15 julho 2021

Special [2ª Temporada]

Hoje vou falar-vos sobre uma série que assisti esta semana. A 2ª e última temporada de Special!


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Podem ler sobre a 1ª Temporada, clicando aqui.  


Para quem não viu/não se recorda...


Special [2019 ~ 2021] é uma série da Netflix, protagonizada por Ryan O' Connell, que é o criador, produtor, realizador, actor principal... E sofre de PC [Paralisia Cerebral]. A história das duas Temporadas é muito baseada em episódios que ocorreram na vida dele.


Eis um trailer:





A minha opinião:


A 2ª temporada começa no ponto onde terminou a temporada anterior. Ryan [Ryan O' Connell] zangou-se com a mãe Karen [Jessica Hetch] e deu o seu grito do "Ipiranga", saindo de casa. Ele tem de aprender a lidar com os aspectos do quotidiano de todos nós, o que para alguém com uma leve/moderada paralisia cerebral, pode ser um desafio e tanto.


Os episódios desta 2ª Temporada são maiores, uma das exigências do público. Na 1ª Temporada eram de cerca 15 minutos cada um, e agora são de cerca de 30 minutos. Isso é muito bom, pois assim as personagens tem espaço para crescerem de forma individual, num dos aspectos mais importantes e positivos da 2ª Temporada. 

Outro aspecto positivo da série é o seu humor cru, com diálogos frontais e muito directos ao ponto. com poucos episódios e com 30 minutos cada um, realmente não dá para ficar a "encher chouriços". É preciso ser rápido, sarcástico, mordaz q.b. com uma dose de momentos gays para o público-alvo a que se direcciona a série.

Nesse aspecto a série aposta num quebrar de preconceitos. Ryan envolve-se com vários homens, ao longo das duas temporadas. Desde homens com limitações [existe um na 2ª Temporada muito fofo], passando pelos bares onde conhece outros, até por homens que se cruzam com ele nas ruas, Ryan mostra-nos que a sua incapacidade não é sinónimo de impedimento para o quer que seja.

É interessante de ver como o personagem lida com aspectos cada vez mais comuns nas relações, sejam elas gays ou não - os relacionamentos abertos, por exemplo, são um dos temas abordados nesta temporada e que trarão a Ryan uma nova visão dos relacionamentos, dos amores e desamores.    

Mas, se a série se baseia na história de vida do autor, também não é só sobre isso.

Karen, a mãe dele, mostra-nos as reflexões e descoberrtas de uma mulher chegada aos cinquentas, que passou a vida a cuidar do filho e que se vê, de um dia para o outro, sem nenhum "fardo" para carregar. Kim [Punan Patel], a melhor amiga de Ryan, é uma rapariga negra indiana que se sente infeliz por ser obrigada a lutar mais do que outras pessoas pelas mesmas condições de vida e ainda assim, não conquistar os objectivos [embora ela tenha um affair bem gostoso com um homem bem giro e bom] e Olivia [Marla Mindelle], a chefe dele na revista onde trabalha, acaba por ser a maior surpresa de todos os personagens, não só com diálogos incisivos mas com outras nuances que não vou revelar para não estragar a piada a quem ainda não assistiu.     

Existem muitos motivos pelos quais vale a pena assistirem a esta série. Ela pode não ser perfeita, mas aborda de forma fácil e eloquente, muitos aspectos importantes para todos nós.

É uma pena que a história termine aqui, mas acredito que o autor há-de regressar no futuro, com novas histórias, quem sabe agora num filme, para eternizar as milestones que ele conquistou, com todo o mérito, ao criar e nos mostrar um pouco do universo de pessoas com paralisia cerebral.

Esta é uma série que não nos deixa indiferentes. Recomendada!


Nota Final João: 10/10

2 comentários:

  1. Fica a dica, agora não tenho netflix, mas quando for a casa dos meus sobrinhos, coloco os filmes em dia :)

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