08 setembro 2020

1 ano de blogue!

Hoje faz um ano que comecei a escrever este blogue.

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Fazendo uma retrospectiva, este foi um ano bem esquisito. O meu blogue começou logo com uma tragédia: a minha cadela morreu com um ataque cardíaco fulminante, passadas cerca de 3 horas após a minha primeira postagem. Tal facto levou-me a deixar o blogue em suspenso.



Estas foram as últimas fotografas que tirei da Luna enquanto ela ainda estava saudável. 


A Luna e eu tínhamos uma ligação especial. Ela entendia-me como ninguém. Havia qualquer coisa que superava as óbvias diferenças de comunicação. Um olhar, silencioso, já conseguia dizer muito. Ela sabia quando eu estava chateado, triste, irritado, feliz, eufórico, com a neura, ansioso, deprimido... A cada momento, ela sabia como deveria agir.

A perda dela foi brutal e passado um ano sobre a mesma, depois de uma tentativa de adopção que correu pessimamente, sinto que eu e a Luna ainda mantemos um elo que perdurará, quem sabe, para sempre. 

Muito se passou desde então.

Tinha como objectivo publicar no blogue de forma diária, mas aos poucos fui perdendo o foco. Falta de tempo, falta de empenho, falta de vontade... Falta de muita coisa... Este já não é o primeiro blogue que escrevo, então aquele entusiasmo inicial esfumaçasse muito rapidamente.

Vocês talvez se perguntem: "Então para que escreves e tens um blogue?"

Bom, creio que a resposta a essa questão seja o facto de aqui eu poder divagar, poder escrever sobre o que gosto, sem ter de sofrer as ditaduras virtuais que andam por aí. As pessoas tornaram-se escravas do Facebook e o preço a pagar por isso são os julgamentos virtuais. Não se pode comentar nada, que vêem logo "7 cães a um osso". Parece que hoje em dia vivemos numa sociedade em que estamos sempre errados, somos burros e os outros é que são os espertos, os sábios, e parafraseando o meu amigo Francisco, as "manas puras e castas".

Resumindo: passam-nos atestados de burrice e incompetência o tempo todo.

Entretanto, veio a pandemia.

A pandemia agravou situações pessoais que eu já enfrentava, embora também tenha trazido novas oportunidades para eu ser feliz.

Não foi fácil viver em tempos de pandemia e confinamento. Pus muita coisa em causa, incluíndo o blogue.

Eu trabalho de forma independente, mas com a pandemia, vi o meu lado pessoal a ter de se sobrepôr ao profissional, por motivos de saúde. Cuidar da casa, cuidar de familiares, algo que eu já fazia até então, mas agora de forma ainda mais profunda, foi um desafio do caraças.

Muito extenuante.

Quem disse que ser dono-de-casa era fácil? Deve ser dos trabalhos mais cansativos, chatos e repetitivos que existem, principalmente quando se tem uma casa já velha, cujo senhorios não fazem obras, tem dois pisos e um quintal grande. Para muita gente acredito que seja um paraíso, e até concordo em parte que sim. Mas, como tudo na vida, tem os seus senãos.

É preciso estar sempre a limpar e quem teve avós e assim, sabe como elas gostam de acumular coisas. As discussões sobre o que manter e o que deitar fora, o pó que todos os santos dias aparece e tem de ser limpo, entre mil e uma coisas, fazem com que haja dias em que não sepára de trabalhar, só para manter as coisas organizadas e arrumadas. E isso acaba por nos deixar sem tempo, nem vagar, nem disposição para outras coisas. Ao fim de um dia, só queremos paz e uma cama para estender as pernas. Ser dono-de-casa devia ter algum tipo de remuneração. Afinal é um trabalho como todos os outros e e daquelas coisas que pouca gente dá valor.

Com o desconfiamento, finalmente surgiu a oportunidade de explorar novamente as oportunidades que haviam surgido ainda antes da crise pandémica ter começado cá em Portugal.


Porque uma imagem pode dizer mais do que mil palavras!


Ainda assim, com as visíveis transformações no quotidiano de todos nós, mesmo uma simples ida de comboio a outra terra tornou-se um desafio, seja pelas regras de usar máscara [experimentem andar mais de duas horas de comboio, com este calor que tem feito - garanto-vos que é um pesadelo!], seja pela falta de lugares, seja pelas "paneleirices" de uns e de outros, que se julgam superiores aos comuns mortais. 

Haja paciência!


Nas vésperas do blogue fazer um ano, tive uma surpresa muito especial: finalmente surgiu a oportunidade de conhecer o Hotei, o autor do blogue "Any More Than A Whisper". Ele já deixou de escrever o blogue há muito tempo. 

A minha história com o Hotei começou bem antes dele criar o blogue dele. Eu e o Hotei conhecemo-nos no Hi5 [Ui, onde isso já vai!!], numa altura em que essa rede social já se encontrava no degredo - basicamente as pessoas andavam por ali a pedir nudes, sexo, etc.

Eu era um fã incondicional do Hi5. Foi graças a essa rede social que conheci milhares de amigos especiais e, entre eles, foi graça sao Hi5 que conheci o Ángel, a Daniela e o Damian, só para referir alguns. Assim, eu fui um bocado conservador quando chegou o Facebook. Preferi regressar "a mares que eu já conhecia", a explorar o potencial que o Facebook tinha. [Na verdade, explorei o Facebook, mas não gostei dele...]  

E foi nesse regresso que conheci o Hotei. Ao ver o perfil dele, surgiu logo uma enorme empatia com o que lia e sobre o que os interesses em comum. Mandei pedido de amizade, expliquei que era de Portugal - já que o Hotei é da ilha de Malta - e falei um pouco sobre mim.      

Coincidências ou não - [será que existem coincidências?] o Hotei de imediato aceitou o convite de amizade e escreveu-me de volta, encetando uma bela conversa e confessando que aquele tinha sido o seu último dia naquela rede social, uma vez que estava cansado dos convites para sexo e/ou troca de nudes, sendo que ele procurava conhecer novos amigos, assim como eu.

Ele adorava Portugal, apesar de nunca ter vindo cá. Falamos dias e noites a fio, conhecendo aspectos interessantíssimos de ambas as cullturas. E assim nasceu uma bela amizade.                                                                                                                                                  
Pelo meio, aconteceu muita coisa... 

Nada de físico, entenda-se. 

Mas que aquela amizade se tornou importante e especial, lá isso tornou-se. O Hotei queria ter vindo ao famoso encontro de blogues que foi para mim o apogeu da BlogsVille que conheço, corria o ano de 2013. Por motivos profissionais, ele não pôde vir, mas ainda assim ele esteve presente através de um vídeo que fez e mais tarde através das novelas "Vírgulas do Destino: Meandros da Vida" e "Vírgulas do Destino: Presioneiros do Amor", onde coloquei um personagem inspirado nele a vir ao famoso jantar e depois a conviver com o Mikel na ilha de Malta, bem no final da novela "Prisioneiros do Amor".                                                                             

Passaram-se dias, semanas, meses, anos, a falarmos, a divagarmos e a sonharmos com o dia em que nos conheceríamos pessoalmente. Muitas coisas mudaram. Ele ficou doente, teve o ressurgimento da doença do século mais do que uma vez e eu temi que ele acabasse por sucumbir sem nunca podermos ter a oportunidade de nos conhecermos pessoalmente e darmos um "bear hug".

Mas eis que finalmente a sorte mudou, ironia da sironias, por causa da COVID-19.

O Hotei e a família vieram cá a Portugal, conhecer o país e decidiram ficar aqui no Porto. eu fui guia turístico deles durante dois dias, o tempo que pude estar com eles, visto que eles já traziam visitas e viagens para conhecerem mais locais aqui no norte de Portugal.

Foi muito emocionante estar às portas da Estação de S. Bento - afinal, que melhor local para se conhecer alguém, que numa estação de comboios? - e de repente, ver o Hotei, em carne e osso, a sorrir e a acenar para mim, por detrás de uma máscara.

Fomos ao encontro um do outro, retiramos as máscaras e rimos que nem uns perdidos, enquanto nos abraçávamos e trocávamos olhares que dispensavam legendas - afinal, aquele encontro era o culminar de uma amizade virtual, que era mais real do que muitas amizades reais. Eu e ele esperamos quase uma década, isso mesmo, 9 anos e meio, para nos conhecermos pessoalmente!


Uma selfie durante o primeiro almoço na cidade do porto, onde o Hotei e a família saborearam - e adoraram! - a famosa francesinha!


Este "reencontro" foi espectacular.

Não sei como pôr noutras palavras.

Existia algo de tão familiar entre nós...

Eu receava conhecer os sogros dele e a esposa, porque nunca tinha falado com eles, mas tratei-os como se fossem da minha família instantanemente! Tudo decorreu de forma tão natural, tão agradável! Foi de facto um momento memorável e sinceramente, valeu a pena a espera!

É engraçado como às vezes a mudança de perspectiva faz tudo mudar. Ao servir de guia deles na cidade, dei por mim a apreciar e a redescobrir belezas na cidade do Porto. Já não subia à Torre dos Clérigos há mais de 20 anos, por exemplo! Nunca tinha entrado a Igreja que está anexada à Torre e foi uma experiência magnífica! Portugal tem tanta coisa bonita para se ver, até mesmo dentro das nossas próprias cidades, que custa a crer que precisemos de visitar outros países, quando muitas vezes nem o nosso próprio país conhecemos!

Eu comecei este post por falar no início deste blogue e de como uma trágedia me marcou e marcou este blogue. Ao jogar Pokémon GO, neste dia em que faz 1 ano que a Luna partiu, olhem só o que me apareceu:





Este Pokémon chama-se Growlithe. É um cão e é um dos meus Pokémons preferidos. Ele apareceu na versão Shiny - uma versão muito rara - do género Fêmea

Escusado será dizer que eu fiquei muito emocionado e que senti que a Luna, onde quer que esteja, me "enviou este presente", para que o laço que nos une perdure, para além do para sempre.

2 comentários:

  1. Como foi possível não ter dado por este post? Já sei quem é hotei que em tempos escreveu neste campo :) Outros tempos em que ainda havia alguma magia, mas como tu bem referes, agora o pessoal só escreve para achincalhar

    Abreijos

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    1. O Hotei escrevia muito bem. É uma pena que ele tenha deixado de ter tempo para escrever... Infelizmente, apareceu-lhe cancro nos testículos, não uma, mas duas vezes... Com tudo o que ele já tinha de suportar nos ombros - ele era um dos mais respeitados Chef's da ilha de Malta - foi terrífica a ideia de pensar que ele podia partir sem eu e ele nos termos conhecido antes...

      Bons tempos sim, Francisco. Tenho muitas saudades desses tempos dos blogues e se vou regressando, é porque tu ainda fazes parte disto.

      Abreijos :3

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