches, o que é bom, visto que é um tema não muito abordado em filmes/séries.

Segundo sei, uma 2ª Temproada está a caminho! Vamos a ver que aventuras e fetiches irão a Tiff e o Pete compartilhar com os espectadores!


Nota Final João [1ª Temporada]: 7/10

11 setembro 2020

11 de Setembro ~ 22 anos depois

22 anos atrás, nesta data, eu estava a conhecer, aí pelas 15:30 da tarde, uma das pessoas que mais me marcou na vida.

Naquele tempo eu era explicador de um dos primos dele. Encotnrava-me na casa do primo, precisamente para dar mais uma sessão de explicações. E eis que de repente, entra um miúdo de 9 anos a correr pelas escadas e fica surpreso ao ver-me. Eu levanto a cabeça para ver quem era e também eu me deparo, surpreso.

Não sei explicar muito bem o que aconteceu naquele instante. O rapazito sorriu para mim, timidamente. Eu sorri para ele também e o primo disse-lhe:

- "Este é o João, o meu explicador. João, este é o Nuno, o meu primo."

Eu na altura estava com 17 anos.. O divórcio dos meus pais já tinha ocorrido, o regresso e ruptura da tentativa que se lhe seguiram, também. Eu já não via o meu irmão há algum tempo, fruto das circunstâncias abruptas com que terminara a tentavia de reconciliação. O meeu irmão tinha sensivelmente a mesma idade que o Nuno.

- "Então chamas-te Nuno?" - perguntei eu. - "É engraçado, porque eu tenho um irmão mais novo, da tua idade, que se chama Nuno, também!" - exclamei.

- "A sério? que fixe!" - congratulou-se o miúdo. - "Queres saber a melhor? Sempre sonhei em ter um irmão mais velho chamado João!" 

Bom, aquelas palavras foram ditas com um sorriso tão genuíno e tão feliz que senti-as como reais. Sem hesitar, disse-lhe com ternura:

- "Sendo assim, então a partir de agora tens um irmão mais velho!"

O miúdo ficou a olhar para mim com um ar bastante feliz e abraçou-me, emocionado. Fiquei perplexo ao aperceber-me de que ele ao abraçar-me, começara a chorar.

- Que se passa? Foi alguma coisa que eu disse? - perguntei, confuso.

- Não, nada disso! só estou muito feliz! - exclamou ele. - Sempre quis ter um irmão mais velho! Tenho uma irmã mais nova que é muito chata, sabes?

Entre risos, lá fui alternado a conversa com o miúdo e com o primo dele, visto que eu estava ali para ajudar o primo. Acabada a sessão, ambos foram ter com as mães a contar as novidades. E assim nasceu uma bela amizade.

 A nossa diferença de idades causava alguma estranheza a algumas pessoas, que não percebiam o que um rapaz e outro rapaz mais velho podiam ter em comum. Na verdade, ele tornou-se o meu irmão de coração, já que o meu irmão estava em parte incerta. Assim, eu e ele brincávamos muito, eu tornei-me explicador dele e até mais do que um irmão.

Tornei-me um pai, um cuidador.

Com ele vivi alguns dos momentos mais maravilhosos da minha vida. 

Com o passar dos anos, dei por mim a nutrir sentimentos muito nobres pelo rapazito que, aos poucos, se ia tornando um homem. Já depois dele atingir a maturidade, eu fiquei muito apaixonado. Sentia vontade de expressar e de lhe dizer o quanto o amava e o queria só para mim. No entanto, cedo me apercebi que ele gostava de raparigas e sempre o felicitei pelas suas conquistas amorosas. Afinal, eu acreditava que a maior e mais sublime forma de amor e de amar era ficar feliz por ele, mesmo que eu ficasse sozinho.



Bons tempos, estes. Todos éramos felizes, cada um à sua maneira...
Esta é uma das minhas fotos preferidas...


Nós tínhamos por hábito trocar uma lembrança todos os anos, no dia 11 de Setembro. Era uma forma de celebrar uma amizade especial que passou por muita coisa, muita coisa mesmo. Se eu me tornei aquilo que sou hoje e o Nuno se tornou aquilo que é hoje, à nossa amizade o devemos. Tenho a certeza de que ambos teríamos seguido caminhos bem diferentes se não nos tivéssemos encontrado naquela fatídica tarde nublosa...

Anos mais tarde, depois do Nuno ter partido numa jornada para a Hungria, por fim os meus sentimentos por ele cessaram. Foram 8 anos apaixonado por um rapaz e a viver no medo constante de ser renegado, rejeitado, sem aproveitar a vida, sem viver para mais ninguém, talvez porque eu ainda fosse muito naïve e imaginasse que o Mundo era o amor e uma cabana. 

Como estava enganado! [risos] 

Tempos houve em que me odiei por amá-lo e não conseguir deixar de gostar dele. Cheguei inclusive a mutilar-me e a tentar o suicídio. Não necessariamente por causa dele, mas por causa de não aceitar essa infelicidade para mim. Naqueles tempos, eu não conseguia aceitar que gostava de homens, que era diferente dos outros rapazes da minha idade. 

Doía-me muito ser assim.

A verdade é que tudo acabou por mudar com a morte do meu irmão, há 6 anos atrás.

Foi um grande choque para todos nós. 

Cada um de nós sentiu a dor e fez o luto à sua maneira. 

O meu irmão e o Nuno tornaram-se grandes amigos depois de se conhecerem e eu estava feliz em ter dois Nunos na minha vida. Nessa fase, eu já conseguira ultrapassar os meus medos, já me aceitava mais e melhor e inclusivé, já havia namorado e sido muito, mas mesmo muito feliz, com outros rapazes.

Depois do meu irmão morrer, eu senti que tinha de me libertar daquele fardo que me acompanhara durante uma considerável parte da minha vida. Assim, numa noite, depois de bebermos uns copos, tive uma grande conversa com o meu amigo e contei-lhe tudo. Contei-lhe que era gay, que estivera apaixonado por ele, que nunca lhe dissera nada porque tivera medo de perder a sua amizade e isso para mim era mais importante do que um amor platónico.

Ele reagiu mais ou menos a tudo o que lhe disse. 

Certamente que na sua cabeça começou a rever atitudes minhas e a perceber que aqui e ali eu já dera sinais de que era gay, de que estivera apaixonado por ele, e por aí adiante. Na verdade, durante muito tempo eu tentei relacionar-me e ainda tive algumas namoradas, pelo que ele nem o meu grupo de amigos mais próximo [seriam mesmo assim tão próximos?!?], desconfiavam que eu era gay. 

Nesta altura, eu já estava bem comigo mesmo. 

Estava disposto a correr o risco de perder a sua amizade. 

Afinal, com a morte do meu irmão, todos ficamos muito abalados e eu acabei por me afastar de tudo e de todos. Mas a morte do meu irmão fez-me reavaliar a minha vida. Fez-me perceber que tinha investido demasiado tempo, amor, dedicação, afecto, em algo que nunca se tornaria real. Seria sempre algo na base da fantasia, do fraternal, da "brotheragem". 

Eu merecia ser feliz, junto de pessoas que me aceitassem como eu era de verdade. Não estava disposto a perder mais tempo, nem tão-pouco a desperdiçar a minha vida na companhia de pessoas que não respeitassem os meus gostos, gostos esses que eram diferentes dos amigos com quem compartilhei boa parte da minha vida.

E foi assim que, aos poucos, as coisas começaram a mudar.

Deixamos de estar juntos tantas vezes. A vida encarregou-se de nos afastar, cada um entregue aos seus trabalhos e vidas pessoais. Ainda assim, quando estávamos juntos, eu e o Nuno, sentíamos aquela cumplicidade bonita de uma amizade da vida inteira a vir ao de cima.

A última vez que estive com ele foi nas vésperas do final de ano do ano passado. Ele convidou-me para jantar, embora eu tenha interpretado mal o convite - pensei que ele queria vir cá a casa jantar e que iríamos cozinhar juntos, coisa que fazíamos desde a morte do meu irmão com relativa frequência. Era uma forma de convivermos, bebermos umas taças de vinho, colocarmos a conversa em dia, fumarmos umas ganzas... Bons momentos.

No entanto, como disse acima, o convite foi mal interpretado. Ele de facto convidou-me para jantar, mas queria jantar com mais amigos. Na altura, eu ainda estava casado - ele sabia de tudo - e levei o meu ex-marido comigo. Pelos vistos, isso foi algo bem constrangedor, apesar de nós sermos bem discretos. Ele e os amigos dele fizeram questão de nos ignorar quase 100% do tempo. Isso fez-me sentir pessimamente. Percebi que aquele miúdo que eu conheci, que eu ajudei a criar, que eu amara como nunca havia amado um homem antes, se tinha tornado um homem trintão interessante, rico de conteúdo e com alguma cultura, mas que desenvolvera, com o passar do tempo, uma grande falha - a falta de sensibilidade e de respeito para com aquele que outrora, fora o seu irmão de sonho.

Desde então, nunca mais nos falamos. 

Ainda assim, não estou zangado com ele. 

Fiquei triste e desiludido, mas sei que todos erramos. Não sou ninguém para o julgar. Mas eu gostava que púdessemos voltar a ser bons amigos, gostava de poder compartilhar com ele as minhas alegrias, tristezas e desabafos, como sempre o fiz. 

Ele e eu já nos cruzámos na rua. Houve aquele aceno de cabeça e um sorriso rápido - já que quando nos cruzámos, ele passa por mim de carro - mas a alegria de o ver é tão rápida quanto a velocidade a que ele passa por mim. 

Dura menos de um momento. 

Como eu gostaria que o tempo pudesse voltar para trás... 

Onde estavas no dia 11 de Setembro de 2001?

A data de 11 de Setembro tem vários significados para mim:

* é o dia em que um tio meu faz anos;
* é o dia em que conheci um dos meus melhores amigos; [tema do próximo post]
* é o dia em que o Mundo mudou radicalmente para pior, com a tragédia das Twin Towers;

Naquele fatídico dia, eu estava em aulas. Estava a frequentar um curso de Sistemas e Redes informáticos - que não cheguei a concluir, porque arranjei emprego e desisti do curso. lembro-me que nesse dia o tempo estava cinzento e que eu pedi para ir à casa de banho. Eu tinha aulas num Centro de Juventude que existe em Vila do Conde. Ele é um local todo bonito e luxuoso, visto que é um palácio que foi recuperado e adaptado para se usar como um centro de estudos e outras actividades, como Música e afins.

Ao ir para a casa de banho, entrei na sala de convívio, já que o silêncio era sepulcral, As pessoas que se encontravam ali, não tiravam os olhos da televisão. Curioso, aproximei-me para ver o que se passava e perguntei a um senhor o que estava a acontecer.

- "Houve uma tragédia! Um avião foi contra uma torre em Nova Iorque!"

Fiquei em estado de choque, tal como estavam todas as pessoas ali ao redor. Passados alguns instantes, assisti em directo à colisão do 2º avião contra as Torres Gémeas.   



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Petrificado, regressei à sala de aula. A professora revirou os olhos e comentou que eu tinha demorado mais tempo do que era suposto. Ao ver-me lívido, ela perguntou se eu me estava a sentir bem. quando lhe contei o que tinha acontecido, ela não se acreditou em mim. Eu insisti. Ela continuou sem acreditar, pois achava que eu queria sabotar a aula dela. [risos]

Como toda a minha turma ficou agitada com as terríveis novidades, um intenso burburinho gerou-se na sala de aula. Sob a ameaça de me dar falta [pela mentira que eu estava a contar!], ela aceitou fazer um intervalo para que todos pudessem constatar que eu iria ser desmascarado por inventar uma mentira tão surreal como aquela...

Ao descobrir que eu estava a dizer a verdade, a professora desmanchou-se em desculpas. As aulas foram suspensas pelo resto do dia, visto que ninguém conseguia mais prestar atenção a nada, a não ser ao que se passava na televisão.

Longe estávamos de imaginar que aquele seria o princípio de uma nova Era na Humanidade...

08 setembro 2020

1 ano de blogue!

Hoje faz um ano que comecei a escrever este blogue.

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Fazendo uma retrospectiva, este foi um ano bem esquisito. O meu blogue começou logo com uma tragédia: a minha cadela morreu com um ataque cardíaco fulminante, passadas cerca de 3 horas após a minha primeira postagem. Tal facto levou-me a deixar o blogue em suspenso.



Estas foram as últimas fotografas que tirei da Luna enquanto ela ainda estava saudável. 


A Luna e eu tínhamos uma ligação especial. Ela entendia-me como ninguém. Havia qualquer coisa que superava as óbvias diferenças de comunicação. Um olhar, silencioso, já conseguia dizer muito. Ela sabia quando eu estava chateado, triste, irritado, feliz, eufórico, com a neura, ansioso, deprimido... A cada momento, ela sabia como deveria agir.

A perda dela foi brutal e passado um ano sobre a mesma, depois de uma tentativa de adopção que correu pessimamente, sinto que eu e a Luna ainda mantemos um elo que perdurará, quem sabe, para sempre. 

Muito se passou desde então.

Tinha como objectivo publicar no blogue de forma diária, mas aos poucos fui perdendo o foco. Falta de tempo, falta de empenho, falta de vontade... Falta de muita coisa... Este já não é o primeiro blogue que escrevo, então aquele entusiasmo inicial esfumaçasse muito rapidamente.

Vocês talvez se perguntem: "Então para que escreves e tens um blogue?"

Bom, creio que a resposta a essa questão seja o facto de aqui eu poder divagar, poder escrever sobre o que gosto, sem ter de sofrer as ditaduras virtuais que andam por aí. As pessoas tornaram-se escravas do Facebook e o preço a pagar por isso são os julgamentos virtuais. Não se pode comentar nada, que vêem logo "7 cães a um osso". Parece que hoje em dia vivemos numa sociedade em que estamos sempre errados, somos burros e os outros é que são os espertos, os sábios, e parafraseando o meu amigo Francisco, as "manas puras e castas".

Resumindo: passam-nos atestados de burrice e incompetência o tempo todo.

Entretanto, veio a pandemia.

A pandemia agravou situações pessoais que eu já enfrentava, embora também tenha trazido novas oportunidades para eu ser feliz.

Não foi fácil viver em tempos de pandemia e confinamento. Pus muita coisa em causa, incluíndo o blogue.

Eu trabalho de forma independente, mas com a pandemia, vi o meu lado pessoal a ter de se sobrepôr ao profissional, por motivos de saúde. Cuidar da casa, cuidar de familiares, algo que eu já fazia até então, mas agora de forma ainda mais profunda, foi um desafio do caraças.

Muito extenuante.

Quem disse que ser dono-de-casa era fácil? Deve ser dos trabalhos mais cansativos, chatos e repetitivos que existem, principalmente quando se tem uma casa já velha, cujo senhorios não fazem obras, tem dois pisos e um quintal grande. Para muita gente acredito que seja um paraíso, e até concordo em parte que sim. Mas, como tudo na vida, tem os seus senãos.

É preciso estar sempre a limpar e quem teve avós e assim, sabe como elas gostam de acumular coisas. As discussões sobre o que manter e o que deitar fora, o pó que todos os santos dias aparece e tem de ser limpo, entre mil e uma coisas, fazem com que haja dias em que não sepára de trabalhar, só para manter as coisas organizadas e arrumadas. E isso acaba por nos deixar sem tempo, nem vagar, nem disposição para outras coisas. Ao fim de um dia, só queremos paz e uma cama para estender as pernas. Ser dono-de-casa devia ter algum tipo de remuneração. Afinal é um trabalho como todos os outros e e daquelas coisas que pouca gente dá valor.

Com o desconfiamento, finalmente surgiu a oportunidade de explorar novamente as oportunidades que haviam surgido ainda antes da crise pandémica ter começado cá em Portugal.


Porque uma imagem pode dizer mais do que mil palavras!


Ainda assim, com as visíveis transformações no quotidiano de todos nós, mesmo uma simples ida de comboio a outra terra tornou-se um desafio, seja pelas regras de usar máscara [experimentem andar mais de duas horas de comboio, com este calor que tem feito - garanto-vos que é um pesadelo!], seja pela falta de lugares, seja pelas "paneleirices" de uns e de outros, que se julgam superiores aos comuns mortais. 

Haja paciência!


Nas vésperas do blogue fazer um ano, tive uma surpresa muito especial: finalmente surgiu a oportunidade de conhecer o Hotei, o autor do blogue "Any More Than A Whisper". Ele já deixou de escrever o blogue há muito tempo. 

A minha história com o Hotei começou bem antes dele criar o blogue dele. Eu e o Hotei conhecemo-nos no Hi5 [Ui, onde isso já vai!!], numa altura em que essa rede social já se encontrava no degredo - basicamente as pessoas andavam por ali a pedir nudes, sexo, etc.

Eu era um fã incondicional do Hi5. Foi graças a essa rede social que conheci milhares de amigos especiais e, entre eles, foi graça sao Hi5 que conheci o Ángel, a Daniela e o Damian, só para referir alguns. Assim, eu fui um bocado conservador quando chegou o Facebook. Preferi regressar "a mares que eu já conhecia", a explorar o potencial que o Facebook tinha. [Na verdade, explorei o Facebook, mas não gostei dele...]  

E foi nesse regresso que conheci o Hotei. Ao ver o perfil dele, surgiu logo uma enorme empatia com o que lia e sobre o que os interesses em comum. Mandei pedido de amizade, expliquei que era de Portugal - já que o Hotei é da ilha de Malta - e falei um pouco sobre mim.      

Coincidências ou não - [será que existem coincidências?] o Hotei de imediato aceitou o convite de amizade e escreveu-me de volta, encetando uma bela conversa e confessando que aquele tinha sido o seu último dia naquela rede social, uma vez que estava cansado dos convites para sexo e/ou troca de nudes, sendo que ele procurava conhecer novos amigos, assim como eu.

Ele adorava Portugal, apesar de nunca ter vindo cá. Falamos dias e noites a fio, conhecendo aspectos interessantíssimos de ambas as cullturas. E assim nasceu uma bela amizade.                                                                                                                                                  
Pelo meio, aconteceu muita coisa... 

Nada de físico, entenda-se. 

Mas que aquela amizade se tornou importante e especial, lá isso tornou-se. O Hotei queria ter vindo ao famoso encontro de blogues que foi para mim o apogeu da BlogsVille que conheço, corria o ano de 2013. Por motivos profissionais, ele não pôde vir, mas ainda assim ele esteve presente através de um vídeo que fez e mais tarde através das novelas "Vírgulas do Destino: Meandros da Vida" e "Vírgulas do Destino: Presioneiros do Amor", onde coloquei um personagem inspirado nele a vir ao famoso jantar e depois a conviver com o Mikel na ilha de Malta, bem no final da novela "Prisioneiros do Amor".                                                                             

Passaram-se dias, semanas, meses, anos, a falarmos, a divagarmos e a sonharmos com o dia em que nos conheceríamos pessoalmente. Muitas coisas mudaram. Ele ficou doente, teve o ressurgimento da doença do século mais do que uma vez e eu temi que ele acabasse por sucumbir sem nunca podermos ter a oportunidade de nos conhecermos pessoalmente e darmos um "bear hug".

Mas eis que finalmente a sorte mudou, ironia da sironias, por causa da COVID-19.

O Hotei e a família vieram cá a Portugal, conhecer o país e decidiram ficar aqui no Porto. eu fui guia turístico deles durante dois dias, o tempo que pude estar com eles, visto que eles já traziam visitas e viagens para conhecerem mais locais aqui no norte de Portugal.

Foi muito emocionante estar às portas da Estação de S. Bento - afinal, que melhor local para se conhecer alguém, que numa estação de comboios? - e de repente, ver o Hotei, em carne e osso, a sorrir e a acenar para mim, por detrás de uma máscara.

Fomos ao encontro um do outro, retiramos as máscaras e rimos que nem uns perdidos, enquanto nos abraçávamos e trocávamos olhares que dispensavam legendas - afinal, aquele encontro era o culminar de uma amizade virtual, que era mais real do que muitas amizades reais. Eu e ele esperamos quase uma década, isso mesmo, 9 anos e meio, para nos conhecermos pessoalmente!


Uma selfie durante o primeiro almoço na cidade do porto, onde o Hotei e a família saborearam - e adoraram! - a famosa francesinha!


Este "reencontro" foi espectacular.

Não sei como pôr noutras palavras.

Existia algo de tão familiar entre nós...

Eu receava conhecer os sogros dele e a esposa, porque nunca tinha falado com eles, mas tratei-os como se fossem da minha família instantanemente! Tudo decorreu de forma tão natural, tão agradável! Foi de facto um momento memorável e sinceramente, valeu a pena a espera!

É engraçado como às vezes a mudança de perspectiva faz tudo mudar. Ao servir de guia deles na cidade, dei por mim a apreciar e a redescobrir belezas na cidade do Porto. Já não subia à Torre dos Clérigos há mais de 20 anos, por exemplo! Nunca tinha entrado a Igreja que está anexada à Torre e foi uma experiência magnífica! Portugal tem tanta coisa bonita para se ver, até mesmo dentro das nossas próprias cidades, que custa a crer que precisemos de visitar outros países, quando muitas vezes nem o nosso próprio país conhecemos!

Eu comecei este post por falar no início deste blogue e de como uma trágedia me marcou e marcou este blogue. Ao jogar Pokémon GO, neste dia em que faz 1 ano que a Luna partiu, olhem só o que me apareceu:





Este Pokémon chama-se Growlithe. É um cão e é um dos meus Pokémons preferidos. Ele apareceu na versão Shiny - uma versão muito rara - do género Fêmea

Escusado será dizer que eu fiquei muito emocionado e que senti que a Luna, onde quer que esteja, me "enviou este presente", para que o laço que nos une perdure, para além do para sempre.

05 setembro 2020

Downton Abbey [2ª Temporada]




Sinopse:


Downton Abbey [2ª Temporada] [2011] retrata a história dois grandes núcleos: os criados do castelo e os senhores do mesmo. [Spoiler]: No final da 1ª Temporada, Lord Robert Crawley anuncia que a Grã- Bretanha estava em Guerra [iniciava-se assim a 1ª Guerra Mundial]. Assim, nesta 2ª Temporada, a trama rondará pela 1ª Guerra Mundial e as tragédias inerentes a ela.


A minha opinião:

Eu sou da opiniao que a série perde alguma qualidade ao longo da 2ª Temporada. A história aumenta ainda mais o número de personagens, o que consequentemente, traz mais tramas e reviravoltas [são 9 tramas diferentes ao longo de 8 episódios], o que acaba por oferecer muita demasiada informação aos espectadores e impede que as tramas que já vinham detrás se possam desenvolver devidamente. O autor deve ter percebido o erro tarde de mais, mas pelo menos grande parte das tramas resolve-se no último episódio da temporada.

Para não vos dar spoilers, remato dizendo que fica a dica de que vale a pena ver a série, até porque as cenas de guerra são bastante realistas e intensas. Talvez umas das coisas que salve a 2ª Temporada seja as intervenções de Lady Violet, a Condessa-Viúva [Maggie Smith], que através da excelente interpretação da sua personagem, consegue fazer a série voltar aos eixos e quem sabe, dar uma bofetada de luva de pelica ao próprio autor da série, para ver se ele não comete o mesmo erro nas próximas temporadas.

A história ainda tem um Especial de Natal, que está bastante interessante, com várias revelações e surpresas e fecha a 2ª Temporada com chave-d'ouro.

Nota Final João: 7,8/10

04 setembro 2020

Etecetera #1.2

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Rui Pinto, rapaz conhecido por ter denunciado uma data de gente poderosa e expôr os podres de muitas "santas" e "castas" deste nossso país, esteve preso por mais de um ano e começou hoje a ser julgado.

Engraçado que nenhuma das pessoas e casos que ele denunciou... Ninguém foi preso... 

Como diria o meu querido amigo Francisco: "Portugal no seu melhor"...


03 setembro 2020

Downton Abbey [1ª Temporada]

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Downton Abbey [1ª Temporada] [2010] é uma série inglesa dramática, que mistura História com ficção.


Sinopse:

Downton é a casa do Crawleys, que têm sido os Condes de Grantham desde 1772. A história começa em 1912, com a tragédia do Titanic a ensombrar os habitantes do castelo de Downtown Abbey. Na foto acima, vocês podem ver os dois grandes elencos da trama. 

[Acima ]Os ricos e donos da propriedade e [Abaixo] os criados que trabalham para eles. Com o afundar do Titanic, morrem os dois homens legítimos herdeiros de Downton Abbey [naquele tempo as mulheres não tinham direito a herdar!]. Se as filhas do Conde Robert [Hugh Bonneville], o actual dono da propriedade, não casarem com algum familiar directo, correm o risco de perder toda a fortuna para um completo desconhecido...


A minha opinião:


É uma vergonha, mas só este ano comecei a ver toda a série de Downton Abbey! Queria ver tudo seguido, então esperei pacientemente que a série terminasse totalmente, para depois poder ver sem ter de ficar à espera. Só posso dizer que a espera valeu a pena! Qual telenovela, a série é bastante cativante, cheia de humor tipicamente britânico - que eu adoro - e as observações da Condessa-Viúva [papel interpretado lindamente pela não menos magnífica Maggie Smith] [a professora Minerva McGonagall dos filmes "Harry Potter"], arranca-me algumas gargalhadas!


A Condessa-Viúva surpreende-se ao saber que existem "fins-de-semana"! xD


A história não pára, não tem momentos mortos, a acção é constante e com muitas intrigas, é daquelas séries que queremos ver sem parar! Se forem fãs de séries que misturam História com ficção, séries de época, esta é uma série a não perder!


Nota Final João: 10/10

02 setembro 2020

Sense8 [2ª Temporada] + [Episódio Final]

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Sense8 [2ª Temporada] [2017] + Episódio Final [2018] continua a trama no momento em que deixamos os Sensate na 1ª Temporada. A demanda pela Verdade continua, com os 8 Sensate principais a conhecerem outros Sensate, à medida que descobrem a verdade sobre Whispers [o vilão da história], sobre a mãe de todos eles e sobre a terrível organização BPO. Cnseguirão os Sensate aceitar as descobertas que vão fazer? conseguirão todos eles escapar ilesos das armadilhas de Whispers?  


A minha opinião:

Bom, a Segunda Temporada quando foi produzida estava longe de imaginar que a série seria cancelada logo a seguir, apesar do tremendo sucesso que fez na altura. Assim, a 2ª Temporada foi desenvolvendo as tramas das personagens, adicionando outras vertentes - pois o objectivo era criar 4 ou 5 Temporadas. Como a Netflix acabou por cancelar a série, depois de uma inundação de críticas dos fãs a pedir um final para a trama, a Netflix acedeu a criar um episódio final com mais de 2 horas de duração, com a finalidade de fechar todas as tramas que ficaram em aberto - embora algumas tenham ficado mesmo em aberto.

A história em sí está muito mais fácil de se entender, talvez porque se virmos as duas temporadas uma a seguir à outra, ainda temos tudo muito presente na memória e já não nos cause tanta confusão o facto dos sensate "entrarem" e "possuirem" os corpos uns dos outros, compartilhando as suas habilidades.

A 2ª Temporada está repleta de momentos LBTI+, passando cenas no Desfile de Orgulho Gay de São Paulo, assim como o casamento de personagens e outros momentos que vou deixar vocês descobrirem sozinhos.

Gostei da série, mas realmente com o passar da Temporada, aquilo começava a arrastar-se... O episódio final traz consigo imensas revelações e explicações, que deveriam ter sido feitas ao longo da série, pois é demasiada informação a reter e o episódio é bastante longo...

Ainda assim, é uma série interessante, tem muito mérito, é sensual, intimista, interessante. As cenas eróticas num estilo de orgia são de uma rara beleza. Gostei muito!

Nota Final João [2ª Temporada]: 8,9/10
Nota Final João [Episódio Final]: 8,1/10     

01 setembro 2020

Setembro

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On an apple-ripe September morning
Through the mist-chill fields I went
With a pitch-fork on my shoulder
Less for use than for devilment.

The threshing mill was set-up, I knew,
In Cassidy's haggard last night,
And we owed them a day at the threshing
Since last year. O it was delight

To be paying bills of laughter
And chaffy gossip in kind
With work thrown in to ballast
The fantasy-soaring mind.

As I crossed the wooden bridge I wondered
As I looked into the drain
If ever a summer morning should find me
Shovelling up eels again.

And I thought of the wasps' nest in the bank
And how I got chased one day
Leaving the drag and the scraw-knife behind,
How I covered my face with hay.

The wet leaves of the cocksfoot
Polished my boots as I
Went round by the glistening bog-holes
Lost in unthinking joy.

I'll be carrying bags to-day, I mused,
The best job at the mill
With plenty of time to talk of our loves
As we wait for the bags to fill.

Maybe Mary might call round...
And then I came to the haggard gate,
And I knew as I entered that I had come
Through fields that were part of no earthly estate.


Poema "On An Apple-Ripe September Morning", de Patrick Kavanagh [1904 ~ 1967]