"O Rei Leão" foi escrito por: Irene Mecchi, Jonathan Robert e Linda Woolverton
Produzido por: Don Hahn para a Walt Disney
"O Rei Leão: Reinar Sendo Diferente!" é uma adaptação do original e escrito por mim.
O Rei Leão: Reinar Sendo Diferente! 🦄⚔️
Eu sou o Simba, um leão, filho do Rei Mufasa e da Rainha Sarabi. Nasci no Reino do Rochedo do Rei. Segundo as histórias que me contam quando vou dormir, nesse dia, todos os animais da savana se juntaram aqui, para me dar as boas vindas...
O tempo foi passando depressa. Eu tenho muito para aprender, porque um dia vou ser o novo rei. A minha melhor amiga é uma leoa da minha idade chamada Nala. Ela, tal como eu, é uma leoa diferente. Talvez por isso mesmo, ela me compreenda.
Temos um professor chamado Rafiki. É um macaco velhote, mas muito sábio. Ele conhece todas as histórias e recantos da savana. Tenho um tio chamado Scar. Eu gosto dele. Ele brinca comigo às vezes. O problema é que ele goza muito comigo, por eu ser diferente.
Quando cresci e me tornei adolescente, o meu pai morreu. O meu tio disse-me que o meu pai morreu de desgosto por ter um filho diferente. Comecei a chorar e fugi de casa. Estava mesmo triste e magoado. Andei, andei, andei...Fiquei esgotado e sem forças. Acabei por adormecer.
Quando acordei, estavam dois animais que eu nunca tinha visto a olhar para mim! Um deles era pequeno, de focinho pontiagudo e possuía manchas negras em torno dos olhos. A pelagem dele era é castanha, curta e apresentava riscas negras nas costas. O outro era grande, robusto, de pêlo longo e acastanhado. Tinha duas presas enormes à volta da boca. Ele vira-se para o mais pequeno e diz:
- Olha! Um pequeno leão!
O outro, mais pequeno, responde:
- Não, não! É um tigre!
Eu acordo sonolento. Estava esgotado. Ao ver aqueles dois animais, que eu nunca tinha visto na vida, pergunto:
- Humm? Onde estou? Tenho sede...
E eles respondem, alegres:
- Estás na selva! Quem és tu? - perguntam, olhando um para o outro.
Eu respondo, meio abatido:
- Eu sou o Simba, um leão! Fugi de casa! Ninguém gosta de mim porque sou diferente! E vocês, quem são?
O mais pequeno responde:
- Muito prazer, Simba! O meu nome é Timon! Sou um suricata!
E o maior responde em seguida:
- E eu sou o Pumba! Sou um javali!
Timon vira-se para mim e com um sorriso meigo, pergunta:
- Então temos um fugitivo, eh? Bem, nós também somos!
Pumba acena com a cabeça, divertido:
- Ah ah ah! É verdade! Fomos renegados e agora vivemos num reino só nosso! Anda daí viver connosco!
Eu viro costas cabisbaixo. Pensativo, respondo:
- Hum...não sei...
E suspiro, infeliz.
Timon aproxima-se de mim e dá-me um abraço. Olha-me e sorri para mim. Como eu não respondo nada, ele insiste:
- Vá lá, anda daí! Vamos ensinar-te a nossa canção!
E começa a cantar uma canção!
- Hakuna Matata! É tão fácil cantar!
E o Pumba continua:
- Hakuna Matata! Sim, tu vais gostar!
- Somos todos diferentes, aprende a respeitar!
- P'ra sobreviver, tens de cantar, Hakuna Matata!
- Hakuna Matata! É tão fácil cantar! Hakuna Matata! Sim, tu vais gostar!
A dada altura, embalado pela canção, eu também começo a cantar!
- Somos todos diferentes, aprende a respeitar!
E não tardaria muito, estávamos os 3 a cantar a plenos pulmões:
- P'ra sobreviver, tens de cantar, Hakuna Matata!
O tempo foi passando e eu cresci. Fiquei a viver na selva com os meus dois grandes amigos. A selva era um lugar maravilhoso! Muita verdura, um rio com água cristalina e muitos animais, que vivam em paz! Um dia, reencontrei Nala, a minha amiga de infância! Ela cresceu também!
O nosso reencontro não foi lá muito agradável... Nala, apesar de feliz por me reencontrar, trazia-me notícias do reino. E não eram boas... Com um ar muito sério, Nala começou por dizer:
- Simba, tu tens de regressar!
Eu encolho os ombros e respondo:
- Não quero! Sou feliz aqui!
Nala olha para mim chocada e diz:
- Simba! Tu nem imaginas como estão as coisas lá na savana! O teu tio trata mal todos os seres que são diferentes!
Eu tento tapar as orelhas ao que ela em diz. Fechando os olhos respondo:
- Esquece... Eu queria ter a minha liberdade, viver a minha vida... Finalmente consegui!
Ela olha para mim. Com o tempo, Nala tinha-se tornado uma leoa bastante bonita, apesar do problema que sofria. Olhando-me nos olhos, ela implora:
- Mas Simba, nós precisamos de ti!
Francamente, ela já me estava a chatear! Irritado respondo-lhe:
- Não! Ninguém precisa de mim!
Nala baixa a cabeça triste e começa a chorar.
- Está tudo destruído... Não há comida, não há água...
O teu tio renega todos os que são diferentes! Se tu não fizeres algo, vamos todos morrer!
Eu viro-me para ela sem saber o que responder. No fundo sei o que devo fazer mas...não tenho coragem. Dói demais! Decidido, respondo-lhe:
- Hakuna Matata, isso já não é problema meu!
Nala vira costas, triste e senta-se a um canto, sem olhar para mim. Eu viro-lhe costas também e suspiro. Murmuro baixinho:
- Lamento muito por ser diferente do que imaginavas...
Decido partir para outro lugar da selva. Deito-me à beira de um lago. Suspiro triste. Ter reencontrado Nala só me trouxera mais dor. Resmungo entredentes a minha sorte. De repente, Rafiki, o meu antigo professor, aparece do nada e dá-me com um bastão na cabeça!
Levo a pata à cabeça e grito:
- Aiiiii!
Rafiki olha para mim com ar reprovador e diz:
- Pára de dizer asneiras, Simba! Devias ter vergonha! O teu pai quer falar contigo!
Eu fecho os olhos e suspiro triste:
- O meu pai morreu, por culpa minha!
Rafiki dá-me com o bastão na cabeça outra vez!
Eu fico irritado e pergunto:
- Aiiiiii! Outra vez?!
Rafiki sorri. Com um ar mais leve, ele sussurra:
- Está calado e ouve a mensagem que o teu pai te quer transmitir!
Olho para o céu. O céu estava estrelado, completamente limpo de nuvens. De repente, não sei como, uma enorme massa de nuvens surge e começa a trovejar ao longe. Até que de repente...
Aparece o espírito de Mufasa! É o meu pai!
O meu pai diz, numa voz fantasmagórica e assustadora:
- Simba... Tu esqueceste-me.
Eu começo a chorar, ao ver o meu pai:
- Pai! Isso é mentira!
O meu pai prossegue:
- Tu esqueceste-te de quem és e o teu verdadeiro valor, por isso esqueceste-me também... olha para dentro de ti mesmo, Simba...
Todos temos um coração...todos somos diferentes por fora, mas, por dentro, somos todos iguais! Todos nós, sem excepção, queremos amar e ser amados! Todos merecemos ser felizes! Está na hora de regressares e assumires o teu lugar no Ciclo da Vida!
Ver o meu pai, rodeado por um intensa luz branca e dourada e rosa e azul...
Eu estava deslumbrado!
Ao ouvi-lo dizer aquilo, pergunto:
- Como posso voltar? Foi por minha culpa, porque sou diferente, que tu morreste!
O meu pai sorri e responde com ternura:
- Eu amo-te tal como és! Lembra-te disso!
E num sussurro, começa a desaparecer...
- Lembra-te disso...!
Um enorme silêncio paira no ar, enquanto os ventos e as nuvens onde o meu pai apareceu, desaparecem. Emocionado com o que vi, levanto-me. Timon, Pumba e Nala, alertados pelo barulho, tinham vindo ter comigo. Olhando para eles, limpei os meus olhos e enxuguei as lágrimas. Dou um novo suspiro. Desta vez não de tristeza, mas de determinação. E digo:
- Decidi regressar a casa e enfrentar o meu tio!
Nala, Timon, Pumba e Rafiki abraçam-se uns aos outros e começam a celebrar, abraçando-me a mim também! Não foi fácil para mim fazer o caminho de regresso a casa. Estava com medo do que ia ver e ouvir. Mas agora, sabia que o meu pai estava ali do meu lado! Que ele gostava de mim! E isso deu-me forças e coragem!
Algum tempo mais tarde, já no meu reino...
O meu tio veio ao meu encontro! Com uma voz sarcástica, entre risos, pergunta:
- Olha, olha! Que fazes tu aqui, meu cegueta de meia-tigela?
Furioso com a provocação, respondo:
- Eu vim pôr um fim ao teu reinado de terror! Quem pensas que és para tratar mal os outros seres? Tens que aprender a respeitar! E a aceitar as diferenças!
O ar presunçoso desaparece do rosto do meu tio. Irritado, ele aproxima-se de mim e diz:
- Seu idiota! Eu sou o Rei da Savana! Eu sou o leão mais poderoso!
Rafiki aproxima-se bastante zangado. Empunhando o seu bastão, exclama:
- Agora chega! Isso não é possível! Tu nem sequer és um leão! És um tigre!
Todos os animais que estavam a assistir ao nosso confronto exclamam espantados! Incrédulo, eu pergunto:
- O quê? Isso é verdade? Como sabes disso?
Rafiki vira-se para mim e responde:
- Eu sei disso porque conheço as histórias de toda a savana! Tu (vira-se e aponta o dedo para Scar) foste rejeitado pela tua família por seres diferente! E agora, tratas mal todos os que são diferentes! Com que direito o fazes? Depois de tu mesmo teres sido rejeitado?
Eu olho para o meu tio, cada vez mais zangado! Como era possível? Todos estes anos, ele tinha feito de conta que era um leão! Olhando para ele, afirmo:
- Isso é errado! Somos todos diferentes, todos iguais!
O meu tio vira costas. Sobe até ao rochedo mais alto do reino. E de lá berra, irritado:
- Chega dessa conversa! Desaparece daqui! Não quero ouvir nem mais uma palavra! Já não chega teres morto o teu pai, Simba?
Todos os animais olham para mim e começam a murmurar entre si. Eu coro até à raiz dos cabelos... Aquela verdade... Aquela verdade atormentava-me desde o dia em que o meu pai tinha morrido...
Rafiki exclama indignado:
- Isso é mentira! Mufasa morreu porque estava doente! Não foi por causa do Simba!
Scar começa a rir-se. Eu começo a chorar. A verdade. Finalmente, eu sabia a verdade. Um misto de sentimentos aflora no meu coração.
- Todos estes anos... Eu senti-me culpado pela morte do meu pai!
Scar começou-se a rir, bastante malévolo:
- Mwahahahahahahahah! A sério? - pergunta, irónico.
A raiva dentro de mim estava prestes a explodir! Quase a descontrolar-me, eu resmungo, entredentes:
- Grrrrrrrrrrrrrr...! Renuncia ao trono Scar, JÁ!
O meu tio olha-me com desprezo e diz:
- Oh meu querido sobrinho.... Governar não é fácil, sabes?
Eu olho-o nos olhos. Sabia o que ele pretendia. Se eu o atacasse, ele ganharia motivos para virar o jogo a favor dele! Não lhe ia dar esse prazer! Dou um passo em frente, rumo a ele. Determinado, rosno:
- Rápido!
Os restantes animais, ao verem-me agir assim, de forma sensata, decidem apoiar-me. Todos se aproximam de Scar com olhares furibundos pelas maldades que ele praticou na savana.
Suspirando, o meu tio encolhe os ombros. Ele sabia que perdera. Tinha todos contra si, uma verdadeira rebelião. O pior pesadelo de um ditador como ele. Contrafeito, responde:
- ....... Está bem...
Eu aproximo-me dele já mais calmo. Fecho os olhos e pergunto:
- ....... Tio... Custa ser diferente, não é?
O meu tio baixa a cabeça e responde triste:
- Dói muito, sermos tratados de forma diferente... Não tenho culpa de ter nascido assim... No entanto, é mais fácil para os outros rejeitarem-me, em vez de aceitarem-me...
Coloco uma pata sobre os seus ombros. Eu sabia o que custava ser rejeitado. Com um pequeno sorriso afirmo:
- Eu perdoo-te. Afinal, somos todos diferentes.
O meu tio, emocionado, faz-me uma vénia e ajoelha-se diante de mim dizendo:
- Nunca pensei que me perdoasses depois de tudo o que fiz...
Eu sorrio feliz e declaro:
- Espero que tenhas aprendido a lição!
Ele sorri para mim e numa voz mais calma diz:
- Aprendi sim. Espero que os outros me possam perdoar pelas maldades que fiz!
Eu ajoelho-me e o meu tio Scar coloca-me a coroa na cabeça!
Tornei-me o novo Rei!
Felizes e a sorrirmos, eu e o meu tio abraçamo-nos.
Os meus amigos perdoaram ao meu tio também.
Os restantes animais da savana depressa esqueceram as malvadezas do meu tio. A partir daquele dia, ele tornou-se um tigre humilde e bastante trabalhador, para compensar os erros que cometera no passado. A vida na savana continuou. Agora somos todos felizes!
Lembrem-se sempre:
Hakuna Matata! Somos todos diferentes, aprende a respeitar!
Verdade, gostei muito do teu texto :) Errar é Humano, Perdoar é Divino
ResponderEliminarObrigado! ^^
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