30 novembro 2019

Vírgulas do Destino: Prisioneiros do Amor ~ Capítulo 15

Capítulo 15


Jéssica aproximou-se de Kojiru e dos seus conselheiros e, depois de mexer nos seus longos cabelos e expressar um sorriso altivo, declarou:

- Penso que não seja necessário fazermos apresentações, mas ainda assim... O meu nome é Jéssica e sou a filha da Governadora Milú, a governante das Terras do Sul. Os meus conselheiros são a Sophie, o Mark e o Caim.


Kojiru e os restantes cumprimentaram os conselheiros dela e em seguida cumprimentaram Jéssica. Kojiru apresentou-se e aos seus homens.



- Muito prazer! O meu nome é Kojiru e eu sou o filho do Governador George, o governante das Terras do Norte. Os meus conselheiros são o Lord Yusuke, o Howl e o Acácio.



Todos voltaram a cumprimentar-se. Howl e Mikel estavam em estado de choque! Quanto a isso, não eram os únicos! À excepção de Kojiru e Jéssica, mais ninguém estava à espera daquela surpresa!



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Sophie


Sophie era uma rapariga muito bonita, de cabelos castanhos encaracolados, abaixo dos ombros. Era mais baixa que todos os outros. Tinha 18 anos. Os seus olhos eram castanhos claros, grandes. Tinha um olhar sério e penetrante.

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Caim

Caim tinha os cabelos compridos, lisos, castanhos claros, abaixo dos ombros. Era alto e tinha pele clara. Os seus olhos eram aveludados, verdes, num tom verde seco. Desde a última vez que estivera com Mikel, deixara crescer uma barbicha, que lhe assentava muito bem, dando-lhe um ar mais velho.


Mark


Quanto a Mark, ele era um rapaz de 20 e poucos anos. Tinha cabelos pretos, grandes, lisos e brilhantes, quase pelos ombros. Era mais alto que os restantes. Tinha olhos escuros e um sorriso bonito. A sua pele era morena. Ao ver Mikel naquele estado, decidiu ajudá-lo a recuperar do choque. Ele aproximou-se do amigo, dando-lhe um grande abraço.



- Olá Mikel! Há quanto tempo!

Mikel retribuiu o sorriso e o abraço. Esfregou os olhos e suspirou, nervoso.

- Podes crer! Há quase um ano que não te via! Ainda nem estou em mim, acreditas?! O que fazes tu aqui? Nunca pensei que te fosses tornar um Conselheiro! 

Mark sorriu, afectadamente.


- Bem, eu tornei-me Historiador quando terminei o curso... Entretanto, a guerra explodiu e como a minha mãe tem negócios com a Governadora... Numa das vezes em que fomos jantar a casa dela, eu conheci a Jéssica e olha… Ela convidou-me para trabalhar com ela...



- Isso é excelente! Que maravilha! Ela não poderia ter escolhido melhor Historiador! - respondeu Mikel, com um enorme sorriso.

- Awwww... És um querido! Não digas isso, há tanta gente melhor do que eu!

- Digo, pois! E então? Estás a gostar? Quer dizer, estás a gostar do teu trabalho?

- Não desgosto. Muitas coisas têm acontecido ultimamente, mas falaremos melhor quando estivermos a sós, se não te importares... - rematou Mark, virando a cabeça para a janela e olhando para o jardim.

Mikel compreendeu que algo se passava ali. Caim não lhe falara. Até evitava o contacto visual. Não era assim que imaginara o reencontro deles. Mikel sentia-se triste e magoado. Ainda assim, aproximou-se, já que Caim mantinha-se quieto, como se estivesse congelado. Ganhando coragem, Mikel virou-se para ele e perguntou:

- Então e tu... Caim?

Quando Caim se preparava para responder, Howl aproximou-se de Sophie, enquanto chorava copiosamente. Não resistindo mais às saudades, ele abraçou-a com força e deu-lhe um beijo apaixonado! Sophie, incrédula, afastou-o de imediato e deu-lhe um estalo.

- Estás louco? Seu imbecil! Quem és tu?

- Mas...? O quê? - perguntou Howl, confuso.

- Porque me beijaste? Quem és tu? - repetiu Sophie, francamente zangada.

- Tu... Tu não te lembras de mim? - perguntou Howl, num murmúrio.

Mikel virou-se para Jéssica e sussurrou:

- Ela... Eu recordo-me de ouvir o Howl a falar nela, inúmeras vezes...!

Jéssica virou-se para Sophie e pediu:

- Querida, acho que é melhor ires dar um passeio pelo jardim, sim? Eu vou falar com eles, está bem? Caim, fazes o favor de acompanhar a Sophie?

- Está bem... - fungou ele, baixando a cabeça.

- Sim, acho que é melhor mesmo, estou a precisar de apanhar ar... - respondeu Sophie, virando costas e seguindo para o jardim na companhia de Caim, com ar bastante alterado.

- Mas...! - responderam Mikel e Howl ao mesmo tempo.

Jéssica deixou Caim e Sophie desaparecerem de vista. Ela virou-se para todos os que estavam no salão e ordenou:

- Sentem-se. Eu já vos explico tudo…

Ela pediu a uma empregada que trouxesse um café para todos. Não demorou muito para que a empregada pousasse os cafés numa mesa. Jéssica sentou-se, convidando cada um a tirar o seu. Em seguida, explicou o que acontecera.

- Não sei bem por onde começar... Por isso, mais vale ir directa ao assunto... Howl, a Sophie sofreu um trauma há alguns meses...

Howl levantou-se num ápice, assustado:

- O quê? O que aconteceu com a minha pequena estrela?!



Jéssica prosseguiu.

- A família da Sophie foi vítima de um atentado quando vinham a caminho de Lisboa. O irmão mais velho dela morreu nesse atentado. A Sophie sobreviveu... Só que sofreu um traumatismo, que a fez perder as memórias...

- Que horror! - exclamaram os restantes.

- Os médicos acham que um dia ela será capaz de recuperar as memórias todas. Neste momento, os avanços são muito poucos. Ela lembra-se da família, de alguns amigos e pouco mais... Honestamente, eu tinha esperanças de que ela se recordasse de ti, quando te visse... - suspirou Jéssica, um pouco triste.

Howl desatou a chorar e abraçou-se a Mikel.

- Que decepção tão grande! Como é que isto é possível? Estive tanto tempo sem ver a minha pequena estrela e esta, pura e simplesmente, não se recorda de mim...

Mikel olhou para Howl, olhos nos olhos. Com um sorriso meigo, limpou-lhe as lágrimas, deu-lhe um beijinho na testa e afirmou:

- Tenho a certeza que vamos conseguir ajudá-la! Não desanimes! Acredita no teu coração! A resposta que procuras está aí!

Howl olhou para Mikel durante alguns instantes, enquanto ponderava no que este dissera. De repente, fez um grande sorriso e gritou:

- A promessa! É isso! A promessa!!

Todos olharam para ele, admirados! Howl virou-se para Kojiru e Jéssica. Esfregou os olhos, ajeitou os cabelos e com uma voz séria, inquiriu:

- Vocês têm algum piano neste palácio?

- Sim, porquê? - responderam os dois ao mesmo tempo, curiosos.

Howl sorriu, mais aliviado. Voltando-se para Mikel, pediu:

- Preciso que me faças um favor... Consegues tocar esta letra?

Mikel pegou na partitura que Howl lhe entregou e começou a ler.

- Oh meu Deus! Que linda...! Faz-me lembrar... O Ángel... - disse num sussurro, baixando a cabeça e virando o rosto, fazendo os possíveis para não desatar a chorar.




Curiosos, os amigos aproximaram-se de Mikel para verem a partitura. Este rematou, dizendo que o melhor seria chamarem Caim e Sophie. Depois de estarem todos novamente reunidos, seguiram para um salão de bailes, onde se encontrava um piano. Howl virou-se para Sophie e explicou:

- Sophie… Eu peço desculpa por te ter assustado. Eu sei que pensas que não me conheces, mas a verdade é que nós... Nós os dois conhecemo-nos muito bem... Sophie... Esta é a nossa canção! Espero que te consigas lembrar de mim outra vez...


[Howl]

Lágrimas de Saudade
Caem sobre o meu sorriso vacilante
Desde o início dos tempos
Eu mantenho a nossa promessa...

Apesar de eu agora estar só,
Amanhã, existe alguém por quem vale a pena esperar
O Hoje chegou, nascendo um dia harmonioso:
Brilha como no dia,
Em que tu e eu nos encontramos pela primeira vez...



De repente, Sophie levou as mãos à cabeça, atordoada. Finalmente, ela lembrava-se! Ela recordava-se de Howl! Sentando-se, desatou num pranto emocionado, enquanto Howl prosseguia:



[Howl]

Em todas as minhas recordações...
Tu estás sempre ausente...
És como o vento...
Que toca na minha pele macia...

Na luz do entardecer,
Com o teu sorriso genuíno,
Despertaste o meu amor
E eu reconheci-te...

A promessa que fizemos, não pode,
Nem nunca se vai quebrar!

Apesar de agora estares sozinha,
O Amanhã é Ilimitado e ainda não está escrito...
O Amanhã é Infinito, sem dúvida...
Mostra-me o teu coração, no fim da noite...

Em todas as minhas recordações
Tu estás sempre ausente
Eu já não procuro por ti
Dentro das minhas memórias
Em vez disso, tu vives agora
Como a melodia do riacho...
Nesta canção sussurrante,
Na cor deste céu,
No aroma das flores...
Tu, meu amor, viverás assim, eternamente!


No fim da canção, todos choravam, emocionados! Howl abraçou-se a Sophie, em êxtase:


- Minha pequena estrela! Finalmente! Estamos juntos!



Sophie tocou no rosto de Howl e sorriu:



- Sim! O meu pequeno príncipe!


Os dois amantes beijaram-se apaixonadamente, deixando todos os presentes muito emocionados!

- Hum, hum... Acho que é melhor vocês os dois darem uma volta pelos jardins! Devem ter muita coisa para pôr em dia... - retorquiu Jéssica, com um sorriso muito feliz.


Sophie e Howl sorriram, cúmplices.



- Sim! Eu concordo! Vamos, minha estrelinha?



- Vamos lá, meu principezinho!



E assim, os dois pombinhos seguiram rumo aos jardins, com um ar de felicidade inegável estampado no rosto. Mikel, por sua vez, chegara ao limite das suas forças. Estava feliz pela vitória do amor de Sophie e Howl, por quem nutria um grande carinho. Afinal, eles agora eram a família um do outro.



No entanto, aquele dia estava a ser cheio de emoções fortes. A canção de Howl e Sophie fizera-lhe despertar fortemente sentimentos que julgara enterrados há muito tempo. Além disso, não esperava reencontrar Caim ali. Muito menos contara com uma recepção tão fria. Estava apenas a um passo de perder o controlo das suas emoções. Olhando para Caim, sorriu-lhe. Era a sua última tentativa. Caim, ao vê-lo sorrir, baixou os olhos e a cabeça. Levou as mãos ao rosto e virou-se para uma janela oposta aos jardins.





Mikel não aguentou mais!

A angústia que o consumira desde o primeiro momento que entrara naquele palácio, rebentara finalmente! Com um uivo, ele saiu dali, a correr e a chorar. Queria desaparecer... Correu o mais que pôde, rumo aos jardins... Procurava encontrar um sítio escuro onde pudesse esconder-se e chorar à sua vontade, sem que ninguém o ouvisse.

Passados alguns minutos, Mark apareceu. Tinha-o encontrado. Ao vê-lo, aproximou-se dele. Mikel abraçou-se a ele a chorar e chorou como nunca havia chorado. Finalmente, encontrara um ombro amigo onde podia libertar a sua dor.

- Oh Mark! Tantos dias, tantas semanas... Inúmeras emoções contidas... Enfim! Já passei por tanta coisa, desde aquela fatídica noite em que o Governador George apareceu na nossa casa e me separou do Caim...!

- Mikel... Tem calma... Estás muito nervoso... Nenhum de nós estava à espera desta surpresa! O Caim não sabia de nada...

- Eu também não, acredita... Nunca imaginei encontrá-lo aqui, numa reunião! Caramba...! Ainda por cima, nem foi capaz de me dirigir a palavra!! Porquê?!

Mark sorriu ternurento. Ele conhecia bem Mikel, sabia o quão puro era o seu coração e como estaria a ser difícil para ele viver aquele momento tão controverso. Por outro lado, ele compreendia o receio de Caim também, pois já tinha conversado com ele várias vezes sobre isso. Respirando fundo, prosseguiu:

- O Caim gosta muito de ti... Desde que ele veio trabalhar para a Jéssica, temos falado muitas vezes... Ele sente a tua falta. Mas tem estado cheio de medo da tua reacção. Vocês estiveram imenso tempo sem se falarem... Depois daquela despedida tão abrupta... Aconteceram tantas coisas...

Mikel suspirou.

- Ele por acaso pensa que eu queria separar-me dele? Eu aceitei este trabalho porque senão o George podia vir a fazer-lhe mal! Ainda hoje tenho dúvidas sobre o que de facto aconteceu com a minha família! E sabes que mais? Já me chegou ter perdido o Ángel! Fartei-me de telefonar, de lhe mandar mensagens, nunca me respondeu! E agora tratou-me assim! Não é justo!

- Eu sei! Ele já me explicou tudo...!

- E então?

- Creio que é melhor serem vocês os dois a ter essa conversa... - rematou Mark, com um sorriso tímido.

Mikel fungou, assoou-se e respirou fundo. Fechou os olhos. Passados alguns segundos, coçou a cabeça e suspirou:

- Bom... És capaz de ter razão... Acho mesmo que estás muito certo... Espero que ele aceite conversar comigo, temos muito que explicar um ao outro. Obrigado por me acalmares. Estava mesmo muito nervoso. Tens tido notícias dos restantes? Há meses que não consigo saber de nada...

- Quando a guerra começou, a maior parte desapareceu ou deixou de escrever... A Teresa pegou nos gatos, na tartaruga e olha, emigrou para o Brasil! O André foi ter com o Tobias. Quanto ao Francisco... Ele foi preso...

Mikel arregalou os olhos, surpreso.

- O quê?!? O Francisco foi preso?!?


Francisco


- As coisas no Sul estão muito delicadas... A Governadora Milú e a Artemisa são homofóbicas, sabes? Criaram decretos para punir severamente “este tipo de actos, contra-natura” - palavras da própria Governadora. Têm sido executadas verdadeiras “caças às bruxas” e muitas pessoas têm sido presas por causa disso... Outros têm fugido para as terras neutras, para o Norte e mesmo para o estrangeiro. Como sabes, no Sul, mantemos contacto com o estrangeiro...

- Sim, eu sei disso. E garanto-te que isso é outra coisa que não entendo! Lá no Norte estamos bastante limitados! Quanto ao resto, caramba, estou sem palavras! Vivemos em pleno século XXI! Além disso, como é que o Francisco foi apanhado?

- Pelo que vim a saber mais tarde, o Francisco fez orelhas moucas aos avisos que a Governadora lançou. Foi apanhado em flagrante, quando tentava organizar uma manifestação contra a governação de Milú, sendo preso de imediato. Já o tentei visitar, mas não permitem visitas... Talvez tu pudesses fazer alguma coisa por ele, Mikel...

- Achas? Achas mesmo que consigo? Hum... Eu vou falar com o Governador George... Talvez consiga um perdão especial para o Francisco e tirá-lo da prisão! Se o fizer, o melhor será encaminhá-lo para as Terras do Norte! Hei-de falar com 
os meus Dragões e ver o que se pode arranjar!

Mark virou-se, surpreso.

- Dragões?

- Sim... É o nome que dei ao meu grupinho... A Irmandade dos Dragões. É constituída pelos meus pupilos... São das poucas pessoas em quem confio verdadeiramente. Como deves imaginar, nos tempos actuais, tornou-se muito difícil saber em quem confiar... - suspirou Mikel, um bocado triste.

- Lá isso é verdade... - assentiu Mark.

- Olha lá... Então e tu? Disseste que depois haveríamos de falar só os dois. O que se passa? - perguntou Mikel.

Mark suspirou fundo e encostou a sua cabeça no ombro do amigo.

- Tu conheces-me bem, Mikel... Sabes que eu não me apaixono facilmente. Aliás, sempre disse que iria tornar-me um eremita...

Mikel riu-se, divertido.

- Foste atingido pelas flechas do Cupido?

- Sim...! Quer dizer, não sei bem...! O que sei é que eu passo os dias a suspirar! A pensar nele o tempo todo! Dou por mim a olhar para o relógio, a contar os minutos até ao próximo reencontro...

- Ah ah ah ah! Awwww, isso é tão fofo! Estás mesmo apaixonado! Como é que se chama o sortudo que conquistou o teu coração?

Mark fechou os olhos. Baixou a cabeça. Após alguns segundos em silêncio, uma torrente de lágrimas escorreu pelo seu rosto.

- Infelizmente, perdemos o contacto há algumas semanas. O Thiago desapareceu e nunca mais tive notícias dele... Estou farto de o procurar, tenho usado todos os meios possíveis nas Terras do Sul, mas sem sucesso...

- Oh meu Deus...! Lamento imenso...! - Mikel abraçou-se a Mark com muito carinho, afagando os seus longos cabelos escuros e dando-lhe beijinhos na cabeça.

Com ar perdido no horizonte, Mikel deixou o amigo chorar à sua vontade, murmurando-lhe palavras doces ao ouvido. Quando Mark se acalmou, olhou-o nos olhos e perguntou:

- Queres que eu faça uma busca nas Terras do Norte? É isso que me querias pedir? Tens alguma fotografia dele?

Mark acenou com a cabeça. Pegou na carteira e retirou a única fotografia que tinha de Thiago, o rapaz por quem se tinha apaixonado.


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Thiago

- Wooow! Muito bem, menino Mark! Arranjaste um cavalheiro à tua altura! Parabéns! É um rapaz mesmo bonito! - elogiou Mikel, piscando-lhe o olho.

- Ohhhhhhhhh...! - respondeu Mark, corando até à raiz dos cabelos.

Mikel afagou os cabelos de Mark e sorrindo, fez-lhe várias perguntas sobre o amigo. Mark respondeu a tudo, pois quanto mais informações Mikel tivesse sobre Thiago, melhor.

Esperançoso, Mark questionou:

- Achas que o vais conseguir encontrar?

- Se ele estiver no Norte, podes ter a certeza que sim! Eu vou dar com ele, não te preocupes! - respondeu Mikel, com um grande sorriso, cheio de confiança.

Mark abraçou-se a Mikel, bastante feliz!

- Awwww... Mikel! És um querido! Muito querido, mesmo! Haverá alguma coisa que eu possa fazer por ti?

Este pensou durante algum tempo. Com um sorriso misterioso, afirmou:

- Na verdade... Até há, sim! Consegues arranjar-me uma cópia destes documentos?

Mikel pegou num papel e tirando uma caneta do casaco, começou a escrever. No final, entregou o papel a Mark. Este leu o papel e espantado, virou-se para Mikel:

- Mas...! Mikel! Estes documentos são oficiais! Não vai ser fácil obtê-los!

- Relaxa...! Eu só preciso de uma cópia! Preciso de analisá-los...! Tenho a certeza de que tu consegues arranjar-me isso! 

- Conseguir consigo! Eu tenho acesso a toda a documentação oficial! Mas… Para que precisas tu disto?

- Eu respondo-te a isso quando me conseguires as cópias! Por falar nisso, vamos trocar contactos?

- Boa ideia!

E assim, os dois amigos trocaram números de telemóvel [ambos tinham números especiais, já que trabalhavam para os Governadores] e não tardaram a debater uma forma de colocar um ponto final à guerra, quando Acácio apareceu.

- Lord Mikel! Estás melhor?

- Estou sim, Acácio. Obrigado... Aqui o Mark ajudou-me a recuperar... Somos amigos de longa data!

- Ainda bem, ainda bem...! Podes voltar ao Palácio? Pediram-me para te chamar...


[Continua...]

2 comentários:

  1. Podes mandar o Caim, o Francisco e o Thiago cá a casa ehehehehheheheheheheehhehe

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    1. Já os mandei pelo serviço de encomendas! :P
      O Francisco dos blogues é mesmo pdbg! XD

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