18 fevereiro 2021

Soul

 

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Soul [Soul - Uma Aventura Com Alma] [2020] é uma das mais recentes animações da Pixar.


Sinopse:


Joe [voz de Jamie Foxx] é um professor de música que sonha entrar no mundo do jazz. Um dia, ele morre num inesperado acidente e a alma dele parte para o Outro Mundo. No entanto, Joe tudo fará para regressar à Terra e realizar o seu sonho. Será ele bem sucedido?


A minha opinião:


Já não assistia a filmes de animação que achasse tão curioso quanto este filme. Totalmente feito a computador, cedo percebemos como a tecnologia está avançada, com traços que parecem reais.


O enredo do filme é particularmente especial, ainda por cima num tempo como aquele em que vivemos actualmente. A aventura de Joe depois de "morrer" e conhecer como funciona o Outro Mundo - neste filme é retratado de forma bem simples, para que as crianças possam entender o conceito e os adultos, quem sabe, sintam alguma paz de espírito ao "saberem" aquilo que nos espera.


É verdade que a ideia de viagens ao Reino dos Mortos já não é nova nos filmes da Pixar. Em Coco [2017], já tínhamos um protagonista que - embora em circunstâncias bem diferentes - viajava e conhecia um pouco do que existe para além da vida. Ainda assim, desta vez viajamos mais longe, não ao final de uma vida, mas ao começo da vida.


Desta forma, Joe descobre e ensina aos espectadores várias lições de vida, bastante importantes e que não deixarão os espectadores indiferentes. É um filme bonito, colorido, sensível, doce. A música jazz está perfeita do jeito que surge e nos acolhe em momentos diversos. Não é um filme para rir, mas certamente nos deixa com um sorriso no rosto, porque, tal como o protagonista, nós também faremos as mesmas reflexões e chegaremos às mesmas conclusões que ele - e quem sabe, graças ao filme, possamos fazer o que ainda não fizemos e tornarmos a nossa vida - e a vida de quem nos rodeia - um pouco melhor.


Recomendado!  


Nota Final João: 8,7/10

16 fevereiro 2021

Beth Carvalho - A Chuva Cai



A chuva cai la fora
Você vai se molhar
Já lhe pedi, não vai embora
Espere o tempo melhorar
Ate a própria natureza,
Está pedindo pra você ficar

Atenda o apelo desse alguém que lhe adora
Espere um pouco
Não vá agora

Você ficando vai fazer feliz um coração
Que esta cansado de sofrer desilusão

Espero que a natureza
Faça você mudar de opinião

15 fevereiro 2021

Shéhérazade

 

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Shéhérazade [2018] é uma produção francesa e a proposta que irei abordar hoje.

Sinopse:


Zach [Dylan Robert] é um rapaz de 17 anos bastante problemático que viola a liberdade condicional a que estava sujeito. Sem o apoio da mãe e o parco apoio dos amigos, ele vai parar às ruas mais famosas de Marselha, onde conhece uma prostituta chamada Shéhérazade [Kenza Fortas].    


A minha opinião:


O cinema europeu contrasta bastante com o cinema norte-americano. As histórias no cinema europeu - em particular no cinema francês - são muito cruas, incómodas e por vezes roçam uma realidade cruel que insistimos em ignorar. Para dar mais veracidade à trama, as cenas onde ocorrem as cenas de prostituição que foram representadas no filme foram gravadas nas áreas mais famosas onde ocorre a prostituição em Marselha. 


Zach e Shéhérazade vivem uma história de amor inesperada. Ele sabe que a rapariga é prostituta e mais tarde até se torna o chulo dela e de outras raparigas. Ainda assim, pelo dinheiro, ele consegue aceitar, com alguma reserva, que a namorada se prostitua. No entanto, ele parece ser incapaz de dizer que a ama, porque, até para ele, ela não passa de uma prostituta. Aos olhos dos amigos dele - e dele, quando está com os amigos - ela não passa disso. Uma puta. É a realidade para jovens marginalizados, que vivem num submundo paralelo ao nosso.


Existe muita naturalidade em como a história se desenrola e os próprios protagonistas se mostram a nós. Enquanto Zach parece correr pela vida, perdido e desnorteado, sem rumo algum, Shéhérazade mostra-nos, num gesto tão simbólico como chupar o dedo enquanto adormece, que ela teve de deixar a infância cedo demais, para lutar pela sua própria sobrevivência.


Este é daqueles filmes que não nos deixa indiferentes. Vale a pena assistirem!


Nota Final João: 8,2/10

14 fevereiro 2021

Your Name Engraved Herein

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Your Name Engraved Hereim [O Teu Nome Gravado Em Mim] [Seu Nome Gravado Em Mim] [2020] é um emocionante drama romântico taiwanês.


Sinopse:


A trama desenrola-se em 1987. A Lei Marcial termina em Taiwan. É neste cenário que conhecemos Jia-han [Edward Chen] e Birdy [Jing-Hua Tseng], que vivem uma história de amor bandido, numa sociedade homofóbica, preconceituosa e cheia de estigmas sociais.


A minha opinião:   


Para falar deste filme, é preciso termos em atenção a altura em que decorre a acção do filme. Este ponto é muito importante para analisar todo o drama que vivem os dois amigos. O filme desenvolve-se andando para trás e para a frente, com a história a ser contada por Jia-han ao seu Conselheiro e professor - Jia-han e Birdy frequentavam uma escola católica. 


É interessante de vermos, do ponto de vista histórico, como as coisas eram em 1987. Para muitos de nós, na actualidade, a realidade é bem diferente do que era há 34 anos atrás. Não haja dúvidas que hoje em dia as coisas estão melhores, em muitos locais do Mundo. 


Mas... 


As dúvidas, os medos, os dilemas, os sofrimentos das personagens... Sim, são coisas com que muitos de nós nos identificaremos e acabamos a sofrer junto destes dois homens, que tão bem interpretam os seus personagens. Eles mostram um lado inocente, quase cândido e ingénuo do primeiro amor "proibido". 


A magia do filme está nas entrelinhas - uma troca de olhares, um meio-sorriso, um silêncio que perpetua o que se sente, as músicas, oh, as músicas... Essas são aquela cereja no topo do bolo, adicionando aquele toque que puxa ao sentimento e ao melodrama através dos violinos, dos saxofones, dos pianos. 


Ao ver o filme no serão de terça-feira passada, dei por mim a pensar: "Caraças, é por isto que eu sou gay.". Porque sim, o filme é direccionado para gays. É uma história com a qual muitos de nós se vão relacionar, seja porque todos já tivemos os nossos "Birdy", seja porque não existe nada mais bonito do que despirmos outro homem e explorarmos o seu corpo, sem pressas. Pelo menos para mim, essa é uma das minhas ideias de romance e amor entre gays - mais do que o sexo propriamente dito, acho que tudo o que antecede esse momento é maravilhoso.


Sem querer dar spoilers ao filme, numa das cenas os dois rapazes estão no chuveiro da escola e um deles ajuda o outro a tomar o banho, porque está ferido. A forma como a cena se desenvolve, com um plano intimista - mas respeitando a intimidade dos actores - mostra tudo o que eu expressei no parágrafo anterior. Aquela cena, para mim, plena de erotismo e romance, é uma fantasia e um colírio para os olhos e para a alma. Cedo as mãos de um chegam ao desejo do outro e o resto... Vocês já devem imaginar. Amei esta cena! ;)


Do ponto de vista menos positivo, temos o facto dos restantes personagens existirem só e apenas para servir de obstáculos ao amor entre os dois rapazes. Existem alguns aspectos do argumento que deveriam ter sido mais bem trabalhadas, porque certos diálogos tornam-se dúbios. A somar a isto está o facto da trama ter uma recta final inesperada. Embora eu entenda, do ponto de vista de um escritor , o motivo para aquela mudança na história, não sei se todo o público entenderá a mensagem que ele quis passar ao fazer aquilo. Existe também o facto de se começarem a tornar clichés certos detalhes - os protagonistas passeiam de mota [tal como noutros tantos filmes entre eles o meu preferido, "Noordzee Texas"] e de bicicleta [entre outros, "Chama-me Pelo Teu Nome"].


Para finalizar, tenho que dar os parabéns pela fotografia, pela escolha dos planos, que variam conforme as necessidades das cenas - se precisam de criar mais impacto ou não e claro, pela música, onde destaco o tema Your Name Engraved Herein, que no filme é cantado pelo Jia-han [Edward Chen], música responsável por colocar montes de pessoas a chorar, eu incluído.


Embora o filme não traga nada de especial para quem já viu filmes deste género, eu recomendo vivamente que o vejam! 


Nota Final João: 8,7/10

13 fevereiro 2021

Chico Buarque - A Banda



Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem

A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
 
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou 
Pra ver a banda passar 
cantando coisas de amor

Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou

E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor

12 fevereiro 2021

Beach Rats

 

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Beach Rats [Ratos da Praia] [2017] é um filme dramático e a proposta que irei falar hoje.


Sinopse:


Frankie [Harris Dickinson] é um rapaz como tantos outros da sua idade. No entanto, Frankie carrega um segredo consigo que lhe causará muito sofrimento.


A minha opinião [Contém Spoilers]:


Estamos perante um filme que aborda de uma forma muito directa alguns dos problemas da sociedade actual - jovens perdidos, que nada fazem na vida, a não ser fumar, beber e drogar-se. Deambulam sem rumo, nem destino, enquanto tentam aproveitar uma liberdade - ilusória, diga-se de passagem.


Todos eles, sem excepção, são prisioneiros do "gueto" onde vivem. Não conhecem outra vida para além daquela, por isso, tempo e o padrão deles nunca muda. Ora estão numa loja de vapping - a fumar - ora estão em tronco nu, com calções largos e boxers à mostra, a fazerem-se a raparigas na praia. Elas vivem a mesma realidade que estes rapazes, embora isso não seja claramente visível no filme. Elas existem ali apenas para serem "carne para canhão", mas parecem não se importar muito com isso. Afinal, a vida delas é tão vazia quanto a deles.


Frankie tenta encontrar algo a que se agarrar no meio deste vazio. Ele tem problemas sérios com a família, cujo pai está a morrer de cancro, acamado na sala de estar. A irmã mais nova desperta para o universo das raparigas da praia que ele conhece, despertar esse que incomoda Frankie que, ainda que inconscientemente, quer uma vida melhor para a irmã. Já a mãe de ambos vive um pouco à parte de tudo, mergulhada na dor pelo estado do marido, mas procura sempre mostrar preocupação e até alguma leviandade para com o filho - parece mais ser uma amiga mais velha do que mãe.  


Para escapar desta realidade, Frankie refugia-se no quarto, onde, secretamente, procura conhecer outros homens, num site semelhante a sites que existem na vida real. Os homens que ele busca são geralmente homens de meia-idade e é nestes encontros virtuais que se vê o quanto ele ainda é imaturo, tanto emocional como sexualmente. 


A dada altura, um dos homens pergunta-lhe o que ele quer/procura, ao que o rapaz responde simplesmente "não sei". Ele no fundo, bem lá no fundo, sabe. No entanto, Frankie tem sérios problemas em aceitar-se como gay. Ele usa todo o tipo de subterfúgios, desde a desculpa da droga, passando por estar com raparigas, mas o seu tesão evapora-se tão rápido quanto as suas "vapps" na loja de vapping. É numa clareira, algures numa praia, que ele se encontra com homens mais velhos e satisfaz o seu real desejo.


O filme praticamente não tem músicas, como se fosse intenção da autora que nos colocássemos na pele de Frankie, num vazio permanente, em busca de respostas e de satisfação, ainda que não se saiba onde procurar. Isto dá uma perspectiva interessante ao filme. Este foco também está presente ao nível da fotografia, com planos crus, "desajeitados", imagens "desbotadas", por vezes focando-se muito nos peitorais e músculos dos twinks amigos do protagonista e outros que com ele se cruzam. Creio que aqui a ideia foi ficarmos mais uma vez com a perspectiva de Frankie em relação aquilo que realmente o atrai. Diga-se de passagem que, homens que gostam de homens, compreendem-no perfeitamente! [risos] Frankie acaba por ser vítima do seu próprio medo de sair do armário e de se aceitar como é de verdade, com medo de perder o pouco que lhe resta do seu pequeno mundo. 


Nota Final João: 7,8/10

11 fevereiro 2021

Geostorm

 

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Geostorm [Tempestade: Planeta em Fúria] [2017] é a minha sugestão em análise hoje.


Sinopse:

O filme começa com o relato de uma das personagens, numa Realidade Alternativa onde, no ano 2019, a Humanidade já entrou no pior dos cenários do Aquecimento Global. Por causa dessa catástrofe, a Humanidade une-se em busca de uma solução e encontra-a, graças aos esforços hercúleos do cientista Jake Lawson [Gerard Butler], que cria um super satélite apelidado de Dutch Boy. Esta ferramenta permite controlar o tempo no Planeta todo. Anos depois, quando uma população aparece congelada nos confins de um deserto no Afeganistão, caberá a Jake descobrir o que se anda a passar, antes que seja tarde demais.


A minha opinião:


Dizer que este é um filme cliché bastava para descrever o filme. Se já viram os filmes 2012, O Dia Depois do Amanhã, O Dia da Independência... Então já sabem com o que podem contar. O melhor do filme é mesmo ver o Gerard Butler e os efeitos especiais, que ainda assim poderiam ter sido mais usados. O desempenho dos actores deixa um pouco a desejar e o enredo acaba por ser um pouco interessante, de forma positiva, embora continue com o cliché dos filmes que mencionei acima. Ainda assim e como eu sou fã de filmes com catástrofes naturais, valeu a pena por isso. O filme tem uma acção contínua e rápida, mesmo já se sabendo à partida como terminará a trama. 


Nota Final João: 5,6/10

10 fevereiro 2021

Bonding [2ª Temporada]

 

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Bonding [2ª Temporada] [2021] é uma série de humor ácido e comédia dramática.


Sinopse:


Se ainda não conhecem a série, podem ler o que escrevi sobre a 1ª Temporada, clicando aqui. Nesta Temporada, Tiff [Zoe Levin] e Pete [Brendan Scannell] continuam os eventos onde terminou a 1ª Temporada. Tiff é obrigada a "regressar à escola" de Dominatrixes, levando Pete com ela...


A minha opinião:


Um dos problemas recorrentes nas séries é que depois de uma primeira temporada relativamente boa, as seguintes tendem a fracassar. Bonding não foi excepção. Existem aspectos importantes que se mantiveram, apesar disso. Cada episódio dura cerca de 15 minutos, o que é bom. É uma série que se vê rapidamente, eu vi a 2ª Temporada durante a tarde chuvosa do passado domingo. 


Um dos aspectos que foi muito criticado na 1ª Temporada foi o facto de não ter sido levado em conta aspectos importantes no universo do BDSM, como é o caso dos limites e do consentimento. A série passava uma ideia demasiado estereotipada do que era ser BDSM. O autor, que se inspirou na sua própria experiência - ele foi Guarda-Costas e Assistente de uma Dominatrix - acatou as críticas e mudou a forma como a 2ª Temporada se desenrola.


Por um lado, isto torna a série mais realista e "humana", por assim dizer. Por outro lado, eu disse acima que um dos problemas recorrentes das séries era o facto das séries, depois de uma 1ª Temporada que nos cativa, tendem a perder o rumo. E com esta série o que acontece é que se desvaloriza bastante o tema principal da série - aquilo que nos leva a ver, na minha humilde opinião, é o facto de podermos conhecer um pouco do universo BDSM, sem ser aquilo que se vê nos filmes pornográficos. Perde foco o lado kinky da série, para dar lugar ao drama pessoal e emocional das personagens principais.


Esse aspecto leva-nos a outro aspecto menos bom da 2ª Temporada. Pete parece que está ali apenas para ser um "pupilo" de Tiff. Fútil, que só quer saber do mundo BDSM para tirar lições para usar nos seus espectáculos de comédia. A relação que ele tem com o namorado, que tem um papel bastante ridículo nesta temporada, não acrescenta nada de especial à série, nem valoriza em nada o facto de Pete ser gay. Poucas são as cenas em que existe algum tipo de carinho gay, mostrando-nos um Pete que mais parece uma bicha com a puta da mania que é bom.


Vi a 2ª Temporada até ao fim, porque como disse acima, os episódios são pequenos. Mas verdade seja dita, ao fim do 3º episódio já pensava se valeria a pena continuar a assistir. A série na minha opinião deixou muito a desejar e o final da temporada deixa tudo em aberto - ou não.


Nota Final João: 6,7/10

06 fevereiro 2021

Humanos - A Culpa É Da Vontade

 Queria deixar-vos a versão original, cantada pelo António Variações, mas não a encontrei.




A culpa não, não é do sol
Se o meu corpo se queimar
A culpa não, não é do sol
Se o meu corpo se queimar
A culpa é da vontade
Que eu tenho de te abraçar

A culpa não, não é da praia
Se o meu corpo se ferir
A culpa não, não é da praia
Se o meu corpo se ferir
A culpa é da vontade
Que eu tenho de te sentir

A culpa é da vontade
Que vive dentro de mim
E só morre com a idade
Com a idade do meu fim
A culpa é da vontade

A culpa não, não é do mar
Se o meu olhar se perder
A culpa não, não é do mar
Se o meu olhar se perder
A culpa é da vontade
Que eu tenho de te ver

A culpa não, não é do vento
Se a minha voz se calar
A culpa não, não é do vento
Se a minha voz se calar
A culpa é do lamento
Que sufoca o meu cantar

A culpa é da vontade
Que vive dentro de mim
E só morre com a idade
Com a idade do meu fim
A culpa é da vontade


Em outras notícias, devo ficar sem computador ainda mais um mês - isto da pandemia afecta tudo e o conserto dele não está fácil, pois ele morreu mesmo e agora para o "ressuscitarem" precisam de importar peças e tal... Ainda assim, vou tentar retomar as publicações da história que estava a publicar, sempre que me for possível aceder a um computador.

Espero que vocês estejam bem. 

05 fevereiro 2021

Etecetera #2.10


Vale a pena recordar as medidas que tivemos no Natal e no Ano Novo, decididas pelo governo:



E no resto da notícia do jornal Público, podemos ler:


"Na entrevista, que versa sobre a pressão nos hospitais portugueses, não fica imediatamente claro a que restrições se refere Siza Vieira. As deslocações entre concelhos no período de Natal estavam permitidas (entre os dias 23 a 26 de Dezembro), precisamente para possibilitar as viagens durante o Natal. Nas noites de 24 e 25 de Dezembro esteve permitida a circulação na via pública até às 2h da madrugada. Não foi quantificado um limite aos ajuntamentos dentro de portas — ao contrário do que aconteceu noutros países —, com António Costa a apelar ao bom senso dos portugueses e a lembrar que o risco é maior quanto maior for o número de pessoas sentadas à mesma mesa. 


Foi no Ano Novo que as deslocações estiveram proibidas: não foi permitido mudar de concelho de 31 de Dezembro a 4 de Janeiro. Também não foram permitidos os ajuntamentos com mais de seis pessoas na via pública, para evitar os festejos. 


Contactado pela Renascença, o gabinete do ministério da Economia assegurou que o objectivo das declarações não era imputar a culpa aos portugueses. A referência ao “período das festas” terá sido uma interpretação do jornalista do New York Times, acrescenta."


 Já dizia o Variações: "A culpa é da vontade"...

01 fevereiro 2021

Fevereiro

 



The day is ending,
The night is descending;
The marsh is frozen,
The river dead.

Through clouds like ashes
The red sun flashes
On village windows
That glimmer red.

The snow recommences;
The buried fences
Mark no longer
The road o'er the plain;

While through the meadows,
Like fearful shadows,
Slowly passes
A funeral train.

The bell is pealing,
And every feeling
Within me responds
To the dismal knell;

Shadows are trailing,
My heart is bewailing
And tolling within
Like a funeral bell.


Poema "Afternoon in February", da autoria de Henry Wadsworth Longfellow
27/02/1807 ~ 24/03/1882