Mikel percebeu a provocação e despiu-se. Correu para
a cascata, apesar de ser noite e a noite estar fria. Bastante fria, por sinal.
Saltou, sem hesitar, para dentro de água. Rindo-se divertidos, os guerreiros
tiraram as roupas e seguiram-lhe o exemplo.
Com o fumo produzido pelas ervas sagradas e a névoa típica daquele local, gerou-se algum nevoeiro. A luz da lua não tardou a ter dificuldade em chegar aos jovens que estavam dentro de água. A água conseguia estar mais quente que o ambiente ao redor, pelo que se deixaram estar dentro de água, enquanto urravam e brincavam uns com os outros, de formas cada vez mais sedutoras e provocadoras. Mikel e Matoskah acoplavam-se um no outro - embora ainda não chegassem a vias de facto. Beijavam-se, mas os restantes não queriam ficar de fora e interagiam com eles. Todos se envolviam com todos, sem haver margem para ciúmes ou julgamentos. Existia, entre todos, algo inexplicável, prazeroso e muito bom.
A dada altura, Mikel saiu da água, queixando-se de que começava a sentir um pouco de frio e sentou-se em frente da fogueira. Matoskah e os restantes seguiram-lhe o exemplo e num instante, estavam todos reunidos em volta da fogueira. Os guerreiros atiçaram o fogo para se aquecerem mais depressa e a chama da fogueira cresceu exponencialmente, assim como crescia o desejo em cada um deles.
O ambiente ficou bem mais iluminado. As chamas iluminavam todos os guerreiros, lançando reflexos de luz sobre os seus corpos desnudados. E mais do que natural, a nudez dos seis homens tinha algo de exibicionista. Eles podiam cobrir-se com mantas e casacos que tinham espalhados no pequeno acampamento que tinham ali perto, mas eles queriam exibir-se uns aos outros, como o início de algo que todos tinham em mente! Afinal, eles eram todos homens, maiores de idade, amigos e sexualmente resolvidos. Todos sentiam uma excitação latente, na expectativa de saber quem daria o primeiro passo rumo a uma noite muito mais divertida e prazerosa.
O frio da noite não era suficiente para inibir o movimento [in]voluntário de cada uma das feras dos seis homens. Mikel, sentado num tronco de árvore à volta da fogueira, empurrou o seu quadril um pouco mais para a frente, para mostrar que o seu lobo se tornava lentamente maior e mais grosso, o que causou nos guerreiros à sua volta uma “evolução” dos seus “animais”.
Wakinyan e Siha Sápa, os mais vorazes, ficaram em “ponto de caramelo” passados pouquíssimos segundos! Matoskah e Cetan Nagin, por sua vez, sentiam uma excitação muito maior dentro dos seus corações do que fora, mas não tardaram a ter as suas bestas bem despertas! Maȟpyua Lúta não demonstrava claramente uma ereção, passados oito minutos após terem saído da água. Mas a falta de ereção não o impedia de ter o coração acelerado, a respiração descompassada e uma cara de malicioso. As suas próprias mãos desdobravam-se no seu peito, na sua barriga, acabando por descer até ao seu lindo membro, sem pudores de se estimular na frente dos outros.
Era claro para todos o que estava prestes a acontecer! Eles pensavam e sentiam exactamente a mesma coisa. Mas, por orgulho, consideravam mais divertido e gostoso continuarem a espicaçarem-se uns aos outros, enquanto se olhavam com malícia, admirando os corpos uns dos outros, e utilizando os seus próprios jogos de exibicionismo para se excitarem ainda mais. Infelizmente, apesar de estarem em pleno Verão, nenhuma excitação se mantinha possível por muito tempo diante do invulgar frio que aquele ano insistia em manter-se e que naquela madrugada penetrava naqueles corpos desnudados.
- Que frio! - gritou Siha Sápa.
Ele correu, sem pedir licença, para os braços de Maȟpyua Lúta, que estava logo ao seu lado e questionou:
- Podes aquecer-me um pouco?
Com o toque do corpo do amigo, Maȟpyua Lúta não conseguiu evitar mais a sua própria excitação e não respondeu à pergunta com palavras. Ele apenas virou-se de frente para o amigo e deu um forte abraço a Siha Sápa, esfregando-se de forma intensa nele. Provocante, questionou:
- Posso tentar aquecer-te assim?
Sem esperar resposta, Maȟpyua Lúta deu um beijo na boca de Siha Sápa, sugando a sua língua gelada, com o intuito de fazê-la ficar tão quente quanto a sua própria língua. Ele utilizou as suas mãos para esfregar as costas, a cintura e o rabo do amigo, que demonstrou total solicitude.
Ao ver aquela cena, Matoskah aproximou-se de Mikel ao mesmo momento que Wakinyan. Como não havia motivos para inibições ou preliminares, Matoskah simplesmente comentou:
- Estou com frio, Mikel. Quero um pouco do teu calor!
Wakinyan declarou, num tom sedutor:
- Aquece-me a mim, Mikel! Não te vais arrepender!
Mikel abriu bem os braços e bradou:
- Estou disponível para aquecer quem estiver a sofrer com o frio! Venham, vocês os dois!
Matoskah posicionou-se por trás dele, dando-lhe um abraço suave, beijando-lhe a nuca e descendo com a boca pelas costas deste. Ele só retirou a boca do corpo do amigo para comentar:
- Acho que preciso de buscar o lugar mais quente do teu corpo, meu amado!
Dito isto, Matoskah abriu a fenda bem no fundo das costas de Mikel e caiu de boca sobre ela.
Entre arrepios e suspiros de prazer, Matoskah exibiu-se ainda mais excitado para Wakinyan, que sussurrou no seu ouvido:
- Acho que aqui existem outras partes tão quentes para eu explorar também…
Sem delongas, Wakinyan caiu de boca no lobo de Mikel! Este precisou de equilibrar-se para não cair, pois tinha a boca de um na sua frente, enquanto a boca de outro lhe explorava a parte de trás e o prazer balançava as suas pernas! Ele não queria limitar tal prazer! Assim, apoiou-se com as mãos na cabeça de Wakinyan enquanto este lhe sugava com voracidade!
Para além do seu próprio prazer, Mikel aproveitava para contemplar a cena entre Siha Sápa e Maȟpyua Lúta. Enquanto Siha Sápa estava deitado de costas em cima de folhas secas espalhadas no chão de terra, Maȟpyua Lúta posicionava-se por cima deste com o corpo em direção inversa, tendo a sua nuvem vermelha29 sugada pelo parceiro como se fosse a última gota d’ água à face da Terra. Enquanto isto, Maȟpyua Lúta não demonstrava menos fome ao engolir o máximo possível o corvo30 tão conhecido do amigo, que em outras ocasiões já estivera entre a sua língua, os seus lábios e dentro da sua boca. Naquela noite, continuava tão saboroso como sempre fora.
Solitário, mas não menos entusiasmado, Cetan Nagin estimulava-se. Enquanto olhava para os amigos, excitava-se ainda mais! Recostado num tronco de madeira, sentado numa pequena manta no chão de terra gelada, ele tinha o seu falcão31 na mão direita, enquanto mantinha o dedo médio da mão esquerda a acariciar o seu vale das sombras31. Com lubrificação suficiente a sair do seu falcão31, gozaria facilmente se se permitisse. Apesar disso, ele controlava-se para manter o prazer o máximo de tempo possível! A cena entre os amigos era tão excitante que quase nem sentia a falta de estar entre eles! Ver Mikel com a sua fenda totalmente arregaçada e a língua de Matoskah a explorar completamente o seu íntimo era muito quente! A fenda de Mikel latejava de prazer, em perfeita sintonia com os arfares e gemidos de todos os presentes! Cetan Nagin teve de se controlar ainda mais para não ejacular quando vê que Mikel, completamente extasiado, não conseguiu aguentar mais e o seu lobo disparou um poderoso jacto, bem dentro da boca de Wakinyan! Muito foi engolido, mas o lobo estava tão excitado que lançou ainda mais jactos brancos que atingiram o rosto e o peito de Wakinyan!
Mikel, entre gemidos, sussurrou:
- Desculpa, Wakinyan! Eu tentei controlar-me, mas não consegui!
Matoskah, por outro lado, continuava a estimular a sua fenda. Wakinyan respondeu, depois de passar os dedos pelo seu rosto e corpo e engolir todos os vestígios que o lobo havia deixado em si:
- Amado ciyé17 Mikel! Estás perdoado, mas com uma condição!
Wakinyan deitou-se numa manta perto da fogueira e apontou para o seu pássaro do trovão32, convidando Mikel a abocanhá-lo.
Ao aproximar-se para repetir a experiência que acabara de receber, Mikel sugeriu que o grupo adentrasse às tendas do pequeno acampamento, pois o frio do solo, a humidade da cascata e o vento que se levantara entretanto, poderia impedir que as experiências fossem ainda mais avassaladoras! Matoskah e Wakinyan concordaram de imediato! Ambos correram para a tenda mais próxima, onde ainda se conseguia sentir o calor vindo da fogueira acesa. Eles deitaram-se nas mantas que lá estavam a aguardar a chegada dos outros.
Enquanto aguardavam, partiram para um delicioso beijo entre eles. Ainda havia resquícios do lobo de Mikel na boca de Wakinyan. Matoskah parecia querer sugar ainda mais vorazmente o amigo por conta disso, pondo a língua do amigo na sua boca como se a quisesse engolir. Como Wakinyan estava deitado por cima do corpo de Matoskah, aproveitou para lhe estimular com a mão a gruta onde pretendia adentrar com o próprio trovão32, a qualquer momento.
Do lado de fora da tenda, Mikel aproximou-se de Cetan Nagin, que se estimulava com as mãos nos mamilos e no seu falcão31, observando Siha Sápa e Maȟpyua Lúta, que se deliciavam num demorado 69. Mikel estendeu a mão para Cetan Nagin, convidando-o a acompanhá-lo. Este levantou-se e abraçou-o fortemente.
- Eu amo-te, Mikel! - sussurrou Cetan Nagin.
Mikel retorquiu, com voz apaixonada:
- E eu também te amo, Cetan Nagin! Eu amo-vos a todos aqui, nesta noite! É por isso que faço amor com vocês! É por isso que fodo com vocês! É por isso que ejaculo com vocês! Os meus sentimentos hoje não são medidos em palavras! Hoje, os meus sentimentos são medidos em beijos, em gestos, em gemidos, em prazeres, em esporra, e em outros fluídos corporais!
Cetan Nagin olhou para Mikel com espanto! Quanta frontalidade, quanta naturalidade e sinceridade nas suas palavras! Sem demoras, beijou o pescoço e o peito de Mikel, impedindo que este o puxasse para dentro da tenda. Ele roçava o seu corpo contra o corpo de Mikel. Este ficou arrepiado e perguntou:
- Queres comer-me?
- Agora não.
- Queres que eu te coma?
- Agora não.
Mikel riu-se.
- O que queres fazer, então?
Os gestos de vai-e-vem de Cetan Nagin sobre o corpo de Mikel induziam o que ele pretendia. As suas mãos percorriam o corpo do amigo, a sua boca explorava cantinhos do peito, das axilas, da barriga de Mikel, enquanto o seu falcão31 roçava na virilha, entre as suas coxas. Num movimento brusco, Cetan Nagin virou Mikel de costas para ele e roçou-se na sua fenda. Mikel abriu ainda mais as pernas, desejando que a água da cascata pudesse servir de lubrificante, pois Cetan Nagin parecia mais guloso do que nunca! Este não tardou a introduzir o seu falcão31 entre as duas nádegas de Mikel. Cetan Nagin continuava a sua brincadeira de vai-e-vem, mas impedia-se de continuar até o final.
- Queres comer-me? - repetiu Mikel.
- Já disse que agora não! - respondeu Cetan Nagin, roçando-se ainda com mais força contra as costas de Mikel.
Ele ainda não estava a ser penetrado, mas devido à voracidade do guerreiro, era como se estivesse a ser violado! Cetan Nagin não se continha. As suas mãos percorriam o torso com as unhas, deixando marcas vermelhas, tirando uma pequena e única gota de sangue perto do mamilo de Mikel. Este deu um grito, de dor e prazer, quando sentiu o ferimento, mas não impediu que a acção parasse. Estava a ser tão bom, que ele se esqueceu completamente do que tinha dito sobre irem aquecer-se para dentro da tenda.
Levantando-se de onde estavam, Siha Sápa e Maȟpyua Lúta observavam a cena entre Mikel e Cetan Nagin e aproximaram-se. Queriam aproveitar também! Assim, Siha Sápa posicionou-se na frente de Mikel, beijando-lhe a boca, enquanto Mikel revezava com as mãos entre agarrar Cetan Nagin e Siha Sápa. Já Maȟpyua Lúta posicionou-se atrás de Cetan Nagin. Divertido com o que tinha visto, decidiu repetir o gesto que este tivera com Mikel. Maȟpyua Lúta posicionou a sua nuvem29 no céu de Cetan Nagin, mas não o penetrou. Apenas roçava, tentando acompanhar o ritmo ditado por Cetan Nagin. Este, mesmo que estivesse a sentir prazer por ter alguém a agarrá-lo por trás, era quem ditava a velocidade dos corpos que se esfregavam. Agora, era ele o mais voraz, o mais quente, e ainda assim, estimulava os restantes e a si mesmo, sem se importar com o sexo propriamente dito.
Como Cetan Nagin rebolava por trás de Mikel, Siha Sápa era lançado para a frente várias vezes, pois as mãos de Cetan Nagin seguravam tão forte o peito de Mikel que atrapalhavam a ação de Siha Sápa. Este, ao perceber que um animado comboio se formava entre Maȟpyua Lúta, Cetan Nagin e Mikel, arriscou a afastar-se um pouco para se aquecer dentro da tenda e claro, tentar brincar com os amigos lá de dentro.
Ao entrar na tenda, Siha Sápa viu Matoskah colocado de quatro, enquanto era penetrado por Wakinyan. Num ritmo suave, sem pressa, sem muita gana, com muito carinho e vagarosidade, enquanto tentavam tirar o máximo proveito possível da acção, os dois rapazes contorciam-se de satisfação. E Siha Sápa, sem sequer ser notado pelos outros dois jovens, posicionou-se na frente de Wakinyan, com as pernas arqueadas por cima de Matoskah. Aproveitou para apontar para o seu corvo30 com o dedo indicador, ordenando que Wakinyan o estimulasse. E este assim o fez. Chupou Siha Sápa enquanto penetrava Matoskah, que não dava sinais de ter percebido que não estavam sós na tenda! Mesmo quando Siha Sápa roçava o seu próprio rabo sobre as costas de Matoskah, indo para frente e para trás enquanto era chupado, ainda assim Matoskah não sabia o que estava a acontecer, apenas aproveitava o que sentia.
Matoskah só saiu do seu transe de prazer quando escutou Mikel a gritar, fora da tenda. Não era um grito de dor ou desespero, mas era um arfar de prazer quando, por fim, Cetan Nagin penetrou-o, pondo fim ao seu ritmo de vai-e-vem. Por esta altura, Maȟpyua Lúta já penetrava Cetan Nagin num verdadeiro comboio de volúpia e prazer. Mesmo que Mikel tivesse libertado o seu lobo há pouco tempo, a verdade é que o seu lobo já estava a ponto de voltar a ulular mais uma vez. Mas, antes que isso ocorresse, Maȟpyua Lúta quebrou o mar de gemidos.
- Vamos pôr este comboio a andar!
Com uma gargalhada, mas sem desengatar-se, ele empurrou Cetan Nagin, que por sua vez, empurrou Mikel para dentro da tenda. Foram andando vagarosamente, para não rebentarem as ligações que os prendiam, até entrarem na tenda. Esta não era grande o suficiente para comportar seis homens com conforto, mas, para o que os eles pretendiam, cabia perfeitamente!
Desfazendo-se dos engates que tinham até então, cada um deles atirou-se para o chão e deitaram-se uns por cima dos outros, sem distinção de lado, de pessoa ou de posição. Ficaram ali, tesos e felizes por poderem compartilhar momentos tão prazerosos com pessoas tão especiais!
Mikel, sem conseguir suportar aquilo por muito tempo, levantou-se e ficou de pé, mesmo que um pouco agachado, devido a altura da barraca, para anunciar que não podia aguentar por muito tempo! Eles eram excitantes demais!
- Não sei se o Mikel aproveita menos que nós por gozar mais depressa ou se aproveita mais por gozar mais vezes! - riu-se Maȟpyua Lúta.
Enquanto se estimulava, Mikel apontou o seu lobo para os rapazes que estavam deitados, uns sobre os outros. Cada um abocanhava o animal mais próximo, estimulava o corpo do outro com as mãos, com a língua, com o próprio animal. Bocas beijavam-se, barrigas roçavam-se, rabos arregaçavam-se, gemidos escutavam-se. O lobo de Mikel não resistiu e despejou novos jactos brancos, ainda em maior quantidade, por cima dos outros cinco homens, que sentiram nos seus corpos os jactos quentes vindos do corpo de Mikel, e usavam-nos como lubrificação para continuarem as suas brincadeiras. Mikel não tardou a juntar-se-lhes. Logo o amontoado de corpos tornou-se indistinto. Não era mais possível identificar de quem era uma perna, de quem era um grito de dor e prazer ao mesmo tempo, não era possível saber se eram seis pessoas ou apenas uma só, conectada de corpo e alma!
Fora da barraca, algumas aves levantavam voo quando escutavam os gemidos, que mais pareciam uivos de dor, mas que nada mais eram do que prazer, na sua essência mais pura e sublime!
Nota do Autor:
17
- Irmão mais velho, quando é um rapaz, mais novo, a falar;
29
- Trocadilho com o nome do personagem, cujo significado é precisamente “Nuvem
Vermelha”;
30
- Trocadilho com o nome do personagem, cujo significado é “Corvo Sentado”;
31
- Trocadilho com o nome do personagem, cujo significado é “Falcão das Sombras”;
32
- Trocadilho com o nome do personagem, cujo significado é precisamente “Pássaro
do Trovão”;
Gostei muito
ResponderEliminarCá estou eu para ler estes teus posts maravilhosos :)
Este foi um dos episódios mais desafiadores de escrever! Uma orgia a seis, é algo que nunca tinha descrito! =P
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